terça-feira, 29 de dezembro de 2015

cineantropologia: A Regeneração Histórica Da Ordem De Malta

cineantropologia: A Regeneração Histórica Da Ordem De Malta: Em 1798, Napoleão devido à sua possessão doentia de conquista europeia estrategicamente conquista a ilha de Malta durante uma expedição pel...

A Regeneração Histórica Da Ordem De Malta


Em 1798, Napoleão devido à sua possessão doentia de conquista europeia estrategicamente conquista a ilha de Malta durante uma expedição pelo Egito, através de um pedido realizado aos cavaleiros da ordem por um porto de abrigo, de forma pudesse reabastecer os seus navios em segurança na região de Valetta, e que surpreendentemente o grão-mestre Ferdinand Von Hompesch não soube antecipar nem precaver-se deste surpreso ataque ,promovido por este grande Imperador Francês. Este acontecimento representou uma afronta e uma humilhação aos restantes cavaleiros da ordem que se dispuseram defender a sua soberania até à sua morte.

A ordem continuou com a sua humilde existência, compatuando com determinados governos para uma eventual retoma de poder. O imperador da Rússia doou-lhes o maior abrigo de Cavaleiros Hospitalários em São Petersburgo, o que marcou o início da tradição russa dos Cavaleiros Hospitalares e posteriormente houve um reconhecimento pelas Ordens Imperiais Russas. Em agradecimento por este humilde gesto, os cavaleiros depuseram Ferdinand von Hompesch e posteriormente elegeram o imperador Paulo I como grão-mestre. Após o seu assassinato em 1801, fora sucedido por Giovanni Battista Tommasi em Roma que mais tarde viera restaurar o Catolicismo Romano na própria ordem.

No início da década de 1800 a ordem encontrava-se enfraquecida devido à perda de poder totalitário de priores em toda a Europa. Apenas um pequena percentagem dos lucros chegavam às fontes tradicionais da Europa, sendo as restantes oriundas do Priorado Russo até à  data de 1810, cuja responsabilidade é em grande parte atribuída ao governo da ordem composta essencialmente por tenentes e não por grão-mestres,  entre as datas compreendidas cronologicamente entre 1805 a 1879. Posteriormente o Papa Leão XIII decide restaurar o título de um grão-mestre na ordem chamado Giovanni  Santa Croce que fora um líder da Soberana Ordem Militar de Malta, sucedendo Alessandro Borgia como seu tenente em 1871, e em seguida foi escolhido como o 74 Príncipe e Grão-Mestre em 1879, por uma decisão aprovada pelo papa Leão XIII em 28 de março daquele ano. No ano 1834 em diante foi o primeiro da Ordem Grão-Mestre depois de setenta anos de tenentes,  uma existência ridícula de um título que havia terminado. Posteriormente veio tornar-se embaixador permanentemente em Roma e detentor de direitos extraterritoriais no ano de 1889 em diante. Durante o seu mandato, Ceschi iniciou a criação de associações de leigos nacionais da ordem constituídos por cavaleiros que não tinham direito de voto na própria Ordem. Esta medida representou uma reviravolta no destino da ordem que mais tarde se tornaria uma organização humanitária e cerimonial. Em 1834, a ordem é reativada e estabeleceu uma nova sede em Roma que passou a ser designada como Ordem Militar Soberana de Malta.

O Protestantismo Da Ordem

A Ordem de São João chegou à Alemanha durante os séculos XII e XIII, onde fundou um grão-priorado. Em 1530 uma seção do grão-priorado, a Bailia de Brandeburgo aderiu à reforma protestante, sob a proteção dos marqueses de Brandeburgo, que se tornariam reis da Prússia. A Bailia manteve relações amigáveis com a Ordem Soberana de Malta. Em 1811 foi suprimida pelo príncipe da Prússia que posteriormente fundou a Ordem Real Prussiana de São João como uma Ordem de Mérito. Em 1852, a ordem recuperou o nome de Bailia de Brandeburgo e se tornou uma nobre ordem da Prússia.

Em 1918, após a queda da monarquia foi separada do Estado e recuperou a sua independência. A Johanitter Orden está presente em diversos países europeus, além da América ,Canadá, Estados Unidos, Colômbia, e Venezuela e África do Sul trabalhando em simultâneo com a Alemanha na manutenção de hospitais e asilos. Atualmente se encontra dividida em nove associações regionais, que incluem mais de 200 associações locais, distritais e regionais na Alemanha.

Hoje possuiu cerca de 30.000 voluntários e 15.000 funcionários pagos a tempo inteiro ou a tempo parcial e respetivos membros envolvidos. Acerca de 1,4 milhões de pessoas apoiam o JUH como forma de sustento financeiro dos membros . Os  Johanniters são portadores do DZI selo. Na ala jovem do Johanniter-Unfall-Hilfe e juventude Johanniter existem mais de 8.000 crianças e jovens que participam no voluntariado. A juventude Johanniter funciona como um grupo de trabalho de Juventude Evangélica que faz parte do movimento europeu em rede.
 Desde 23 de novembro de 2013 Arnold de Rümker é o presidente da assistência acidente Johanniter . Os presidentes Honorários são Hans-Peter von Kirchbach e Wilhelm Graf v. Schwerin v. Schwanfeld. Federal do doutor Jörg Oberfeld.

Tarefas Da Johanniter

Johanniter-Unfall-Hilfe e(JUH) compromete-se a realizar a caridade cristã. Atualmente é um trabalho desafiante para Ordem Hospitaleira para uma época de crise e dificuldades que tanto atinge as pessoas. Ajudar o próximo é o motivo central da Johanniter.

As responsabilidades de auxílio em situações de acidente incluem:

- Educação ativa em primeiros socorros para condução iniciantes, empresas, etc., bem como na formação especializada na terceira idade em enfermagem e serviços de emergência pessoal.

- Emergência de Serviços em que a JUH opera na Alemanha tem cerca de 210 estações de salvamento com ambulâncias ou veículos de emergência médica. Além disso, em Rostock Mecklenburg-Vorpommern, a fundação Reichelsheim (Hessen) apresenta serviços de operações de helicópteros para o transporte intensivo.

- Saneamento e segurança para grandes eventos de cultura ou de desporto são assisitidos essencialmente por voluntários e membros da médica corps. Os serviços de emergência  são reduzidos ou dispensados ​​em situações de síncope, de hipoglicemia e cortes.

- Salvamento em águas

- Pesquisa e resgate em montanha mais especificamente eventos em áreas pequenas ou em áreas de conservação da paisagem, da praia, mas em grande parte serve para proteger os turistas utilizando as unidades médicas.

- A proteção civil tem a tarefa de lidar as consequências de grandes catástrofes. As tarefas de proteção civil são explorados principalmente por voluntários. Por exemplo, todas as equipas de cães de salvamento são operados por voluntários. O JUH também tem uma rede de equipas para atendimento de emergência psicossocial, equipas de intervenção em situações de crise e equipas de cuidados posteriores.

-  Serviços sociais que cuidam de crianças e jovens em ambiente escolar e médico apresentando também serviços a pessoas com necessidades educativas especiais e idosos. Também a organização é possuidora de creches e lares com serviços ao domicílio que vai desde a entrega de refeições sobre rodas. Em 2005, a organização se encontra envolvido no cuidado de pacientes com demência e grupos de oferta de apoio aos respetivos familiares.

Ao nível da ajuda externa a Johanniter trabalha em 30 países do mundo dando assistência médica em situações de acidente no mercado interno. As tarefas centrais da Johanniter Internacional consiste na assistência médica de emergência após catástrofes, assistência no restabelecimento da vida cotidiana civil em zonas de crise, através do desenvolvimento de serviços de saúde, de educação médica, luta contra doenças e epidemias infeciosas e assistência ortopédica a pessoas com necessidades especiais e feridos em situação de guerra. O seu campo de trabalho é sobre os cuidados primários de pessoas em situações de catástrofe e regiões mais desfavorecidas do planeta.

A associação Johanniter registada e reconhecida pelo direito privado na aceptação do código civil sem fins lucrativos à assistência ao acidente.

O JUH é uma associação comercial de serviço social pertencente à Igreja Evangélica Alemã que presta voluntariado na sociedade civil segundo os princípios determinados pela primeira Convenção de Genebra pelo Artigo 26 decretado a partir do dia 12 De Agosto de 1949. Neste contexto, o seu estatuto jurídico encontra-se vigente na jurisprudência que rege a Cruz Vermelha Alemã e outras sociedades de ajuda voluntária ao abrigo da Convenção de Genebra  regulamentada para a Cruz Vermelha. Tem afiliações independentes nos Países Baixos, Suécia, Finlândia, França, Hungria, e Suíça.

A Antiga Organização Das línguas Da Ordem

Superiormente a ordem era chefiada pelo grão-mestre possuidor de um título eclesiástico de cardeal e secular de príncipe. O grão-mestre era coadjuvado por sete "bailios conventuais". Cada bailio conventual, além de exercer uma função específica na administração central da ordem como comendador, marchal, almirante, etc, era o presidente ou governador de cada uma das grandes divisões territoriais  que se encontrava dividida. Cada uma dessas divisões era chamada língua ou nação. As línguas e os seus respetivos bailios conventuais eram definidas nas seguintes ordens:
I - Língua da Provença presidida pelo grão-comendador responsável pela superintendência dos celeiros e subdividia-se em:

Grão-priorado de Santo Egídio;

Grão-priorado de Toulouse;

Baliagem capitular de Manoasca;

II - Língua de Alvernia presidida pelo marechal responsável pelo comando das forças militares da Ordem e subdividia-se em:

Grão-priorado de Alvernia;

Baliagem de Daveset;

III - Língua da França presidida pelo hospitalário responsável pela administração do hospital da ordem. O bailio conventual desta língua também tinha o cargo de tesoureiro geral e subdividia-se em:

Grão-priorado da França;

Grão-priorado da Aquitânia;

Grão-priorado de Champanhe;

Baliagem capitular da Morea;

IV - Língua de Itália presidida pelo almirante responsável pelo comando das forças navais da Ordem e subdividia-se em:

Grão-priorado de Roma;

Grão-priorado da Lombardia;

Grão-priorado de Veneza;

Grão-priorado de Pisa;

Grão-priorado de Barleta;

Grão-priorado de Messina;

Grão-priorado de Cápua;

Baliagem capitular de Santa Eufémia;

Baliagem capitular de Santo Estevão;

Baliagem capitular da Trindade de Veneza;

Baliagem capitular de São João de Nápoles;

V - Língua de Aragão, Catalunha e Navarra presidida pelo grão-conservador responsável pela superintendência do fardamento dos soldados e subdividia-se em:

Grão-priorado da Castelânia de Amposta;

Grão-priorado da Catalunha;

Grão-priorado de Navarra;

Baliagem capitular de Maiorca;

Baliagem capitular de Caspe;

VI - Língua da Alemanha presidida pelo grão-balio responsável pela cidade antiga de Malta e pelo castelo de Gozo subdividia-se em:

Grão-priorado da Alemanha;

Grão-priorado da Boémia;

Grão-priorado da Hungria;

Grão-priorado da Dácia;

Baliagem capitular de Brandeburgo;

VII - Língua de Portugal, Castela e Leão presidida pelo grão-cancelário servindo de Secretário de Estado e coadjuvado por um vice-cancelário e subdividia-se em:

Grão-priorado do Crato;

Grão-priorado de Leão e Castela;

Baliagem de Leça;

Baliagem do Acre;

Baliagem de Lango;

Baliagem de Negroponte.

A Internacionalização Da Ordem Atual 

A Ordem Soberana e Militar de Malta não tem sua sede no país de mesmo nome, mas sim no minúsculo território de apenas 6 km² que consiste num prédio em Roma com o seu lindo jardim.

Atualmente, a Ordem de Malta é uma organização humanitária soberana internacional, reconhecida como entidade de direito internacional. A ordem dirige hospitais e centros de reabilitação. Possui 12.500 membros, 80.000 voluntários permanentes e 20.000 profissionais da saúde associados, incluindo médicos, enfermeiros, auxiliares e paramédicos. Seu objetivo é auxiliar os idosos, os deficientes, os refugiados, as crianças, os sem-teto e aqueles que se encontram em fase de doença terminal . Esta ordem encontra-se a par com a Ordem de São Lázaro, atuando em cinco continentes do mundo sem distinção de raça ou religião.

A ordem que possuía cavaleiros de diferentes nacionalidades, principalmente italiana, francesa, alemã, espanhola e portuguesa, fez de Malta o seu quartel-general, mudando seu nome efetivamente para Ordem Soberana Militar e Hospitalar de São João de Jerusalém, Rodes e Malta. A ordem permaneceu até 1800, data que a Grã-Bretanha invadiu Malta expulsando os respetivos cavaleiros que posteriormente se refugiaram em Itália e atualmente prevalecem.

A soberania da Ordem de Malta só foi reconhecida em 1966, mas não é reconhecida como um Estado, tendo o status de uma organização internacional equivalente ao da ONU ou da Cruz Vermelha. Sua população permanente é de apenas três pessoas, o "príncipe", o "grão-mestre" e o "chanceler". Todos os demais habitantes da Ordem de Malta possuem nacionalidade maltesa, mas também a nacionalidade do país onde nasceram geralmente de origem italiana. A soberania da ordem permite a sua autonomia expressa pelos próprios selos, na emissão dos seus próprios passaportes e por fim concede efetivamente a nacionalidade maltesa a todos os seus membros.

Atualmente, a Ordem de Malta mantém relações diplomáticas com o Vaticano e com 104 Estados , onde possui as suas respetivas embaixadas. Os representantes diplomáticos da Ordem são todos cidadãos malteses. A ordem ainda possui representação na ONU com missão de Observador Internacional. É filiada à Cruz Vermelha e a outras organizações internacionais e a sua forma de atuação e de organização é humanitária, quer a nível nacional e internacional, fundando hospitais e centros de reabilitação em diversos países, mais especificamente no Continente Africano.

A Ordem de Malta possuiu algumas caraterísticas de um Estado soberano, incluindo um hino, relações diplomáticas com diversos países e observador nas Nações Unidas, e ostenta a personalidade jurídica do Direito das pessoas. Alguns doutrinadores questionam a personalidade jurídica internacional da Ordem de Malta, no entanto a Ordem é um dos primeiros entes de Direito Internacional que se encontra em atividade até nossos dias. Sua presença em certas conferências internacionais promove o seu estatuto de entidade observadora. A ordem não costuma fazer parte em tratados multilaterais, e o Estado que porventura haja pactuado bilateralmente dentro das suas atribuições soberanas reconhecendo a  sua prórpia soberania.

O Prior do Crato e vigário-Geral da Diocese, Monsenhor Paulo Dias, recebeu do Presidente da Assembleia Portuguesa da Ordem Soberana Militar de Malta, Conde de Albuquerque Drº Augusto Athayde, a imposição Cruz pro piis meritis da Ordem Pro-Mérito melitense, com que foi agraciado no decorrer da cerimónia na Igreja de Santa Luzia em Lisboa, sede nacional da Assembleia Portuguesa dos Cavaleiros da Ordem de Malta.

A Eucarista foi presidida pelo Capelão Conventual Grã-Cruz ad honorem, D. Antonino, Bispo de Portalegre-Castelo Branco, e concelebrada pelo Núncio Apostólico D. Rino Passigato, pelo Cón. Senra Coelho, Mons. Paulo Dias e outros sacerdotes.

O Presidente da Assembleia da Ordem, Conde de Albuquerque, recebeu o juramento de vários novos confrades em presença do Embaixador da Ordem Soberana Militar de Malta em Portugal, Dr. Miguel de Polignac, e de Suas Altezas Reais, os Duques de Bragança, de um dos Presidentes de Honra da Assembleia, o Prof. Doutor Martim de Albuquerque, de vários Cavaleiros e Damas, entre eles o Cavaleiro Mariano Cabaço do Crato.

A ordem atualmente encontra-se em plena expansão em Portugal com a sua filosofia de servir o próximo pelo próximo através:

- O estabelecimento de relações diplomáticas entre a República Portuguesa e a Ordem Soberana Militar de Malta em 1951;

- A reinserção da Igreja de Santa Luzia e São Brás, na vida corrente e nas atividade de natureza espiritual da Assembleia Portuguesa, em 21 de Junho de 1958;

- A assinatura do Acordo de Cooperação Bilateral entre Portugal e a Ordem Soberana Militar de Malta, assinado em Maio de 1983;

- A visita de Estado de Sua Alteza Eminentíssima o Príncipe e Grão Mestre Fr. Andrew Bertie a Portugal em 1989;

- A visita de Estado de Sua Alteza Eminentíssima o Príncipe e Grão Mestre Fr. Matthew Festing a Portugal em 2011.

Em Portugal, a Cruz de Malta constitui a base da Ordem do Mérito do país , da humanidade, da fraternidade de ajudar quem mais necessita.

Christopher Brandão 2015





quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

cineantropologia: A Motivação Laboral

cineantropologia: A Motivação Laboral: A motivação é um tema complexo cujo conceito é diversificado por diversos autores. A diversidade de estudos sobre o tema exige uma perspeti...

A Motivação Laboral



A motivação é um tema complexo cujo conceito é diversificado por diversos autores. A diversidade de estudos sobre o tema exige uma perspetiva de uma determinada teoria que contribua para um ponto de vista mais abrangente do ser humano hipercomplexo.
O ser humano possui as suas motivações básicas de sobrevivência, como sexo, sono, fome e sede e por sua vez encontra-se numa permanente busca de excitação da sua qualidade de vida. A não satisfação das necessidades muitas vezes gera um clima de frustração, de agressividade, de desinteresse provocando uma enorme baixa da sua autoestima.
Segundo McDougall (1908), a motivação pode ser desencadeada por instintos genéticos compulsivos derivados por comportamentos irracionais que justificam toda a perceção cognitiva dos indivíduos. Por motivos sociais algumas categorias do conhecimento geram impulsos de sobrevivência.
As diversas teorias da motivação apresentada por Victor H. Vroom (1964) difere de Maslow e Herzberg. Segundo o autor que desenvolveu uma teoria que rejeita os conceitos pré-concebidos, mas reconhece as diferenças individuais. A sua teoria denominada Modelo Contingencial de Motivação ou Teoria da Expetativa trabalha a motivação diferenciada de indivíduos para determinados cargos.
Freederick Herzberg (1959) desenvolveu a teoria dos dois fatores de motivação relacionados com a higiene do trabalho que por sua vez são relevantes às necessidades de natureza animal. A motivação relacionada com os aspetos de trabalho são mais importantes ao nível das necessidades de crescimento. Douglas MCGregor (1960) apresentou a teoria X e Y perspetivando as duas visões holísticas e distintas do ser humano, uma negativa denominada teoria X e outra positiva denominada teoria Y.
Antes de estabelecer os motivos, deve-se conhecer os processos impulsivos necessários para desencadear comportamentos hereditários de um determinado meio ambiente. 
A motivação é o resultado da interação do indivíduo com o meio e que difere quanto às suas tendências motivacionais dependentes do seu quadro situacional reestruturado e diversificado entre os indivíduos.
Nesta dinâmica Aguiar (2006, p.17) afirma que “nossos desejos provêm das nossas necessidades, ainda que não elejamos o que nos é necessário e, em última instância, podemos dizer o que pensar sobre nós mesmos significa pensar sobre nossas necessidades”.
A motivação é um princípio de vida ativo que determina o comportamento de realização de qualquer tipo de atividade. Poderá ser extrínseca quando é influenciada por fatores externos e poderá também a vir a ser intrínseca quando buscar o prazer da consciência de realização de uma determinada tarefa.
A palavra motivação é usada para explicar o porquê da ação das pessoas que agem de uma determinada maneira, ou seja, a causa da ação do próprio comportamento pelo próprio pensamento.
O estudo da motivação abarca também a busca da compreensão comportamental dos vários tipos de escolhas que são feitas, uma vez, que tais escolhas dependem da bibliografia de cada indivíduo.
Antes da Revolução Industrial não se motivava as pessoas ao trabalho, simplesmente aplicava-se punições para controlar as suas atitudes pelo fator medo. Estas punições podiam ser tanto de ordem psicológica, como cortes salariais, perturbação da condição física e da saúde do próprio trabalhador. As empresas sugiram antes da revolução industrial com uma motivação orientada para o comportamento humano, que por sua vez, exigia indivíduos especialistas em funções de regimes laborais diferenciados.  O processo de instrumentalização de ferramentas eram necessários para o desenvolvimento de um determinado método motivacional empresarial.
O paradoxo de valor energético que eclode no interior do sujeito, depende essencialmente de um quadro situacional de sucesso que se evidencie pelo desempenho da aptidão individual da sua própria vontade. As suas vivências do mundo social muitas vezes são contraditórias nos seus simbolismos emocionais que são capazes de produzir sentidos mais subjetivos de escolha.
A afirmação do ato de escolha é considerada uma expressão ímpar, social e histórica do sujeito que se evidencia pelo produto da sua subjetividade. De acordo com Vygotski (1991), a escolha carateriza o comportamento porque promove a vontade. Analisando o discurso do autor que esclarece a compreensão do sujeito pelo seu contexto social, adquirido na sua forma mais singular de compreensão humana para uma determinada conceção. A escolha é fundamentada no processo de socialização ideológico das componentes mais distintas e inseparáveis do indivíduo.
Para compreendermos o processo de escolha precisamos buscar a impulsão necessária que justifique as causas de ação do indivíduo.
A motivação de escolha pode ser inserida a partir de informações, de reflexões e de vivências sobre determinadas questões de apropriação das necessidades de produção, que possibilite criar novos sentidos de vida, dentro de um contexto de orientação profissional. 
Nesta perspetiva a motivação cria uma conceção de expetativas de reforço e de desejo orientadas para valores intrínsecos e extrínsecos de satisfação da alma para que haja um desenvolvimento de energias positivas. Para melhores metas a serem atingidas, a motivação poderá ser considerada a bússola de orientação do indivíduo de se apropriar das suas próprias vivências históricas.
As necessidades mobilizam diferentes estados de desejos vivênciadas em cada sujeito. As informações fornecidas por práticas vividas organizadas em estratégias metodológicas de forma o sujeito possa vir adquirir um processo de significação que satisfaça as suas próprias necessidades durante as atividades. 
O indivíduo orienta as suas necessidades para certas escolhas com significado. É necessário ter a clareza de que o processo de constituição das necessidades seja o verdadeiro motivo de determinação complexa e contraditória do valor simbólico adquirido pelo sujeito.
Santos (1973, p.18) estabelece o conceito de orientação afirmando que “o processo de fazer o indivíduo descobrir e usar seus dotes naturais, e tomar ciência das fontes de treinamento disponíveis, de modo que possa viver e tirar o máximo proveito para si e para a sociedade”.
A maioria das pessoas apenas encara a reflexão das suas carreiras, como uma identificação de oportunidades de busca de excitação do seu poder totalitário. Ao proceder desta maneira, subordinam as suas personalidades para uma realidade aristotélica fornecida pelo meio ambiente e perdida pela condição de vida ativa desenvolvida por uma determinada realidade específica. 
As oportunidades de carreira oferecidas pelas empresas determinam uma perspetiva egocêntrica do individuo que procura identificar o gosto, a satisfação e por fim a estimulação de um padrão de avaliação das melhores oportunidades de sucesso.
O processo de produção tem efeitos favoráveis e permanentes que muitas vezes podem ser introduzidos em programas de valorização de desenvolvimento de recursos humanos planeados para aumentar a motivação, sem prejudicar as respetivas organizações, de forma a facilitar o ajustamento de cargos de qualificação dos conhecimentos dos próprios indivíduos.

Christopher Brandão, 2015

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

cineantropologia: A Funcionalidade Do Coaching

cineantropologia: A Funcionalidade Do Coaching: Liderar pessoas e grupos poderá ser um dos maiores desafios dos gestores atuais. A concorrência do mercado exige uma alta competitividade pr...

A Funcionalidade Do Coaching


Liderar pessoas e grupos poderá ser um dos maiores desafios dos gestores atuais. A concorrência do mercado exige uma alta competitividade produzida pela especificação de mão-de-obra altamente qualificada.
A necessidade de especialistas profissionais para cargos de gestão de liderança é essencial ao desenvolvimento de novas competências, enraizadas no fortalecimento dos recursos humanos, provenientes de equipas profissionais altamente especializadas nas empresas.
Para se conseguir êxito exige uma prática eficaz na gestão de pessoas que se define por um conceito de coaching. Este processo pode ser utilizado em pessoas capazes de desenvolver as suas próprias competências para uma melhor aprendizagem da gestão das necessidades, das adversidades, das insatisfações e por fim das expetativas de futuro com maior maturidade e liderança. O conceito de coaching encontra-se bastante enraizado nas empresas que necessitam lideranças fortes, ao nível da gestão de pessoas e equipas. O autoconhecimento dos recursos humanos exige uma linhagem unívoca de cultura organizacional que seja capaz de gerar um ambiente favorável ao aperfeiçoamento da performance, através de um aumento da motivação dos respetivos indivíduos.
O coaching é um processo de desenvolvimento que procura de uma forma transdisciplinar as diversas áreas de conhecimento, tais como a psicologia, a sociologia, as neurociências e a programação da neurolinguística através da utilização de técnicas de gestão de liderança de pessoas relacionadas ao mundo desportivo e militar, que por sua vez, são essenciais para auxiliar as empresas a alcançarem as suas próprias metas de sucesso, através de um processo de crescimento progressivo e económico.
O conceito de coaching tem origem na língua inglesa e identifica-se como uma metodologia do treino desportivo orientado para desenvolvimento acelerado da produtividade.
A palavra coach é originária do vilarejo de Kocz do país da Hungria, onde foi criada a primeira carruagem com a finalidade de transportar passageiros. Por analogia, coach pode ser considerado aquele que conduz pessoas de uma parte para outra, ou seja, de um estado atual para um estado de futuro, de uma condição presente transformada para uma condição futura. É alguém capaz de apoiar indivíduos a partir de uma posição para outra através de caminhos ainda não explorados.
O conceito de coaching foi usado pela primeira vez no ano de 1931 no mundo desportivo. Em 1950, o conceito surge no âmbito empresarial como uma ferramenta necessária de intelligence à gestão de pessoas. Segundo Araújo (1999) complementa o conceito de coaching no mundo desportivo realçando o papel do professor, do treinador, do preparador físico e do técnico. É o papel que o indivíduo assume quando se compromete em auxiliar alguém a atingir um determinado resultado, no entanto, poderá ser um erro identificar o coach, apenas como um treinador, pois o processo de coaching não se limita a uma determinada metodologia de treino que muitas vezes se define numa padronização exaustiva e biomecânica de um exercício, ou de uma jogada produzida pela própria motricidade de um indivíduo.
Silva (2010, p. 303 apud International Coach Federation – ICF, 2000) define coaching como “uma contínua relação de parceria que visa apoiar o cliente na busca de resultados benéficos para sua vida pessoal e profissional, por meio do qual o mesmo amplia sua capacidade de aprender e aprimorar sua performance e sua qualidade de vida”.
O processo de coaching é orientado por um profissional designado coach cujo seu cliente é denominado coachee. O coaching pode ser aplicado tanto em ambiente profissional, executivo, carreira, corporativo, como também no desenvolvimento de caraterísticas da vida pessoal do sujeito.
A escolha da especialidade do coach, depende da necessidade do indivíduo em conquistar metas desejadas num determinado momento, mas que dependem essencialmente dos fatores emocionais, profissionais ou pessoais. A diferente terapia pode ser realizada durante anos no qual o coaching trabalha os processos de desenvolvimento ao longo do tempo já pré-estabelecido dependente dos seus resultados mais acelerados e significativos.
As organizações de megas empresas apostam em técnicas de coaching de forma abrandar os próprios conflitos surgidos nas grandes tecnoestruturas hierarquizadas. O método do coaching depende do desenvolvimento da gestão de carreira profissional de um sujeito. É um processo de trabalho individual que se desenvolve através de caraterísticas de adaptabilidade, de flexibilidade, de persuasão e por fim pelo poder da comunicação verbal. As sessões podem ser de forma presencial ou através da internet.
O coach, não explora transtornos psicológicos ou distúrbios patológicos do trabalho focado em estratégias metodológicas relativas ao presente, com objetivo de futuro alcançar as metas pretendidas.
O objetivo do coaching é despertar a potencialidade do sujeito para um melhor desempenho, ou seja, ajuda-o a aprender a ensinar ou treinar através de novas orientações de forma espontânea e natural.
O interesse pelo coaching depende da necessidade de aperfeiçoar o desempenho da sua vida profissional que futuramente poderá ser útil à própria organização. A utilização do coaching poderá ser uma estratégia para alcançar resultados do interesse do indivíduo.
O coaching poderá ser um processo eficaz que auxilia o crescimento profissional acelerado para um alcance de resultados. O método oferece os dados necessários para que o indivíduo possa construir uma carreira com êxito, fortalecendo as suas competências e habilidades relacionadas com a gestão, a liderança e a comunicação aplicada ao desenvolvimento da carreira profissional de lideranças de equipas.
No âmbito da gestão de carreira existe o coaching de carreira que auxilia o indivíduo na aquisição de ferramentas necessárias à gestão da sua vida ativa.
A gestão ao nível do desenvolvimento de carreira está sendo utilizado para o aperfeiçoamento dos profissionais à descoberta de novas competências, e habilidades de superação dos seus limites, de forma as pessoas apostarem com maior motivação nas suas áreas fortes.
Assim sendo, o coaching orientado para a carreira ajuda no autoconhecimento do sujeito, a identificar e clarificar o que mais deseja, de forma sentir-se satisfeito na criação e desenvolvimento de estratégias capazes de alcançar os seus próprios objetivos.O auxílio poderá ajuda-lo a enriquecer em novas habilidades adquiridas pela experiência vivida. Este processo facilita o planeamento de carreira ajustando-a à vida pessoal, familiar e profissional. Poderá eventualmente significar progressos na empresa ao nível da orientação profissional, pois os objetivos essenciais do trabalho visa o crescimento profissional para oportunidades de fins lucrativos.

Christopher brandão, 2015

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

cineantropologia: A Carreira Profissional De Sucesso

cineantropologia: A Carreira Profissional De Sucesso: Carreira profissional de sucesso depende do desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos em alcançar resultados positivos adequados a...

A Carreira Profissional De Sucesso

Carreira profissional de sucesso depende do desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos em alcançar resultados positivos adequados aos interesses e motivações das organizações empresariais. Para obtenção de uma melhor qualidade de vida reconhecida socialmente, houve nos últimos anos grandes transformações tecnológicas e profissionais que obrigaram assegurar uma determinada posição profissional. Em condições mais competitivas preparadas para um mercado globalizado orientado especificamente para o lucro imediato, exige uma nova procura de novos bens tangíveis  originários numa nova perestroika de racionalidade lógico dedutiva de empreendedorismo. Planear significa traçar um objetivo detalhado com devida antecedência, de forma adaptar os seus meios para determinados fins.
A conceção de carreira ultimamente tem-se deparado com diversas transformações tecnológicas em virtude dos acontecimentos macroeconómicos, políticos e sociais que vão surgindo no planeta. A evolução da carreira profissional deixou de ter um papel fundamental na organização paternalista ao nível da gestão de recursos humanos. Nesta forma linear, a sua tecnoestrutura hierarquizada de futuro exige um planeamento metodológico da carreira profissional, de forma possa garantir a qualidade de vida do indivíduo em todas as suas fases de desenvolvimento profissional.
A desfragmentação do desenvolvimento histórico das carreiras profissionais obriga a melhores cenários que melhor valorizem as estruturas empresariais em função de um mercado cada vez mais  globalizado ao nível de regras flexíveis.
Atendendo ao modelo organizacional mecanicista orientado para um modelo burocrático puramente caraterístico de um sistema fechado irredutível. Para um padrão comportamental disciplinar de todos os indivíduos que fazem parte de uma organização empresarial conservadora, que por sua vez, não proporciona desafios produtivos. Sob ponto de vista transdisciplinar, o modelo sistémico traduz um progresso de carreira profissional estruturado para uma forma vertical e linear, que por sua vez traduz uma empregabilidade mais estável. A era da tecnologia representa o poder da informação necessária ao desenvolvimento dos mercados emergentes globalizados para uma nova economia de massificação.
A importância dos recursos humanos na criação de ferramentas dinâmicas e inteligentes permite uma melhor factorização da produção em massa.
O século XIX passou a usar o termo de gestão de carreira para determinar um percurso de vida profissional dos indivíduos integrados em estruturas organizativas hierárquicas de coordenação centralizada. Atualmente, este conceito atribui diversos sentidos que vão ao encontro das necessidades da mobilidade ocupacional que posteriormente passam a ser tomadas por decisões cada vez mais radicalizadas pelas administrações empresariais.
Os dois modelos de gestão de carreira passam a ser definidos por uma tecno estrutura tradicional e moderna. O modelo tradicional vigorou até a década de 1970 e por sua vez foi marcado pela estabilidade, progressão linear e vertical em que o trabalhador possui uma maior estabilidade no emprego. Já no modelo moderno carateriza-se por uma progressão de carreira descontínua ,que por sua vez, provoca maior instabilidade no emprego. Nos tempos atuais, é preciso estar muito atento às transformações paradigmáticas do mercado mundial devido a um conjunto inesperado de circunstâncias, tais como novos consumidores que exigem novas configurações de mercado associado às novas tecnologias que se encontram cada vez mais inovadas no cotidiano diário das empresas multinacionais. O conceito de carreira define-se por um projeto de vida que envolve fatores de necessidade, desejos, ansiedades e pressões familiares essenciais ao desenvolvimento pessoal de um indivíduo.
A carreira profissional pode ser desenvolvida por um conjunto de atividades dentro ou fora de uma organização específica, por forma a atingir o mais elevado nível de competência por contrapartidas hierárquicas, sociais ou políticas.
A resiliência é a capacidade do indivíduo  enfrentar as dificuldades e as frustrações acumulada no stress do trabalho a longo e curto prazo. O desenvolvimento profissional, muitas vezes, exige determinadas caraterísticas de personalidade que estabelecem as consequências de escolha de gestão de carreira de um indivíduo. O processo profissional define com clareza as suas metas profissionais de que resultam um compromisso de honra entre trabalhador e a empresa.
 O modelo de compromisso de carreira é composto por fatores que ajudam o indivíduo a se firmar durante a sua vida profissional. A identificação de carreira exige um envolvimento emocional do sujeito na sua área de trabalho, de forma possa planear a sua performance a alcançar os seus verdadeiros objetivos profissionais.
A gestão de carreira depende essencialmente de um objetivo de organização orientado para um plano exclusivo de desenvolvimento profissional que seja passível de crescimento de forma possa encarar os riscos de competitividade a nível nacional e internacional. Assim, podemos dizer que a gestão de carreira é uma prática instalada nas empresas competitivas bem estruturadas e voltadas para um planeamento dos recursos humanos mais orientados para os objetivos empresariais mais lucrativos.
Um dos requisitos mais importantes na gestão de carreira é manter objetivo com determinação, de forma possa responder às seguintes questões propostas e aplicadas pelas empresas numa situação de entrevista de trabalho num seguinte formato:
- Qual o emprego que gostaria de ter?
-O que gosta de fazer?
- Qual objetivo espera alcançar?
- Que tipo de emprego favorece as suas potencialidades?
Com essas respostas, é mais fácil planear os objetivos de permanência no emprego de forma haja sucesso de carreira.
A meta pretendida deve incluir salário, tipo de atividade, benefícios empresariais, tipos de equipas de trabalho que o indivíduo gostaria de ter e outras. Desta forma, o sujeito não se fixará em qualquer emprego que se faça sentir realizado numa carreira duradoura.
É importante ressalvar o que vem sendo exposto, de forma haja uma melhor compreensão na gestão da carreira de um indivíduo. O estudo da sua personalidade orientada para um planeamento da sua rotina diária deve ser de acordo com os seus interesses e motivações.
As necessidades psicológicas devem ser atendidas para que o sujeito sinta-se satisfeito e bem-sucedido no trabalho. A necessidade de competência depende do desenvolvimento das suas  responsabilidades  e  aptidões necessárias à sua autonomia, através de uma melhor capacidade de escolha que melhor valorize a sua inclusão interpessoal.
As necessidades de gestão de carreira deve sempre envolver o planeamento da organização, através de ações que permitam conquistar um determinado valor de mercado.


Christopher Brandão, 2015

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A Dimensão De Escolha Laboral

Na idade média, as pessoas não escolhiam profissões pelas suas habilidades ou interesses, mas sim pelos seus laços de sangue. Não havia escolha profissional simplesmente, o indivíduo tinha de exercer a profissão dos seus pais desde do nascimento até à  sua fase adulta.
O capitalismo individual libertou-se de um paradigma social em virtude dos princípios promulgados pela revolução francesa, que estabeleceu a liberdade de escolha. A partir daquele momento, o indivíduo poderia ser dono do seu destino e capitão da sua alma se lhe possibilitasse uma opção de ocupação diferenciada da sua condição financeira e familiar. Surgem as escolhas profissionais dependentes das diversas teorias técnicas e ideologias  que facilitaram a decisão de vida do ser humano.
No século XX, a prática profissional tem origem em Munique mais especificamente no Continente Europeu. No princípio tinha como objetivo a extensão da produção industrial. Em 1902, a sua finalidade era captar os trabalhadores inaptos para posteriormente dispensá-los do trabalho, de forma evitar preventivamente os acidentes. Nas décadas de vinte e trinta foi associada à psicologia diferencial e à psicomotricidade, testes de aptidão, de habilidades e interesses orientados para a vida profissional do indivíduo. Nos anos de 1907 e 1909 houve a criação do primeiro centro de orientação profissional norte-americano sob a responsabilidade de Parsons,  onde põe em prática os princípios da sua teoria denominada por traço fatorial.
Super (1957) acredita que todos os indivíduos necessitam auxílio, para um determinado quadro situacional é  necessário uma orientação vocacional  para uma escolha aleatória sem planos que posteriormente podem ocasionar uma frustração cujo as consequências poderão eventualmente  causar prejuízos económicos de futuro. Ele defende a ideia da identidade profissional dependente das características do sujeito desenvolvidas por determinadas exigências das suas funções laborais. A escolha profissional deverá relacionar-se com as características do sujeito integrado em processos de interação e de hereditariedade que posteriormente são controlados pelo meio ambiente. Deste modo a atividade é escolhida pelo sujeito a partir da sua perceção realizada pelas suas próprias aptidões de aprendizagem. A escolha deverà ter em conta uma orientação pessoal orientada para o desenvolvimento de técnicas instrumentalizadas vocacionadas  para determinadas  necessidades  primárias do mercado globalizado.
Atendendo  às exigências da sociedade pós-industrial que vive em progressivas mudanças paradigmáticas, de forma a aumentar o nível competitivo das nações mais desenvolvidas. O objetivo da informação pessoal visa orientar os alunos para profissões mais adequadas ao seu perfil. O indivíduo desenvolve certas atividades direcionadas para uma certa orientação vocacional. A teoria do desenvolvimento vocacional tem um foco desenvolvimentista que define a sua escolha profissional baseado num processo que acontece no decorrer da sua vida ativa. Através das fases distintas de desenvolvimento vocacional permite a realização de atividades evolutivas do indivíduo perante a sociedade.
Ao longo das últimas décadas, a teoria evolutiva de Donald Super realça as ideias de Rodolfo Bohoslawsky sobre as práticas de orientação vocacional realizadas no mundo capitalista .
As permanentes mudanças ocorridas no mundo do trabalho funciona como práticas de orientação profissional a serem utilizadas no mundo laboral, que por sua vez ,continuam a evoluir atualmente para um foco de trabalho mais ampliado. Uma busca de excitação de poder totalitário de determinadas organizações secretas promovem uma economia paralela obscura de outros setores económicos  cada vez mais vuneravéis politicamente.
A evolução ocorrida nos últimos anos no campo da orientação profissional define uma entrada no mundo organizacional de programas profissionais inseridos em empresas multinacionais de gestão de carreira.
Atualmente a organização profissional vem ganhando destaque por meio de novas perspetivas de mercado de trabalho,  e por sua vez tem uma tendência de se afirmar como instrumento de transformação social, em áreas  da psicologia, da sociologia e da educação associadas às outras áreas de conhecimento.
Em síntese, a orientação profissional desde a sua origem necessita de um instrumento de transformação social, na medida em que, auxilia os jovens académicos a encontrar uma escolha profissional numa fase cada vez mais difícil de decisão das suas próprias vidas . Desta forma, abre possibilidades para uma reflexão crítica e necessária para a pesquisa de novas áreas de conhecimento que correspondam às necessidades do mercado de trabalho globalizado, contribuindo assim para novas escolhas e oportunidades  mais conscientes.

Christopher Brandão 2015

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

cineantropologia: TREINO INTEGRADO FÍSICO NO PROCESSO METODOLÓGICO D...

cineantropologia: TREINO INTEGRADO FÍSICO NO PROCESSO METODOLÓGICO D...: Existe a opção dos treinadores inserirem no treino integrado em campo como um complemento do exercício físico. É uma opção que permite divi...

TREINO INTEGRADO FÍSICO NO PROCESSO METODOLÓGICO DA TÉCNICA DO TÉNIS

Existe a opção dos treinadores inserirem no treino integrado em campo como um complemento do exercício físico. É uma opção que permite dividir o grupo de atletas de forma permanecer em campo menos jogadores, na eventualidade do treinador necessitar de um trabalho mais individualizado com os atletas que se apresentam com maiores dificuldades psicomotoras. Diz-se também que o trabalho terá uma maior transferência para os gestos técnicos em campo, mas isso é algo que ainda não se encontra cientificamente provado. Se o treinador escolher esta opção, tem de considerar uma série de regras para trabalhar de forma mais consistente. A ordem dos exercícios propostos pelo treinador será determinante, pois não se pode permitir que no ténis haja fadiga física ou neuromuscular do atleta antes de um trabalho específico onde se exija uma velocidade de precisão com maior antecipação. Perante este quadro situacional será necessário exercícios que envolvam no ténis uma capacidade motora de coordenação ou de concentração complexa exigida em qualquer situação de dificuldade imposta pela própria tarefa.
Os atletas que se encontram num processo de ensino aprendizagem para um novo paradigma de treino é  determinante para uma ação de conhecimentos práticos e científicos a serem aplicados pelo próprio treinador. Por exemplo, no gesto técnico da direita em situação de corrida, não existe nenhum padrão metodológico que exija muitas repetições padronizadas.
Os treinadores orientam os jogadores para uma velocidade de coordenação em função do seu apoio dependente, que leva à perda de velocidade no tempo. Não faz sentido um treinador realizar um circuito de força com alguma resistência antes de um exercício que seja realizado com o gesto técnico de direita em situação de corrida, que poderá criar uma fadiga ao nível do fuso neuromuscular do próprio atleta.Deverá ser realizado antes dos exercícios mais relacionados com a componente técnica e orientada para a capacidade da velocidade, de forma a não forçar as outras capacidades motoras. Realizar antes do trabalho da força um conjunto de exercícios que envolva a flexibilidade e a coordenação numa sequência que promova uma maior incidência na resistência muscular. Para uma melhor otimização de todas as capacidades psicomotoras serão necessárias uma melhor performance da técnica de jogo em alta competição no qual os treinadores deverão ter em conta os seguintes itens:
- Período Preparatório Geral
 No início é realizado por um conjunto de exercícios de fitness de baixa intensidade que por sua vez poderá integrar diversos jogos lúdicos. Este condicionamento deverá ser realizado num período tempo compreendido entre uma a duas semanas que podem ser prolongados por mais algum tempo.
- Período pré-competitivo
A apresentação de uma semana sem torneios, os treinadores podem iniciar com os atletas um programa pré-competitivo. Neste quadro situacional a força de trabalho realizada pelos atletas deverá ser trabalhada em termos de volume e intensidade numa base de manutenção diária. O atleta aumenta o trabalho preventivo da resistência específica pertencente a uma determinada capacidade aeróbica. O treino aeróbico aplica-se somente em situações relacionadas com o período competitivo, no qual a capacidade da força não se encontra desenvolvida na eventualidade do treinador continuar a treinar a velocidade, com redução da carga de trabalho, de forma a criar um trabalho preventivo para a capacidade de resistência aeróbica em modo regenerativo, num formato de corrida contínua.
A divisão da época apresenta-se pelos seguintes períodos:
- Período preparatório geral (PPG), também chamado de pré-temporada, Pré-concorrencial, Competitivo
- Período preparatório geral
É o período em que o jogador tem um período sem competição cujo objetivo é uma melhoria da condição física que incidirá essencialmente sobre um trabalho de força máxima desenvolvido numa temporada competitiva. Os treinadores não podem planear programas metodológicos de treino com mais de duas semanas. Um profissional não tem mais de cinco semanas para treinar uma época competitiva, mas o ideal é realizà-lo num período compreendido entre as  8 a 10 semanas para um  escalão júnior.
Estudos em tempo real de jogo, especialmente em partidas realizadas em pisos de relva cujo tempo de trabalho é uma percentagem muito baixa em relação ao somatório do tempo total de jogo em situações de:
- Jogos em piso de relva em motricidade compreendida entre os 7 a 10 minutos
- Jogos em piso duro duram até 14 minutos
- Jogos em campos de argila atinge um máximo de tempo de 20 minutos.
Estes são tempos de trabalho muito baixos segundo os estudos realizados com a análise de ácido láctico após os jogos, em que nunca se alcança uma média ponderada superior 2 mmol / l de sangue. 
Um jogador pode chegar a 15 mmol / l de sangue e um corredor de 400 sangue ml ou 400 mV a 24 mmol / l. Este quadro situacional indica que o jogador utiliza apenas a sua forma alática livre de ácido láctico e aeróbica utilizando oxigénio para produzir a energia muscular com muito pouco ácido láctico.
PREVENÇÃO DE LESÕES ( FLEXIBILIDADE)
É essencial para relaxar os músculos após um trabalho intenso em que o mesmo gesto é repetido padronizadamente várias vezes. Este quadro situacional impede o encurtamento muscular e permite manter todas as fibras juntas a 100% do seu percurso. É importante que o jogador esteja relaxado e focado apenas no estiramento. Se o atleta for bem-sucedido nesta capacidade o seu efeito de trabalho  biomecânico multiplica-se.
Grupos de recuperação
 Quando a frequência cardíaca cai para 135 pulsos / min.. aproximadamente a 1'30min para 3 minutos. Apresentação da frequência cardíaca em trabalho de 165 pulsações no mínimo e no máximo de 175-180 pulsações
Como podemos trabalhar estas situações?
 Com raquete, sem raquete, raquete e bola. O aquecimento de 3 a 5 minutos, correndo ao redor do campo até que os pulsos alcançam uma pulsação 155 puls. / Mín.
 3-5x (25 "lado a lado 25segundos repetindo para 30 segundos versus 30segundos repetindo para 35  segundos versus  35segundos livre
- RESISTÊNCIA
 Capacidade aeróbia em manter uma intensidade média durante um longo período de tempo.
Porquê trabalhar?
 Porque permite ao jogador um nível de energia capaz de vencer a resistência de jogo das partidas de longa duração. Melhora a recuperação pós-jogo e pós ponto e ajuda a melhorar o consumo de energia mais eficiente durante o jogo. Será mais conveniente trabalhar mais aerobicamente na eventualidade haja redução do nível de fadiga do atleta durante o jogo competitivo.
- Momento da temporada
Depende essencialmente do período geral preparatório  e do período competitivo no contexto fora de jogo durante um tempo compreendido de 2 ou 3 dias. A potência aeróbia é a capacidade de manter uma média de alta intensidade e de espera.
Porquê trabalhar?
  Porque permite que o jogador em jogadas intensas e duradouras não ficar fatigado, atendendo à melhoria do limiar anaeróbio durante um momento da temporada. Durante o período geral preparatório o jogador deverá pelo menos trabalhar uma semana sem adversários.
- Resistência específica
Capacidade de manter o desempenho no ténis através de esforços intensos e duradouros.
Porquê trabalhar?
Os atletas devem trabalhar pontos bastantes duráveis de 15 ou mais com aplicação de intensas trocas de bolas no qual o jogador deverá estar preparado de forma não estar esgotado para  não diminuir a sua precisão no tempo de treino mais especificamente na sua parte final
-FORÇA MÁXIMA
É a capacidade de levantar cargas próximas a 100% (40 a 100%). Muitas vezes os preparadores físicos realizam testes de 1RM para avaliar a força máxima de um exercício, para isso é necessário analisar o melhor objetivo que o treinador pretende trabalhar em relação à hipertrofia ou à potência muscular do seu atleta. É conveniente trabalhar a hipertrofia antes de definir o número de repetições ou simplesmente observar se o objetivo será demasiado fácil para o desenvolvimento psicomotor do atleta de alta competição.
Porquê trabalhar a força máxima?
Porque permite ao músculo de um determinado grupo muscular desenvolver fibras de alta resistência, por exemplo, o próprio peso corpo numa situação de arrancada, com mudança de direção mais rápida poderá eventualmente ser executada com menor esforço em relação à oposição de uma maior resistência máxima que o atleta produz. Para melhorar a força máxima que se incrementa paralelamente com a força de velocidade, podemos concluir que é mais rápido para as resistências mais ligeiras associadas à força de resistência complementarizada pela capacidade de coordenação motora.
Qual é a melhoria a ser realizada na força máxima no campo de ténis?
 O tenista terá uma maior motricidade e  maior facilidade de performance com o seu próprio peso  em situações de trocas de direção e arrancadas que serão mais rápidas e explosivas em relação à velocidade da bola que aumentará a velocidade do gesto técnico.
Qual o momento de treino?
Sempre depois de qualquer trabalho de qualidade que implique velocidade e precisão do tenista. Deverá ser realizada antes dos trabalhos em esforço.
Qual o momento da temporada?
 Toda a época, fora da competição em que os atletas treinam em maior percentagem de força máxima. Dentro da competição treinamos a uma menor percentagem de frequência máxima com velocidades de execução mais rápidas.
Como trabalhá-las?
 Em circuito de progressão vertical e de progressão horizontal
-Circuito de progressão vertical
Selecionar um conjunto de fatores nomeadamente:
- Número de vezes que o atleta repete o circuito entre 1 a 4 repetições
- Um número de exercícios no mínimo 5 a 20 repetições no máximo
- Número de repetições que também definirá em que  percentagem de força que o atleta se desloca no espaço físico, mais especificamente no campo de ténis
 - Selecionar os exercícios tendo atenção várias regras
Sempre que o treinador iniciar os exercícios que envolvem vários grupos musculares ou correntes que por sua vez envolvem tarefas de coordenação mais complexas. Primeiro os grandes músculos e em seguida os pequenos músculos. A recuperação entre exercícios aplicados entre os circuitos há que ter em conta o repouso do atleta entre as estações, com valores aproximados de 20 a 30 segundos e 1m 30 segundos a 2 minutos entre os circuitos.
-Circuito progressão horizontal
É mais útil no período preparatório, no qual o treinador tem como objetivo o desenvolvimento da força máxima no atleta. Perante este quadro situacional o treinador necessita selecionar:
- Número total de exercícios condicionado às capacidades físicas, ao índice de massa corporal, ao nível etário, às caraterísticas hereditárias, e por fim à motivação do atleta para o treino. É necessário que o treinador incremente um conjunto regras numa sequência ordenada de exercícios que deverá respeitar:
- O início da sessão, com exercícios que envolvem vários grupos musculares correntes em que envolvem tarefas de coordenação mais complexas,
- Primeiro grandes grupos musculares e em seguida os pequenos grupos musculares
- Número de repetições encontra-se compreendido entre os 5 a 10 repetições no máximo.
- Na percentagem máxima em que os atletas se encontram trabalhando intensivamente, é necessário selecionar o número de repetições e séries.
- O tempo de recuperação será maior nos atletas do que na progressão vertical
-   Força num estado de hipertrofia máxima dependente do tempo de recuperação entre o intervalo cronológico compreendido entre os 30 segundos a 1 minuto
-Força da potência total poderá ser concretizada entre 1 a 2 repetições
- Pliometria é a força de contração do músculo tão rapidamente quanto possível após um pré-estiramento das fibras. O tempo de apoio no solo deverá ser o menor possível
Porquê trabalhar?
Porque melhora a elasticidade muscular por explosão. O jogador irá melhorar a velocidade de explosão através da aplicação de mudanças de direção. O trabalho deverá ser realizado antes dos exercícios bastante fatigantes através de uma combinação de bolas curtas compreendidas num número de 4 ou 5 bolas no máximo
Momento da temporada
Toda a temporada, mas recomendamos uma boa base de treino de prevenção para articulações musculares de forma não sofrerem lesões. É recomendável não mais de 2 a 3 sessões por semana em pliometria em cada sessão, não mais do que 200 a 250 saltos para atletas e jogadores de alta competição e cerca de 100 saltos para praticantes amadores
- Força explosiva
É a capacidade de superar as cargas de baixa intensidade o mais rapidamente possível. Estas devem ser um pouco mais altas do que as cargas realizadas no período competitivo.
Porquê trabalhar?
 Para melhorar a velocidade do gesto técnico considerada uma componente de força restrita.
Momento da temporada
 Distante do período geral preparatório como o objetivo de treinar a força máxima e a força explosiva para a melhoria da sua performance.
- FORÇA VELOCIDADE
Capacidade de ultrapassar a carga o mais rapidamente quanto possível à da concorrência.
Porquê trabalhar?
 Para melhorar a velocidade do gesto técnico no momento da temporada pré-concorrencial e competitivo.Permite o mínimo possível de deslocamentos dos apoios com diferentes mudanças de direção
Porquê trabalhar?
Tempo de formação inicial é após o aquecimento sob a forma de controlos ou cubos durante o momento da temporada de um jogador com problemas de mobilidade num court lento caso contrário em toda a temporada exceto no período geral preparatório
Como trabalhar esta situação?
- Exercícios para o desenvolvimento da velocidade de circulação
- Circuitos, incluindo mudanças de direção podendo ser adicionado saltos pliométricos e duradouros compreendidos num intervalo de tempo entre 5 a 15 segundos
- Sempre no limite de velocidade que será de 100%, na eventualidade do jogador não parar, mas que o treinador pare o exercício e obrigue o atleta a repetir quantas vezes que for necessário.
-VELOCIDADE DE REAÇÃO
Tempo mínimo para responder a um estímulo auditivo, visual ou estimulação tátil. O treino realizado no campo pelo atleta que se encontra condicionado à disponibilidade de tempo. Melhorar a velocidade de antecipação com exercícios de intervenção em estado de choque, essencialmente em repouso, na posição de atenção para a concretização do gesto técnico. É necessário ter em conta ao tempo de formação no início do treino em qualquer momento.
COMO TRABALHAR?
- Exercícios de treino específico dependem da velocidade de reação através da diminuição da duração do estímulo. A velocidade dos impulsos nervosos essenciais para a frequência da passada é uma capacidade genética treinável. A importância do desenvolvimento das qualidades físicas essenciais às capacidades psicomotoras do atleta permite um melhor desenvolvimento multilateral para os escalões de alta competição. Para uma melhor performance da técnica de jogo será importante treinar o interval training durante o seu período ótimo competitivo.

Christopher Brandão 2015

A Ludomotricidade Do Ténis Juvenil

O desenvolvimento do ténis reflete uma dinâmica pedagógica inserido num contexto de educação desportiva de forma a aplicar uma metodologia de treino específico e eficaz no processo de ensino aprendizagem da modalidade em causa.
Como todos sabemos não existe receitas exatas, mas existem sempre soluções ou procura de soluções que sejam capazes de resolver toda a problemática que envolve a promoção da modalidade.
A dinâmica do treinador na procura de questões relacionadas com a formação dos atletas dependem essencialmente da cultura regional do local em que a modalidade se encontra em expansão, no qual é necessário integrar algumas normas e valores sociais fundamentais para a criação de uma tecnoestrutura hierarquizada de relações sociais entre professor e os jovens atletas, de forma a concretizar um planeamento estratégico tenístico anual definido na modalidade para a sua manutenção.
Utilizando a ideologia do Professor Doutor Sarmento ¨ A pedagogia é a ciência que estuda os métodos, processos ou técnicas que visam à prática da educação e do ensino desportivo ¨. Na base desta ideologia o treinador ou professor deverá aprofundar uma estratégia eficaz de aprendizagem dos diferentes gestos técnicos do ténis através do jogo lúdico reduzido, de forma haja por parte dos alunos uma aquisição e um certo domínio de determinadas competências essenciais às diferentes experiências de jogo. As tarefas lúdicas são capazes de produzir novos conhecimentos pedagógicos através da interação pessoal dos diferentes atletas em prática de jogo baseado no programa da ITF play and stay.
A importância do meeting fundamenta-se essencialmente nos jogos reduzidos em formato de prática informal promovida em objetivos propostos aos alunos da seguinte forma :
- Introdução aos diversos gestos desportivos fundamentais (direita, esquerda, vólei, smash e serviço)
-   Cooperação com os companheiros quer nos exercícios quer nos jogos, escolhendo as ações adequadas ao êxito pessoal ou do companheiro admitindo as indicações que lhe dirigem e aceitando as opções de falha dos seus colegas,
- Aceitar as decisões da arbitragem identificando os respetivos sinais e tratar com igual cordialidade e respeito o parceiro e adversários,
-Conhecer os objetivos do jogo, a função e o modo de execução das principais ações técnico táticas e suas principais regras:
a-     Início e recomeço do jogo
b-    Formas de jogar a bola
c-     Bola fora
d-    Net-ball
e-     Sistemas de pontuação adequado às suas ações psicomotoras


Objetivos nas diversas situações de jogo:

- Serve por cima colocando a bola no campo contrário tocando-a no ponto mais alto com extensão do membro superior,
- O aluno posiciona-se para bater a bola do lado direito e esquerdo de acordo com a sua trajetória e de um plano à frente do corpo orientado de baixo para cima de forma a criar um pequeno efeito à bola colocando-a ao longo da linha ou cruzando-a de acordo com a posição de batimento do gesto técnico no sentido de dificultar a sua ação.
- Após o batimento de uma bola a meio-campo é necessário que o jogador crie dificuldades na devolução em relação ao adversário que avança para a rede posicionando-se corretamente para devolver a bola aleatoriamente à esquerda ou à direita sem deixar cair no chão vólei, avançando ao encontro desta e batendo-a à frente da linha de ombros.
- Na devolução de bolas com trajetórias altas, bate a bola acima do plano da cabeça, no ponto mais alto e com o braço em extensão realizando o gesto técnico do smash após o enquadramento lateral em relação à rede.
- Após cada batimento o aluno recupera o enquadramento deslocando-se para o meio do seu campo de forma a cobrir a linha de fundo em condições de concretizar com êxito o ponto.  


Meios de ensino de aprendizagem da modalidade
 Os meios de ensino correspondem aos instrumentos práticos de jogo com aplicação de exercícios e jogos pré-desportivos que veiculam todos os princípios de natureza pedagógica, didática e metodológica, fundamentais para o sucesso do processo ensino-aprendizagem da modalidade.
Os jogos pré desportivos serão uma forma de aprendizagem mais rápida de evolução de uma atividade:
1-    Oposição
2-    Interceção
3- Perseguição
A análise dos exercícios a serem aplicados poderá ser:
1- Gerais
2- Específicos
3- Competitivos
Análise do jogo pode ser feita de 2 formas:
1-    Reduzido
2-    Geral
Os jogos pré-desportivos de uma forma simplificada quantifica-se numa série de comportamentos básicos e caraterísticos dos jogos desportivos coletivos e individuais que se assumem como um elemento lúdico e pedagógico para o processo ensino-aprendizagem do jogo propriamente dito.
Ao nível de todo o processo de aprendizagem se desenvolve para princípios técnicos e lúdicos em prol de um resultado definido por um produto derivado por um somatório técnicas e táticas das formas mais simples para as mais complexas.
A metodologia dos jogos pré-desportivos realizada em espaços reduzidos lúdicos de forma haja uma melhor dinâmica de desenvolvimento das capacidades psicomotoras, essenciais no processo de ensino-aprendizagem da modalidade.
O desenvolvimento dos jogos pré desportivos deve promover a progressão de bola através de 5 fatores:
-controlo
- Direção
- Colocação
- Velocidade
- Rotação
- Trajetória
 O treinador deverá ter os princípios essenciais para o critério de êxito de jogo de forma a dar:
-A possibilidade de quantificar o valor técnico do jogo cujo objetivo é fazer passar a bola por cima da rede por um máximo de tempo.
A avaliação dos jogos pré desportivos como uma atividade codificada e lúdica de oposição direta intencionada para ações de finalização.
 Os elementos importantes para todo o processo de ensino-aprendizagem da modalidade poderá ser desenvolvida em competições informais.


Christopher Brandão 2015

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

cineantropologia: A Importância Da Psicomotricidade Escolar

cineantropologia: A Importância Da Psicomotricidade Escolar: O presente artigo apresenta as atividades desenvolvidas ao nível da reabilitação psicomotora de algumas competências e capacidades de u...

A Importância Da Psicomotricidade Escolar



O presente artigo apresenta as atividades desenvolvidas ao nível da reabilitação psicomotora de algumas competências e capacidades de um determinado aluno diferenciado. A articulação dos seus diversos contextos de vida exige uma análise de observação direta orientada para um acompanhamento psicomotor mais terapêutico que melhor beneficie o seu reportório motor.
A Psicomotricidade é uma disciplina educativa, reeducativa e terapêutica que se destaca pela interação entre a motricidade, o cognitivo e a afetividade, de forma facilitar uma abordagem mais transdisciplinar do contexto psicomotor do aluno diferenciado.
Uma visão holística da ciência da psicomotricidade interage de uma forma mais ampla sobre o indivíduo biológico que ultrapassa as metamorfoses dos processos sociais, históricos, culturais para fins cineantropológicos. 
A dimensão de hipercomplexidade emocional se manifesta pela prática das atividades psicomotoras que favorecem a melhoria do movimento biomecânico em todas as etapas do ciclo de vida de um ser humano. Tem o seu enquadramento teórico e institucional ao nível do contexto da saúde. A formação da estruturação do esquema corporal facilita a orientação espacial em relação à sua evolução motora. A intervenção diagnosticada muitas vezes incide numa perturbação do padrão motor do andar e do equilíbrio associada a um nível comportamental a ser trabalhado ao nível das emoções, no sentido de se melhorar o processo de socialização do aluno diferenciado influenciado pelas suas próprias dificuldades.
Um historial patológico de diversas origens, muitas vezes provoca distúrbios ao nível da motricidade.
Os sistemas relacionados com os movimentos coordenados dependem da função de um resultado que se manifesta por uma intenção reflexa de automatismos produzidos por movimentos involuntários. Os distúrbios das praxias definem primariamente os sistemas de perdas derivadas por alterações do ato voluntário do movimento, provavelmente relacionadas com o sistema nervoso central. Muitas vezes são desenvolvidos patologias nos alunos diferenciados portadores de determinados distúrbios que por sua vez se manifestam na sua própria motricidade.
Neste quadro situacional podemos estabelecer uma psicopatologia diferencial com denominação de distúrbios relacionados com as praxias de evolução designados por dispraxia ou apraxia. As praxias originam um distúrbio infantil que se distingue por três variedades: 
- Apraxia sensório-cinética que se carateriza pela alteração da síntese sensório-motora relacionada com a automatização do gesto sem distúrbios na representação do ato. 
- Apracto-somato-gnosia espacial é caraterizada por uma desorganização do esquema corporal com o próprio espaço. 
- Apraxia de formulação simbólica carateriza-se por uma desorganização da atividade simbólica através da compreensão da linguagem. 
A finalidade destas variedades estabelecem hierarquias de gravidade nos diferentes tipos de distúrbios.
A ação educativa é fundamentada para o movimento natural consciente e espontâneo que tem a finalidade de normalizar, completar ou aperfeiçoar a conduta global da reeducação psicomotora dos alunos diferenciados desde os seus estados de infância até à fase da idade adulta. Pode ser desenvolvida através de um caráter profilático ou terapêutico.
A terapia psicomotora é realizada através de um programa de exercícios que envolvem atividades motoras, visuo-motoras e emocionais. De forma a sentirem-se felizes e seguros ao nível da sua personalidade terão de melhorar o seu desenvolvimento corporal através de uma aprendizagem afetiva social virada para uma melhor integração das suas estruturas psicomotoras. A melhoria do padrão motor do andar depende da melhor automatização do seu esquema corporal relacionada com a lateralização de direita e esquerda. A partir de uma linguagem não-verbal pode-se instruir numa primeira fase por desmonstração o conceito de noção do seu próprio corpo através da definição da direita e esquerda.
O corpo motor ou estático ocupa necessariamente um espaço orientado para um processo de adaptação dos alunos diferenciados em ambiente escolar. A orientação espácio temporal corresponde à organização cognitiva ligada à consciência, à memória e por fim às experiências vividas do seus próprios corpos diferenciados pelos seus próprios sentidos. A noção do corpo baseia-se num referencial desenvolvido numa adaptação dos alunos diferenciados ao seu espaço cineantropológico. É considerado um espelho afetivo-somático de uma imagem adquirida pela própria identidade sobre o mundo dos objetos que os rodeiam. No seu corpo diferenciado, o esquema corporal constrói-se através de uma tomada de decisão de consciência evolutiva sobre os seus elementos que funcionam como um puzzle motor de reconstrução de novos gestos biomecânicos. O limite corporal estruturado para qualquer situação exige uma elaboração prática motora cada vez mais evolutiva para a sua reconstrução. Existe uma prática global inconsciente do esquema corporal desenvolvida ultimamente por uma imagem de representação deles próprios. O conceito corporal define-se por um conhecimento cognitivo sobre as partes mais restritas em termos funcionais de que fazem parte o seu esquema corporal. Uma vez reguladas a posição muscular das diferentes partes do corpo, o esquema corporal torna-se inconsciente quando se modifica ao longo do tempo. A lateralidade é considerada uma bússola de orientação do corpo ao nível do espaço. Realiza-se de forma desigual em cada um dos lados e por sua vez é manifestada nos alunos diferenciados ao longo do seu desenvolvimento psicomotor através das suas experiências adquiridas. Poderá ser o início da discriminação entre a parte esquerda com a direita cuja percepção dos lados direitos e esquerdos dão uma maior noção do lado mais solicitado. Devido às suas patologias, os alunos não distinguem os dois lados do corpo num determinado momento, mas compreendem que existem dois membros superiores que se encontram um em cada lado do seu corpo, embora ignore o lado direito do corpo em relação ao esquerdo. É essencial correlacionar o seu reajustamento de aprendizagem motora com o sentido da visão. Através dos sentidos têem a noção das suas extremidades do corpo de direita e de esquerda associada à sua localização. Sabem com precisão quais são as partes direitas e esquerdas do seu corpo, mas possui alguma dificuldade na realização de atividades psicomotoras relacionadas com a fase de preensão. Para adquirir uma boa noção de lateralidade terá de ser trabalhada ao nível da orientação espacial em relação aos objetos que os rodeia. Alguns investigadores preferem tratar a questão da lateralidade como uma parte de orientação espacial e não como parte do conhecimento corporal. 
As potencialidades de atuação sobre as suas partes biomecânicas mais vulneráveis são realizadas por um trabalho de compensação dos graus de liberdade desenvolvidos em aparelhos e objetos de psicomotricidade.
Os exercícios de coordenação óculo-manual têm como finalidade o domínio e a melhoria do campo visual associado à motricidade fina das mãos definida cineantropologicamente por micromotricidade, que por sua vez é essencial para o processo de ensino aprendizagem da Alfabetização.

Christopher Brandão 2015