sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Bye bye Passos Coelho e Duarte Freitas

Nunca o PSD de Portugal continental  e arquipélago dos Açores apresentaram indices tão baixo de popularidade relativamente à sua própria classe política, denota-se uma fraqueza de liderança, baseada numa filosofia de austeridade, que tanto promoveram e exigiram dos próprios portugueses uma exagerada contenção, que no fundo não serviu  para nada, a não ser aumentar mais o endividamento do país . Os anticorpos instalados nesta máquina partidária é  cada vez maior, face à  ausência de vitórias eleitorais; estabelecem -se estratégias maquiavélicas bastante antagônicas ao nível do conceito do jobs for the boys. É  preferível ter uma gerigonca no poder, do que um partido com maioria absoluta, de forma evitar o descalabro político e financeiro. Não podemos esquecer dos anos de austeridade e de relutância com que os portugueses sofreram ao longo da governação de Passos Coelho para um determinado fim, que simplesmente teve uma missão de agradar as instituições financeiras internacionais, à custa do grande sacrifício promovido por um produto tóxico de marketing publicitário  exigiu-se um pagamento das obrigações num minimo espaço de tempo possível .
A crise financeira de Portugal é de responsabilidade política alternativa entre os 2  grandes partidos,  um de direita PSD e o outro de esquerda Ps , que por sua vez se apoderaram do poder pela sua própria  ganância. Ambos são responsáveis ao longo de gerações pela decadência da banca, das obras sumptuosas, dos projetos megalomanos e por fim pela irresponsabilidade política exclusivamente responsável pela derrapagem nas administrações públicas derivadas pelo excesso despesismo executados em cargos nomeados pelo próprio governo daquelas épocas. As jogadas de bastidores que cada partido produz, obriga refletir em cada cidadão se vale pena acreditar num político pinóquio , cujo o seu currículo seja realizado em bastidores partidários, sem experiência profissional e laboral, conseguem milagrosamente atingir o top da liderança partidária e governativa a qualquer preço.  A credibilidade convicta na mentira, é uma arte que a própria direita criou para ser uma moda de ser contra tudo e todos. A realidade daquele tempo sobre o corte nos salários foi um pretexto fácil de aumentar os impostos da classe trabalhadora, por ser uma medida facilitadora de tirar máximo redimento daqueles que infelizmente trabalham ou trabalharam honestamente . A austeridade tão anunciada, foi um árduo e falso caminho para convencer o povo que as contas públicas seriam postas em dia,  numa futura promessa de alívio de uma baixa de impostos, que na realidade foi um grande golpe de falir a grande maioria das pequenas e médias empresas, de forma a beneficiar o compradio de um determinado setor privado estrangeiro e nacional . Ninguém tem o direito privatizar em prol dos serviços públicos mais caros de má qualidade, de forma haja uma máxima maximização dos lucros.  O respeito pela qualidade dos serviços públicos ,é um direito adquirido pelos próprios  portugueses que infelizmente tanto trabalharam e defenderem para os terem. Nesta dimensão de direita açoriana que infelizmente nunca se refletiu na região autónoma dos Açores, face à fraqueza de liderança do seu próprio líder que nunca  foi capaz de vencer uma eleição para qualquer cargo político , face à sua teimosia persistente das suas próprias convições. Caminhar para um fosso sem fim, onde a falta de coragem dos seus próprios militantes de se canditarem a um partido repartido, dividido, leva-nos a uma conclusão muita prática , que os próprios militantes  pretendem a morte lenta do mesmo  de forma poderem ter maiores oportunidades de conquista . Em contrapartida os Presidentes da Câmara de Ponta Delgada e Ribeira Grande fortalecem com laços de ternura com as  suas próprias  cidades, de forma construírem obra credível à manjedoura das suas próprias pretensões políticas futuras de se chegar ao poder com enorme  experiência . Oxalá que a fortificação da direita se realize por sangue novo, onde a genética política seja de enorme qualidade, que faça renascer das verdadeiras cinzas uma direita oxigenada que seja capaz de frutificar com as suas próprias ramificações os tempos futuros que se aproximam. Enquanto no Continente os dinossauros do passado querem ressuscitar o pátio de Santana, fazendo uma enorme oposição contra um Rio do Norte que  pretende simplesmente conquistar a foz do Tejo, para que possa impor uma nova esperança para Portugal .
Na oportunidade nasce uma nova dinâmica do movimento ao centro em vias de desenvolvimento, que ultimamente  tem vindo a crescer no dia à dia em contato direto com os cidadãos , com pessoas credíveis, honestas e sérias que pretendem servir o país numa missão cristã de cidadania realçando projetos credíveis com pessoas altamente qualificadas ao nível das suas competências de eficácia científica, que pretendem aproveitar toda a massa crítica da juventude empreendedora de forma a potenciar a intelegence necessária à construção do novo Portugal.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Modelos Científicos De Evolução Humana


Os modelos teóricos em ciência são construções mentais concebidas para dar conta dos fenómenos observados ao mundo natural. A sua origem está na combinação da imaginação com a criatividade na procura de uma verdade científica adquirida pelo conhecimento interactivo, que tente explicar todo o processo de evolução humana que se desencadeou há milhões de anos.
 A questão está em saber se vamos partir das partes para o todo na presunção de que poderemos descobrir a lei geral, ou se, no reconhecimento desta impossibilidade, partimos do todo para as partes, através da construção de um modelo hipotético dedutivo que poderá dar ou não resposta à evolução humana.
No domínio do desenvolvimento humano através de uma metodologia lógica hipotético dedutiva é necessário desde logo ultrapassar a perspectiva reducionista do método cartesiano, sustentada numa lógica empírico-racionalista de analisar e explicar o homem.
 Quer dizer não se trata de estabelecer uma dada lei universal através da utilização de uma fórmula estandardizada, construída através de uma determinada amostra que será tão grande quanto maior for o nosso tempo, os nossos recursos tecnológicos e económicos disponíveis.
A implicação deste facto é que as estruturas novas e complexas surgem provavelmente numa série de etapas, e não num único ponto de partida. Um impedimento surge, visto que a evolução ocorre provavelmente por selecção natural, cada passo deve ser um melhoramento tanto no que respeita à sobrevivência, como à reprodução, ou pelo menos, não poderá ter um efeito, seriamente diminutivo.
A conservação do plano básico é então uma consequência de evolução a funcionar em pequenos passos, consertando o que já existe e não eliminando a estrutura existente.
Trata-se de idealizar um paradigma conceptual que organize de uma forma dinâmica uma constelação de elementos articulados, organizados num modelo estruturado que seja capaz de representar uma dada visão global que posteriormente poderá ou não responder às questões formuladas por nós.
 Segundo o primatólogo Jim Moore, pressupõe um determinado tipo de modelo que seja capaz de explicar, num quadro mais amplo, a evolução humana distinguindo-se de uma teoria baseada em fontes diversas que tenta explicar um fenómeno natural através da sua capacidade preditiva.
Para estudar a evolução humana é necessário criarmos hipóteses e retrospectivas sobre as nossas origens, seleccionando no universo um conjunto de adaptações possíveis e explicativas do passado evolutivo.
Apesar do seu enorme poder explicativo, os modelos evolucionários não são realidades históricas, simplesmente limitam-se a descrever e a interpretar a própria história da evolução humana. A construção do modelo conceptual de evolução humana primitiva não tem outra hipótese senão recorrer a uma forte analogia com algum primata da mesma família, vivo e bem estudado. O antepassado humano não era exactamente como qualquer deles e talvez fosse tão diferente que recorrer a algum exemplo seria contraproducente.
Podemos construir um retrato de um antepassado hominídeo com base no comportamento de uma ou de algumas espécies vivas muito semelhantes. Mas a maior parte dos modelos tenta usar a evidência empírica proveniente de uma variedade de disciplinas transdisciplinares servindo de ponto de partida o chimpanzé.
Os modelos da génese dos hominídeos mais importantes são aqueles que combinam um conjunto de características transdisciplinares das diversas ciências humanas, permitindo a construção de um modelo interactivo de um sistema evolutivo.
A desmistificação das origens humanas está por resolver, os investigadores terão de utilizar uma investigação policial para a compreensão do enigmático problema da sua génese investigadora ao longo dos tempos, quer por meios tecnológicos quer por conhecimento heterogéneo.
O processo de estudo das origens humanas relaciona-se com uma visão egocêntrica que muitos investigadores têm acerca do mundo antigo. O constrangimento do conhecimento pela investigação do presente permite muitas vezes uma fraca interpretação do passado.
Para Medawar, a ciência não pode responder às questões últimas sobre o sentido da vida, a procura de teorias que possam incluir factos pode ou não ser ilimitada, há sempre um sítio mais além aonde ir, e a ciência é um bom método para lá se chegar.
A ciência não tem limites, define paradigmas nos quais muitos de nós trabalham para encontrar respostas com significado às grandes questões que preocupam os humanos.
A sequência evolucionária dos fósseis humanos nunca estão completas, haverá sempre quem procure uma falta de ligação entre os símios e os humanos. Por definição o elo que falta é o antepassado comum mais recente dos humanos, provavelmente terão sido os grandes símios originários da separação das duas linhagens compreendidos no fim do Mioceno ou no princípio do Plioceno.
 O conceito de antepassado comum poderá ser considerado uma metáfora do processo complexo da hominização das duas espécies de primatas modernos poderá funcionar como um rio que atinge a sua foz ultrapassando os diversos obstáculos através de ramificações de uma população de macacos em diversas populações mais pequenas. Ao longo de milénios cada população segue o seu percurso evolucionário através de uma sucessão de adaptações que atingem uma população, mas não atingem a outra. O produto será um somatório de adaptações que se evidenciam em populações diferentes ao nível genético, morfológico, comportamental de forma distingui-las em espécies diferenciadas. Os critérios de reconhecimento das populações como espécies distintas dependem do conceito de espécie que utilizamos.
O modelo hipotético de uma população ter dado origem a outras populações deverá ser posto em causa?
Face à diversidade de populações no qual cada uma delas apresenta ligeiras características ao nível genético, morfológico e comportamental, actualmente, a variação destas populações verifica-se ao nível geográfico.
A hipótese de que houve uma ou várias populações de antepassados símios tenha originado os hominídeos, não deverá ser utópico atendendo à explicação mais provável da diversidade multipopulacional baseado na ciência genética humana.
Face aos meios tecnológicos existentes ainda temos uma fraca informação sobre os registros fosseis levando muitas vezes os investigadores de diversas áreas a uma limitação do conhecimento. Com a análise dos registros fósseis podemos construir um modelo comportamental lógico do nosso antepassado comum em comparação ao modelo comportamental dos primeiros hominídeos.
Numa perspectiva antropogenética é possível perceber as transformações evolutivas dos animais o que nos explicam a origem da espécie humana. Através do conhecimento dos conceitos interligados de forma equilibrada, poderá explicar o desenvolvimento da espécie humana num conjunto de adaptações e desenvolvimentos das várias mutações genéticas, de forma compreender na sua complexidade, diferentes pistas de conhecimento que futuramente poderão ser aplicadas em novas investigações.
A divergência do conhecimento e não a sua compartimentação disciplinar não permite uma visão global da realidade. Cada ciência fechada no seu domínio não possui mais do que uma pequena parte do conhecimento. Esta pequena parte do conhecimento só tem valor em si mesmo quando for associado a vários conhecimentos.

Christopher Brandão, 2017

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O Ténis Escolar

A redução da atividade física tem consequências ao nível da saúde e condição física dos alunos, geralmente é derivada do excesso da carga horária a ser ministrada durante a componente letiva das escolas. A única disciplina que seja capaz de colmatar esta situação, será a Educação Física, que atualmente apresenta uma melhor solução para a promoção da atividade desportiva escolar, orientada para um estilo de vida ativo e saudável dos próprios indivíduos. Relativamente ao ensino desta modalidade nas escolas, deverá ser ministrado através de um conjunto de propostas metodológicas, que sejam capazes de dar respostas estratégicas e eficazes ao quadro de perícias e manipulações do programa de Educação Física Escolar, respeitando as respetivas necessidades reais dos alunos, que pretendam praticar esta modalidade de livre e espontânea vontade. É perfeitamente exequível, na promoção de ganhos de habilidades psicomotoras, sociais e emocionais que futuramente contribui para educação desportiva do próprio indivíduo.
O ténis pelas suas regras e caraterísticas de jogo, é considerado um desporto individual complexo ao nível das habilidades motoras especializadas, que por sua vez, exige um máximo desempenho biomecânico por parte dos alunos, independentemente do seu morfotipo, sexo, idade, raça etc., podem socializar através de uma forma lúdica de aprendizagem.  É considerado uma modalidade passível de ser praticada durante toda a vida, e de uma forma inclusiva nas escolas. Atualmente poderá ser praticado em diversos espaços recreativos ou de lazer, quer em campos oficiais ou através da adaptação dos espaços escolares disponíveis, mas para que tal realidade aconteça, será necessário a elaboração de projetos desportivos, que sejam capazes de promover o desenvolvimento desta modalidade integrada na disciplina de Educação Física, ou através de ocupação lúdica dos tempos livres durante os intervalos, ou ser proposto nas escolas para uma atividade desportiva extracurricular.
Os professores de Educação Física pressupõem que sejam capazes de dar os conhecimentos básicos sobre esta modalidade, pois a sua formação académica inclui conhecimentos de biomecânica, de planeamento, de pedagogia, de metodologia de treino, de organização de ensino, de fisiologia do esforço, entre outras, essenciais à difusão e desenvolvimento desta modalidade escolar. Estes, são responsáveis pelas decisões referentes à contextualização dos objetivos propostos nos conteúdos prescritos nesta atividade, através da aplicação de métodos de treino, de organização do espaço, do tempo de execução do processo de ensino aprendizagem e por fim na gestão dos recursos disponíveis para o desenvolvimento desta modalidade ao nível escolar.
O ténis lúdico quando associado ao fair play cria atitudes positivas de cooperação e de interajuda, através de programas Federativos Play and Stay promovidos pela Federação Internacional de Ténis (ITF), leva à predisposição de uma excelente qualidade de exercício físico.
Com aplicação de poucos recursos materiais e humanos, o miniténis lúdico é ideal para ser lecionado nas escolas, pois é um elemento atrativo para a sua popularização, criando uma excelente oportunidade de marketing desportivo, essencial à descoberta de novos talentos. Respeitando o modelo da pirâmide desportiva ascendente, que vai ao encontro de uma formação base de massificação desportiva de atletas até a uma especialização mais competitiva de uma determinada elite. Esta atividade deverá ser ministrada numa fase inicial por uma filosofia lúdica que seja capaz de dar uma melhor resposta ao processo de motivação dos alunos, através de uma metodologia treino que promova uma melhor qualidade de prática desportiva.

Um bom sistema de adaptação desportiva realizado por um conjunto de diversas etapas, que vão desde o ludo ténis até ao ténis mais competitivo, provavelmente irá criar um melhor processo de massificação de jogadores, que mais tarde deverá ser encaminhada para uma especialização a ser realizada pelos respetivos clubes, mais próximos das zonas escolares. Ultimamente tem vindo a revelar-se um instrumento valioso na captação e deteção de novos talentos, tão necessárias à especialização de futuras elites competitivas desta modalidade, que tanto apaixona os seus próprios adeptos.

Christopher Brandão, 2018

terça-feira, 29 de agosto de 2017

A Dificuldade Da Juventude Política

Ao longo do tempo Portugal ultrapassou diversos regimes à conta da juventude revolucionária , mas para compreender as dificuldades de ultrapassagem de um regime para outro, será necessário compreender o sistema político de cada época. A transição da ditadura para uma Democracia deverá ser contextualizado como uma aprendizagem radicalizada da formação dos partidos políticos pelos seus grandes fundadores Salgueiro Maia, Álvaro Cunhal, Sa Carneiro, Adelino Amaro e outros, que serão sempre recordados os pais da democracia moderna. Não podemos julgar ninguém, mas atualmente se estes grandes senhores revolucionários com os seus enormes valores éticos e morais  ressuscitassem, talvez ponderassem na sua decisão revolucionária no seu tempo, com base do estado atual da política do presente. A política portuguesa atualmente deverá ser enquadrada como uma dificuldade de aprendizagem específica, para que seja entendida, será necessariamente avaliada pelo prefixo "dis", que provém da origem greco-latina, cujo significado transcede para  todas as dificuldades, disfunções,discapacidades, impedimentos; transtornos, embaraços, contrariedades, privações, complicações e por fim incomodidades mais centralizadas no desenvolvimento temporário de um sistema de poder totalitário, resultante de lobbies exclusivos de privilegiados,que afetam continuamente e persistentemente toda a nação portuguesa.
A impossibilidade de criar um sistema político eficaz, é praticamente impossível face à situação atual, porque em cada estrutura do estado, existe uma inabilidade permente orientada para uma determinada inaptidão completa derivada à custa da incompetência dos próprios funcionários do estado que são sujeitos a um estado de insuficiência de meios tecnológicos e de recursos humanos tão necessários à evolução sustentável  da nação.
Se o próprio sistema político alimenta a própria corrupção, que por sua vez é   consentida  e louvada pelos próprios membros governativos, então podemos concluir que a própria aprendizagem política cria dificuldades na própria sociedade civil .O povo chama à atenção aos vários problemas que o país enfrenta, mas atendendo à falta de investimento real no sistema educativo, os jovens e as crianças muitas vezes não atingem as competências mínimas e satisfatórias para aquisição de uma simples literacia e numeracidade para se adaptarem de futuro, ao mundo económico, social e cultural globalizado. A mudança acelerada do atual paradigma hipercomplexo da própria humanidade exige uma análise qualitativa e quantitativa dos diversos fatores que afetam constantemente as diversas bolsas econômicas dos diversos países a nível mundial, devido a uma falta de informação real ser praticamente controlada pelos diversos governos que tentam ou manipulam a comunicação social, que se encontra atualmente censurada ou omitida.
A percentagem de jovens e adultos jovens que não se interessam por política é mais elevada em Portugal do que nos restantes países europeus. Perante este quadro situacional, temos as maiores taxas de abstenções na europa, o que traduz uma correlação  significativa entre a desistência dos jovens no sistema educativo português, com a sua participação ativa na política. Não podemos compreender o poder alternativo entre os dois grandes partidos portugueses, que ao longo de duas décadas PSD e PS  governaram para uma crise sem precedentes, sem compreender a percentagem ativa de jovens na política.
Em termos qualitativos e quantitativos não obstante dos jovens estar ou não motivados em participar politicamente, é necessário sensibiliza-los pedagógicamente para a sua importância relativamente ao seu papel no seu futuro profissional.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

A Questão Do Assalto Em Tancos?

Como cidadão, sinto-me profundamente revoltado com a situação de roubo de armas a um quartel militar. Não sei se a negligência Política já chegou à panaceia das altas patentes militares do Estado, que simplesmente não justificam os seus ricos ordenados que ganham, com as suas nobres funções que desempenham. Talvez exista um paralelismo relativamente absoluto, à questão da tragédia do incêndio Pedrógão. Numa situação de paz, a vigilância ao quartel de Tancos é da responsabilidade de quem Afinal?. Será que já não existem normas segurança minímas a serem cumpridas nos diversos quartéis militares existentes em território Português?, ou será que os militares de altas patentes andam ao sabor das questões políticas, com a simples razão de serem promovidos na sua própria carreira, não olhando a meios para atingirem os seus  próprios fins. Ninguém tem o direito de exigir ou culpar alguém, mas quem paga impostos deve exigir um minímo de segurança dentro das suas próprias fronteiras. A questão de Tancos, revela um certo desconforto da sociedade Portuguesa, em que põe em causa o papel dos militares na atual democracia doentia?. Talvez seria melhor dar utilidade ao exército ao nível da sua operacionalidade operante, de os promoverem a guardas florestais, numa questão essencial do ordenamento do território florestal e de vigilância de matas, evitando assim mais fogos e prejuízos patrimoniais associadas às vítimas das tragédias. A revolta do cidadão, cada vez mais sobe de tom, relativamente à operacionalidade das forças armadas em Portugal Continental. Talvez o protesto público, venha sensibilizar a sociedade Portuguesa a uma exigência na alteração dos estatutos militares para funções vocacionadas para uma área mais cívil e útil, em desempenhar as suas enormes competências, ao nível  do tratamento da floresta Portuguesa, enquanto a Força aérea deveria prevalecer em funções de apagar fogos e salvamentos, no qual o seu papel tem sido bastante relevante. Relativamente à marinha, deveria passar para uma missão de guarda costeira, defendendo os nossos mares do narcotráfico, da proteção da fauna piscatória, do terrorismo, etc. Perante este quadro de reflexão, talvez venha de futuro pronunciar o papel das forças armadas relativamente ao seu contributo na sociedade civil, já que todos nós descontamos impostos, também devíamos exigir uma boa qualidade de bens e serviços públicos.   
    Christopher, Brandão 2017

sexta-feira, 23 de junho de 2017

A Questão Pedrógão

Ao observar a tragédia de Pedrógão, sinto uma grande revolta com todas as entidades governativas que infelizmente nos governam. A questão Pedrógão é uma questão que combina uma tragédia com negligência de um Estado excessivamente burocrático, corrupto, esquecido das suas verdadeiras obrigações e por fim determinados políticos realizam uma ação teatral, com intenção de se livrar das suas infelizes incompetências. Ao avaliar as consequências tardiamente desta grande tragédia, desastre ecológico, exige uma grande reflexão de todos nós sobre a função do Estado, sua atuação nula e mal antecipada das medidas florestais que nunca foram aprovadas nem discutidas em Assembleia da Républica , que na minha humilde opinião, já é considerado um grave pressuposto de má gestão política. 
A realidade é que todos nós pagamos impostos, que deviam ser bem empregues numa boa gestão de recursos humanos e tecnológicos, de forma a favorecer uma saudavél democracia com enorme qualidade de bens e serviços que os próprios cidadãos têem direito. Infelizmente a realidade não é aquela que devíamos ter, simplesmente votamos em governantes que se esquecem dos seus verdadeiros deveres de Estado, para depois virem para os meios de comunicação chorar de forma teatral e falar das pessoas que sofrerem, esquecendo-se de apurar as verdadeiras responsabilidades ou falhas de um sistema de proteção civil negligente, que custou 485 milhões de euros ao erário público. 
Todos os anos ocorrem fogos , no qual os nossos heróicos bombeiros com pouco recursos, chegam ao ridículo de irem de transportes públicos apagarem fogos e para o cúmulo da sátira ganharem 1,75 por hora. Perante este quadro situacional, em que todas as tecnoestruturas do Estado falham, quer ao nível da contratação dos recursos materiais ou de equipamentos mais viáveis para uma melhor solução de apagar fogos, que evidentemente poderia ser uma das missões que deveria ficar a cargo da Força Aérea Portuguesa, em vez do Estado comprar submarinos ou caças F16 de milhões euros. Evidentemente poderiam equipar a força Aérea Portuguesa para uma força de intervenção rápida de apagar  fogos com grande eficácia, dada à excelente formação dos pilotos portugueses. Infelizmente a realidade dos políticos é favorecer os amigos ou os camaradas em concursos públicos muito duvidosos, de forma a favorecer as suas ricas empresas, à custa dos impostos dos honestos cidadãos.
Não podemos pagar convenientemente um salário digno a um bombeiro, os seus transportes e a sua alimentação, mas podemos favorecer o amigo a ganhar um determinado concurso para pagar fogos a 35 000 euros por hora. Aqui está o verdadeiro problema da nossa política atual, favorecer quem não devia ser favorecido, prejudicar o pobre cidadão que perde os seus bens a sua própria família, jogar com a própria comunicação social, para confundir quem tem culpa nesta real tragédia de chupar o dinheiro público . 
A realidade infelizmente encontra-se sem culpados, sem leis, sem controlo, tudo quer simplesmente protagonismo político numa podridão permanente, esquecendo-se das mortes e das desgraças dos outros. 
A crítica permanente não resolve nada sobre as florestas Portuguesas, mas basta ter um palmo e meio de testa, para quem tenha uma certa visão holística do problema, para avaliar uma conjuntura do todo, no qual podemos concluir o seguinte:
- É necessário o ordenamento da floresta, segundo um plano diretor geral independente, onde haja responsabilização por parte dos proprietários neste processo. O Estado tem a verdadeira obrigação de ordenar as florestas Portuguesas com acessibilidades e meios tecnológicos, utilizando os drones com função de vigilância para uma prevenção mais primária de fogos,
- É necessário durante o verão, os militares que não fazem nenhum nos quartéis irem para o campo de ação florestal , com os seus generais, em vez estarem em festas no bem bom ou a dar comendas a quem não produz nada,
- É necessário equipar convenientemente os bombeiros, desde a sua formação técnica , física e académica, e por fim tecnológica, 
- É necessário obrigar o proprietário limpar o seu espaço ou alertar as Juntas de Freguesia ou Câmaras Municipais a desempenharem esta função, caso não haja disponibilidade financeira,
- É necessário os engenheiros florestais trabalharem transdisciplinarmente com as entidades locais , governativas, académicas de forma possam integrar e resolver todos os problemas da floresta Portuguesa,
- É necessário expropriar terra, se for preciso para resolver determinados problemas específicos da floresta, desde quebrar barreiras físicas, aplanar, plantar, replantar etc,
- É necessário fiscalizar todos o processo numa tecnoestrutura ascendente, de forma haja de fato evolução preventiva de todo o processo florestal,
- É necessário criar postos hídricos devidamente sinalizados, de forma toda a gente possam saber a sua localização,
- É necessário haver planos de fuga, sinalética, organização geral da proteção civil num centro nevrálgico sob a forma  de comando único, de forma possa avaliar todo o campo de ação num só voz de comando,
- É necessário realizar parcerias ou protocolos com os bombeiros Espanhóis que se encontram mais próximo da fronteira,
- É necessário criar uma logística de salvação para que possa assistir convenientemente as vítimas, as populações, idosos, crianças, etc,
- É necessário acabar com os lobbies das madeiras,  
- É necessário que os deputados trabalhem convenientemente sobre estas matérias na própria Assembleia da Républica, porque todos os anos acontece o mesmo cenário e ninguém faz nada ou fica sempre no esquecimento quando chega a estação do Inverno.
- É necessário renovar as carreiras dos guardas florestais, dando as condições necessárias para as suas diversas funções,
- É necessário por o mundo académico a trabalhar nas florestas, de forma haja cientifícidade na resolução dos problemas, reduzindo os gastos exorbitantes e as puras negligências.
Não podemos continuar assim todos os anos, espero que este simples alerta faça refletir alguém no poder político, que tenha a verdadeira coragem e intenção de mudar o sistema para melhor, de forma de futuro possa evitar novas tragédias.   

terça-feira, 20 de junho de 2017

O Julgamento Amoroso

Para uma linguagem franca e libertina que realizamos sobre as nossas observações, determinam o onús da prova dos juízes de valor que fazemos, sobre as nossas energias despendidas em sistemas hipercomplexos bastante controversos, onde o tabu e o ceticismo dão as respostas corporais necessárias ao amor que fazemos em espaço próprio. A constelação amorosa, permite uma maior dinâmica da paixão que prevalece num determinado espaço intimo, onde a exploração do corpo exige uma performance qualitativa de um sentimento que transcende as necessidades mais básicas de ambos os sexos. O limiar de excitação permanente, permite o despoletar de uma exploração corporal de um determinado território amoroso, onde é preciso ter coragem e paciência para vencer os tempos nublados que se aproximam. Não precisamos olhar com desconfiança o futuro, pois com o presente fortalecemos o estado da nossa alma, para um potencial de ação de energia necessária produzida à custa das massas corporais alternativas, que simplesmente transferem fluídos descontrolados por pensamentos ativos. A garantia da satisfação corporal ao longo da vida, exige uma revolução do pensamento manifestado por um pluralismo sexual adquirido ao longo das gerações. As necessidades mais básicas do prazer social libertino, manifesta-se em escolhas de repúdio de míseras orgias provenientes de infedilidades constantes de heterossexualidade ou de homossexualidade, que por fim manifestam-se num contato simples de lesbianismo puro, que talvez justifique o celibato permanente. Talvez o segredo de alcofa orientado para uma promiscuidade sexual teatral, insegura, arrogante ou submissa, exige uma atenção dobrada, ou uma reflexão por parte do indivíduo, que por sua vez deve parar durante um minuto para poder respirar ofegantemente e seguidamente observar à sua volta aquela pessoa que é mais instável em relação à outra, ou que é mais inflexível à tentação do elemento atrativo. O sexo é o teatro dos pobres, mas para quem acredite neste pressuposto, será necessário evidenciar situações em que são reconhecidas aos indivíduos certos instintos, vocacionados para um campo de persistência de engate, cujo devaneios são considerados desvios de conduta do pecado. Para alguns vultos femininos que se aproximam à nossa volta, com um simples olhar e um cheiro a perfume associado a uma bela indumentária, carateriza-se socialmente por um simples piropo de valor fútil do estético para o mais belo corpo moldado à natureza da sua própria juventude. Determinados critérios atrativos preenchem-nos a alma, com um determinado diagnóstico de foro psiquiátrico, que se manifesta em comportamentos fantasiosos, peculiares, padronizados e por fim disfuncionais, que até podem causar danos físicos e morais às nossas pobres condutas descontroladas.
Somos simplesmente psicopatas do cotidiano, que simplesmente lutamos contra a insatisfação dos sete pecados mortais da vida. Há quem diga que na guerra dos sexos a paz celebra-se na cama, talvez podemos explicar detalhadamente determinados princípios que nos levam a agir mais com  a emoção do que com o coração. Talvez o instinto mais feroz de cópula permanente possa justificar a conceção de determinados morfotipos camuflados, que auxiliam na descoberta das posições mais reprodutivas para a manutenção da própria espécie humana.
Antes de se relacionarem com alguém, terão de escolher o melhor caminho para a melhor cama, sem abrir mão à convivência mais intima de um real julgamento proposto entre quatro paredes.

Christopher Brandão, 2017

domingo, 21 de maio de 2017

A Fé de um povo devoto ao Senhor Santo Cristo Dos Milagres

A dimensão religiosa e centenária de um Povo vê-se pela fé e devoção que sempre tiveram os Açorianos para a realização e ornamentação bastante dedicada ao longo de muitos séculos ao Senhor Santo Cristo dos Milagres. A dimensão histórica e temporal ao o Senhor santo Cristo Dos Milagres foi baseada na sua transferência  por vários espaços, atendendo aos ataques piratas, às crises sísmicas e à evolução sócio-econômica da ilha S.miguel, permitiu por parte dos cidadãos  a sua real proteção em prol da divindade cristã.
O valor da estátua cedida pelo Papa Paulo III, associada à  fé cristã de Madre Teresa Anunciada, permitiu desenvolver um conceito metafísico teológico baseado na divindade cristã ,para que pudesse ajudar no sofrimento de quem precisa. A procura da causa do sofrimento pelas vicissitudes da vida, exige uma determinada fé que liberte do pecado. O poder da promessa e o valor da alma humana, não tem preço para quem sofre de uma forma injusta  e por sua vez, merece toda a tranquilidade necessária adquirida pelo respeito de todos, por algo que nos transcende.
O sacrifício do corpo, transcede a cultura espiritual para um estado de alma pura, para quem deseja atingir o divino céu.
Viver em agonia permanente, exige a procura necessária de um alimento espiritual que faça ultrapassar  os verdadeiros obstáculos da vida.
As festas do Senhor Santo Cristo Dos Milagres é uma simples louvação de quem precisa ser ajudado por alguém  que ultrapasse a verdeira dimensão da própria conduta humana.

terça-feira, 16 de maio de 2017

A Política Dos Transportes Açorianos

A base da economia Açoriana depende essencialmente de uma boa política de mobilidade entre as diversas ilhas açorianas e dentro delas. Verifica-se um point of view de operacionalidade que depende essencialmente de um timing com que escoamos os bens, os serviços e as próprias pessoas num determinado espaço para outro. Neste paradigma, há que ter em conta aos interfaces que criamos, de forma haja uma maior necessidade de desenvolvimento sustentavél entre as ilhas, segundo um modelo ecológico que respeite e alicie essencialmente o turismo pelo contato da natureza e a própria economia regional. A importância do transporte verde devia ser uma prioridade do Governo Regional Dos Açores, analisando a densidade populacional por área e quantificando o meio de transporte mais eficaz, que proporcione a população para um determinado objetivo. Numa época de eleições autárquicas, ambos os candidatos que se candidatam à Câmara de Ponta Delgada, devem analisar o quadro situacional do transporte do Concelho de Ponta Delgada e arredores. Podemos quantificar que a Avenida Marginal atualmente com excessos de autocarros, e um campo S. Francisco remodelado e desertificado exige uma boa política de base, que alivie os respetivos autocarros na própria Cidade. As cidades verdes exige estudos detalhados e cientificamente quantificados por projetos multitransdisciplinares que tente libertar o automóvel da cidade, utilizando mais veículos não poluentes expressos em carros elétricos, bicicletas e outros meios. O erro básico da cidade de Ponta Delgada é haver um governo PS e uma Câmara PSD não comunicarem devidamente e por sua vez criarem infraestruturas independentes que muitas não beneficiem a Cidade, nem os próprios cidadãos. Podemos avaliar os parques de estacionamento da Cidade de Ponta Delgada realizado subterrâneamente, um pelo governo Regional e outro pela Câmara de forma pouco operacionavél, que dá a noção o que um faz o outro vai atrás fazer para não ficar atrás. A era da política atual, deverá ser corrigida pelos próprios políticos a libertarem-se de bairrismos, de forma a criar as melhores acessibilidades aos cidadãos, criando consensos simbióticos entre os diversos partidos. É claro e evidente que ninguém quer ficar para trás na inauguração das obras públicas, porque dá votos e protagonismo, mas a preocupação essencial devia ser o bem estar das populações, no qual a eficácia do transporte público depende da boa mobilidade. Perante este quadro situacional, será necessário consensos, de forma haja desenvolvimento sustentavél para a própria ilha S.Miguel. As soluções para as respostas eficazes, só dependem de medidas científicas previamente estudadas. O transporte público na Cidade de Ponta Delgada e respetivo arredores, devia centrar-se na densidade populacional e nas necessidades das classes mais desfavorecidas associado ao turismo na criação de um conjunto de infraestruturas, como parques envolventes à cidade, de forma as pessoas possam estacionar o seu veículo e utilizar outro meio transporte não poluente para irem ao seu trabalho ou tratar das suas respetivas vidas no centro da cidade. Relativamente aos transportes coletivos, nomeadamente a libertação dos autocarros da cidade de Ponta Delgada, seria mesmo necessário interligar o campo S. Francisco, servindo de estação subterrânea de autocarros, como alternativa a realização de uma via subterrânea que passasse pelos parques de estacionamentos subterrâneos que se encontram localizados na Avenida Marginal, de forma a libertar todos autocarros por escoamento realizado através de aberturas de túneis, um próximo de Santa clara perto da doca, de forma pudesse simultâneamente realizar o escoamento de veículos pesados de mercadorias, outro próximo do clube naval para  libertar da cidade todos os veículos pesados. A importância do elétrico poderia ser uma via a ser estudada entre os Arrifes e a Cidade Ponta Delgada , Cidade Da Lagoa e Ponta Delgada, e por fim Relva, Aeroporto João Paulo II e Ponta Delgada, poderia ser uma boa opção em favorecer a própria Cidade de Ponta Delgada numa dinâmica mais interativa de futuro de acessibilidades de transporte público. Relativamente aos interfaces entre o transporte aéreo, marítimo e terrestre, será necessário respeitar timings diferenciados de horários, de forma uma grande maioria da população local ou flutuante possa usufruir com eficácia a enorme oferta alternativa e diversificada de transporte público local ou inter ilhas.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

A Associação De Ténis Dos Açores Um Paradoxo De Antagonismos

A dimensão de uma  Associação De Ténis visa defender os interesses e as necessidades dos clubes de uma determinada região, na sua melhor forma, quer a nível  regional, quer a nível nacional e por fim internacional . O paradoxo começa, quando os seus próprios dirigentes não compreendem que existe um tempo de entrada e um tempo de saída, dando oportunidade a quem tenha maior conhecimento científico da modalidade em causa, ao nível das áreas da gestão desportiva e metodologia de treino, de forma possa recrutar os melhores recursos humanos, para melhor servir e gerir toda a tecnoestrutura organizativa tenística, essencial ao verdadeiro desenvolvimento sustentavél desta própria modalidade desportiva .
Ao avaliamos os estatutos que fazem parte da Associação De Ténis Dos Açores, podemos quantificar que se encontram obsoletos aos tempos atuais. A variavél desenvolvimento tenístico depende essencialmente da sua alteração com máxima urgência, de forma possamos ter uma dimensão mais holística da realidade das diversas estruturas organizativas que devem fazer parte de uma Associação De Ténis, nomeadamente, a existência de um representante dos jogadores, dos respetivos árbitros,  dos treinadores, provavelmente associados aos presidentes dos clubes, talvez dariam novos contributos, proporcionando uma melhor visão da realidade do ténis regional atual. Atualmente a eleição do presidente, foi devido a uma criação de um clube fictício chamado Kairós, para além do clube da Ribeira Grande se encontrar inaoperacionavél algum tempo, encontra-se sempre com representante na mesa de voto para eleição dos corpos sociais. A facilidade como se cria um clube de ténis nos Açores é magnifica, só que o número de federados infelizmente encontra-se cada vez menor, em relação ao aumento dos clubes, o que torna uma realidade cada vez mais paradoxa ao nível da realidade tenística açoriana.
O poder organizativo de uma associação, visa chegar a consensos com todos os clubes e não utilizar a filosofia de dividir para governar, dando umas míseras migalhas de satisfação a alguns clubes, de forma manter o máximo tempo possível na organização, que atualmente se encontra numa estrutura completamente obsoleta e pouco organizativa. O planeamento anual de uma gestão orçamental ao nível organizativo obviamente devia ser aprovado por voto por todos, no momento da eleição dos novos corpos sociais para os 4 anos de mandato, de forma toda a tecnoestrutura organizativa saiba o verdadeiro plano financeiro de futuro. A  realidade é que ninguém sabe de nada, o que vai acontecer de futuro, criando dúvidas e incertezas, inveja e ódios. Quando a informação é planeada antecipadamente, o erro na gestão é menor e a informação é mais consistente a nível geral, para uma satisfação mais global das próprias tecnoestruturas organizativas.   
A falta do conhecimento gera muitas vezes conflitos desnecessários, atendendo às falhas organizativas que vão desde a manutenção dos preços das filiações dos jovens atletas que são caras, levando os atletas a procurarem outros desportos, em que a sua filiação à própria modalidade é grátis ou com um custo irrisório. 
Os 5 euros que cada atleta paga em participar num torneio nas camadas mais jovens é excessivo, não proporciona a massificação da modalidade para uma especialização mais competitiva, simplesmente determina quadros competitivos cada vez mais reduzidos, proporcionando a manutenção dos mesmos atletas vencedores por bastante tempo, o que cria um grande fosso de desmotivação competitiva, mantendo sempre os melhores atletas a vencerem e  os piores a perderem com os mesmos atletas vencedores levando à desmotivação por ambas as partes. Será necessário haver um trabalho de base, criando diversas provas consoante o nível mais adequado a cada atleta, que obviamente deverá estar ajustado à competição em que participa. A experiência é importante para os clubes desenvolverem conjuntamente com as escolas primárias projetos de captação de talentos, mas para isso a associação de Ténis Dos Açores tem o dever de apoiar com material tenístico, ou ações de formação a todos os intervenientes que fazem parte da sua própria estrutura organizativa. A importância dos apoios materiais e técnicos ao nível da sua formação, deverá ser uma responsabilidade da respetiva Associação Açoriana que simplesmente nunca apostou numa boa qualificação da massificação de técnicos, simplesmente paga aqueles que tem mais simpatia ou afinidade para frequentarem cursos ou reciclagem em Lisboa. Não podemos promover uma modalidade sem massificação, não podemos evoluir a própria modalidade sem a especialização, simplesmente devemos criar projetos com todos os intervenientes de forma haja um debate democrático para ultrapassar a crise do ténis açoriano que se encontra atualmente. A crítica permanente , os clubes de costas voltadas uns para os outros, a eleição de um presidente por clubes fictícios, torna-se uma jornada cada vez mais difícil de compreender o estado do ténis açoriano atual, atendendo à falta de sensibilidade de algumas pessoas que querem manter no poder infelizmente  à custa do seu próprio protagonismo.
O trabalho da evolução do ténis da região dos Açores só dependerá da respetiva alteração dos respetivos estatutos da Associação de Ténis Dos Açores, com a introdução de novos recursos humanos mais especializados à modalidade, talvez haja uma futura possibilidade de quantificar o verdadeiro desenvolvimento saudavél da própria modalidade, para uma orientação pacífica e unívoca de todos os verdadeiros clubes que pretendem fazer evoluir a modalidade com gosto e dedicação, obrigando que haja representantes dos jogadores, dos àrbitos, dos treinadores, com direito a voto na eleição dos corpos sociais na próxima eleição da Associação De Ténis Dos Açores, talvez seja uma boa solução de desenvolvimento saudavél para o ténis de futuro dos Açores com todos e por todos.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

A Problema Da Inceração Em S.Miguel Açores

A incineração é a queima do lixo em fornos e usinas próprias. Apresenta a vantagem de reduzir bastante o volume de resíduos, além disso, destrói os microrganismos patológicos que causam doenças originárias do lixo hospitalar e industrial. Após a queima, resta um material que pode ser encaminhado para aterros sanitários ou mesmo reciclado. É recomendada a sua reutilização racionalizada relativamente aos materiais queimados, que muitas vezes, são utilizados na confeção da borracha, da cerâmica e do próprio artesanato.
Na incineração é possível uma redução inicial do volume inicial de resíduos até cerca de 90%, através da combustão realizada a temperaturas que se elevam a mais de 900°C. Ultimamente, tem vindo a ser implementado em zonas de grande produção de lixo, no entanto certos resíduos libertam gases tóxicos ao serem queimados, são extramente prejudiciais à saúde pública. Perante este quadro situacional, para evitar a poluição do ar, será necessário instalar filtros e equipamentos tecnológicos especiais que torna um processo de elevado custo. Trata-se de um sistema útil na eliminação de resíduos combustíveis, não tendo vantagens em relação aos outros materiais, como por exemplo vidros, metais e plásticos que devido ao seu elevado teor em água, a matéria orgânica que a constitui é de cerca de 36% dos RSU, em que possui um baixo poder calorífico que não é aconselhavél incinerar sob o ponto de vista energético.

Análise do interior de um forno de incineração

No interior de um forno de inceração, os seus próprios processo de processamento  resultam em produtos finais que promovem a energia térmica que por sua vez é transformada em energia elétrica ou vapor. As águas residuais, os gases, as cinzas e por fim as escórias associadas aos gases resultantes da incineração, têm de sofrer um determinado tratamento à posteriori, uma vez que são constítuidos por compostos de substâncias consideradas tóxicas, como o caso do chumbo, do cádmio, do mercúrio, do crómio, do arsénio, do cobalto e outros metais pesados, como o ácido clorídrico, os óxidos de azoto e os dióxidos de enxofre, de dioxinas e furanos, por fim os clorobenzenos, os clorofenóis e PCBs.
Uma incineradora gera também emissões de dióxido de carbono, que por sua vez é considerado um agente causador do efeito estufa. Como parte do processo, existe um elevado custo ao nível de equipamentos necessários para limpeza de gases, tais como precipitadores ciclônicos de partículas, precipitadores eletrostáticos e lavadores de gases. O efluente gerado pelo arrefecimento das escórias derivado pela lavagem dos gases, também terá de sofrer um tratamento adequado de acordo com a legislação da União Europeia, por ser considerado um resíduo perigoso. Ao nível da queima dos resíduos é possível aproveitar a energia térmica gerada, transformando-a em energia elétrica, que provavelmente poderá ser posteriormente comprada por uma empresa de eletricidade. Por todos estes motivos e havendo um enorme interesse político por parte de alguns Presidentes da Câmara, na valorização do resíduo consideram infelizmente a incineração com um negócio rentavél para alguns interesses económicos da região. A reciclagem dos vários produtos e a produção de novos produtos orgânicos provavelmente podem ser uma solução viável na criação de adubos para lavoura, o que não for reciclado poderá ser tratado imediatamente para uma deposição em aterro controlado.

Coincineração

A coincineração é um processo de tratamento de resíduos que consiste numa queima em fornos industriais, conjuntamente com os combustíveis tradicionais. Os resíduos são assim valorizados energeticamente, pois substituem parte do combustível usado no forno a ser trabalhado em elevadas temperaturas nas indústrias vidreiras, siderúrgicas e cimenteiras que posteriormente podem ser usados para o tratamento de resíduos.


A coincineração em cimenteiras

Os fornos de cimento são os mais utilizados, por permitirem atingir temperaturas bastantes elevadas, aproximadamente 2000°C na chama do queimador principal e cerca de 1450°C no clínquer.
Quando os resíduos contêm substâncias ambientalmente perigosas, tais como compostos aromáticos ou metais, a coincineração em fornos de cimento pode evitar a contaminação do ambiente de forma segura. No caso dos compostos orgânicos contendo átomos de carbono ou azoto, as temperaturas bastantes elevadas ao longo tempo de permanência no forno encontram-se num intervalo compreendido entre os 5 a 7 segundos dos grandes fornos de cimento, que por sua vez irão provocar a destruição destas próprias moléculas, originado compostos inócuos, como o anidrido carbónico.
 Para maior informação dos senhores Presidentes Da Câmara, os silicatos de cálcio constituem o clinker, que é um constituinte que prevalece em grande quantidade no cimento realizado em Portland localizado numa cidade Norte Americana, bem como  a maioria dos metais são incorporados na estrutura vítrea, formando a sua forma em alta temperatura, ficando assim inibidos de serem lixiviados pela água. A exceção dos metais voláteis como  o mercúrio, o cádmio e tálio,  por não serem fixados, não podem apresentar concentrações elevadas nos resíduos a coincinerar.
Os aniões de enxofre, de cloro e de flúor combinam-se com o cálcio da pedra formando compostos estáveis, evitando assim as emissões dos respetivos ácidos.


As emissões perigosas

Quando a coincineração começou a ser usada nos EUA na década de 1980, os resíduos eram misturados e triturados conjuntamente com a pedra. O aquecimento era muito lento, o que originava a progressiva libertação dos compostos orgânicos voláteis, antes de atingirem os pontos mais quentes do forno. A poluição realizada era enorme e  alguns fornos mesmo trabalhando apenas com combustíveis normais podiam permitir a formação de dioxinas que são compostos que ocorriam em fornos, onde o despoeiramento dos gases se fazia à custa das altas temperaturas, provocando alterações na estrutura molecular da TCDD, considerada uma das mais tóxicas das dioxinas.
Atualmente a coincineração dos resíduos mais perigosos é realizada por injeção na zona da queima, o que permite uma destruição com maior eficiência superior das tradicionais. O arrefecimento dos gases antes da sua chegada aos filtros, permite atingir níveis mais baixos de emissão de dioxinas, independentemente do tipo de combustível utilizado.
A coincineração feita em boas práticas industriais é atualmente um processo mais seguro de valorização económica de resíduos industriais em fim de linha, praticado há muitos anos em numerosos países Europeus. As análises mostram que as incineradoras podem ser consideradas armas de destruição massiva, provocando vários efeitos negativos à saúde pública e ecológica.
Por este meio, venho alertar a alguns Presidentes de Câmara e respetivos cidadãos as causas que algumas pessoas são contra a inceradora, atendendo ao quadro situacional apresentado e ao seu alto custo da obra, mesmo que seja com fundos europeus, há outras maneiras de realizar o tratamento dos lixos tóxicos, utilizando recursos materiais e tecnológicos mais baratos e mais eficazes que defendem o ambiente e a saúde pública das populações , criando e respeitando a respetiva sustentabilidade económica e ecológica da própria Ilha de S.Miguel .  

quinta-feira, 20 de abril de 2017

O Abuso sexual na criança

Ao analisar um programa televisivo, no qual todos os intervenientes apresentaram o seu ponto de vista e realizaram algumas conclusões ou medidas a um tema que infelizmente ainda se encontra escondido ou omitido na sociedade açoriana.
Os fatores de pobreza, educação, vítima , estatística foram bem argumentados, durante o desenvolvimento do debate  que decorreu durante um programa televisivo açoriano. A questão da prevenção primária do abuso sexual da criança, seria necessária debate-la,  atendendo ser um trabalho de crucial relevância, que poderá apresentar várias hipóteses de combater a origem do problema do que a sua própria consequência. O abuso sexual, geralmente nasce no seio das próprias familias destruturadas ou estruturadas, o que interessa essencialmente detetar o problema antes da consumação do ato. Perante este quadro situacional ser bastante previsível, poderá ser quantificado por um estudo científico das diversas áreas científicas relacionadas com a psicologia comportamental, associada à sociologia e por fim ao direito auxiliado pela segurança social, poderá naturalmente encontrar as melhores medidas a serem aplicadas, consoante a especificidade de cada caso de abuso.
O problema atual na prevenção do abuso sexual, se encontra na desarticulação das diversas instituições, em vez de funcionarem numa mesma direção, simplesmente atuam de forma individualista e egocêntrica sem objectivo  bem definido e clarificado a longo prazo. Sabemos que a educação é primordial ao indivíduo, mas se esquecemos da educação da sua pobre familia como iremos colmatar o problema da pobre criança?. A escola desempenha um papel abrangente à sua área, mas sem auxílio dos apoios dos agentes exteriores, como exemplo das técnicas da segurança social e das psicólogas à família, deduzo que seja um trabalho contra maré, porque a criança  aprende e recebe o conhecimento exato da escola, mas evidentemente não poderá por em prática na família, face ao seu baixo nível de instrução e de informação, que não promove o desenvolvimento necessário à sua prática . Este trabalho deverá ser realizado numa triologia interativa  entre família, escola e sociedade. A educação não é exclusiva ao aluno, terá obviamente ser abragangido por toda a família e respetiva sociedade representada pelas diversas instituições, de forma abranger as diversas áreas transdisciplinares que melhor solucione o problema específico de cada criança abusada.
Os tribunais, as comissões de menores, a escola, a família, a vítima, as psicólogas e as técnicas de segurança social devem trabalhar multidisciplinarmente, de forma encontrarem as melhores medidas que realmente quebre os ciclos de pobreza, de toxicodependência, de prostituição,  de criminalidade, que são as principais variáveis que interferem no abuso sexual da criança. Infelizmente o governo atribui rendimentos mínimos sem orientação de nutricionistas, sem dar formação à família nuclear , deduz-se que o gasto é péssimo ou deficiente na alimentação, ou o gasto é  indevido em produtos de tabaco ou de bebida dos seus progenitores, são fatores cruciais  que propiciam ao vício e que provocam a instabilidade  emocional e familiar da criança, não levando à quebra de ciclos de pobreza interageracional, que obviamente devia ser combatidos pela educação e conhecimento para vida quer profissionalmente, quer socialmente.
Avaliando todo o programa televisivo, achei interessante falarem em estatísticas e observatórios, mas falarem dos instrumentos  necessários ao combate deste flagelo ao nível das instituições, talvez teria mais utilidade por parte dos intervenientes apresentarem soluções mais eficazes neste universo mais concreto, do que propor medidas mais abstractas num tema tão delicado em termos sociais das vítimas mais vulneráveis da sociedade contemporânea, as pobres crianças abusadas.

domingo, 16 de abril de 2017

A moda de ser político

A dimensão política deverá ser construída  a partir de uma realidade que se encontra quantificada por uma necessidade populacional, que deseja o seu melhor bem estar. Nesta funcionalidade operante, em que o dever de concretizar uma ideologia de pensamento, segundo um princípio ético e moral que concretize toda a dinâmica política necessária ao desenvolvimento de uma sociedade sustentável. O direito e o respeito pelos direitos humanos será uma validade quantificada a partir de um valor de garantia, manifestado através de um poder totalitário baseado numa filosofia saudável de servir o próximo com máxima lealdade.
A realidade fala por si, quando o povo vota em função do seu interesse e direito, dá uma oportunidade ao político eleito ou reeleito de desenvolver um determinado projeto numa determinada realidade, que satisfaça pelos menos uma maioria da população. A questão política, que se alimenta à custa dos vários setores económicos, exige um vasto conhecimento sobre estes mesmos setores, onde o campo de ação de uma determinada população possa satisfazer as suas próprias necessidades, através de um somatório de fluxos microeconómicos sustentáveis. A partir de um processo em que determina uma orientação para um resultado de desenvolvimento  macroeconómico gerado a partir das diversas interações económicas, desenvolvidos num espaço geográfico de uma determinada nação.
Ninguém tem o direito de julgar de forma positiva ou negativa alguém que se candidate a um determinado cargo, sem apresentar o seu justo cumprimento da sua própria função em prol do seu resultado. Talvez o presente condene o candidato a um futuro cargo , mas o julgamento final dependerá da satisfação eleitoral de uma maioria da massa populacional, em relação ao futuro candidato que se apresente por um determinado projeto credível. Em relação às  minorias de opositores, geralmente não votam, por se sentirem revoltadas ou insatisfeitas com a realidade apresentada. A liderança depende da liberdade de votação do povo, que sanciona, elege ou reelege, ou muda de candidado em caso de insatisfação da maioria do povo. Perante este quadro situacional, a possibilidade de construção de uma nação será sempre condicionada a uma competência política que seja  eficaz na realidade onde se encontra inserida, para quem tenha a inteligence necessária à sua concretização, baseada na sua pura ambição.

Christopher Brandão 2017

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A INCLUSÃO DE ALUNOS ESPECIAIS NAS ESCOLAS



A complexidade crescente de incluir alunos com necessidades educativas especiais nas escolas, tem sido ultimamente considerada um processo evolutivo lento, muitas vezes inaperacionavél ao nível integrativo. O conceito de futuro de deficiência terá de adquirir um paradigma no sistema educativo, ao nível da aquisição de mais conhecimento e de alguma experiência inclusiva ao nível de alunos possuidores de necessidades educativas especiais. Para uma filosofia de integração, existem várias investigações que se encontram sendo trabalhadas nas escolas, que provavelmente não sejam capazes de colmatar todos os problemas que surgem no espaço de sala de aula em alunos diferenciados. 
Devido à falta de preparação técnica dos professores, os alunos com necessidades educativas especiais nem sempre usufruíram de um conjunto de igualdades de oportunidades no passado, porque dependiam essencialmente do seu esforço para uma adaptação inclusiva. 
Com a publicação do Decreto de Lei n.º 319/91, de 23 de agosto de 1991, “Aprovação do regime de apoio a alunos com necessidades educativas especiais que frequentem estabelecimentos dos ensinos básico e secundário”, surge um novo paradigma a nível nacional, que veio operacionalizar com grande eficácia, as grandes transformações pedagógicas referentes às necessidades educativas especiais, tendo como consequência uma mudança comportamental por parte dos docentes. Podemos verificar que ainda existe muitas restrições ao nível da inclusão, atendendo às estratégias serem ineficazes em determinadas situações de exclusão e discriminação de indivíduos diferenciados. Perante este quadro situacional houve a oportunidade dos alunos adquirem direitos de aprendizagem por igualdades de oportunidades. 
Segundo Freire (2008) a concetualização da inclusão dá-se a partir de um “movimento educacional, mas também social e político que vem defender o direito de todos os indivíduos a participarem de uma forma consciente e responsável na sociedade que foram aceites, respeitando as diferenças dos outros. O contexto educacional, defende o direito de todos os alunos a desenvolverem as suas próprias competências que lhes permitam exercer o seu direito de cidadania, através de uma ação educativa com qualidade, mas necessária ao desenvolvimento das suas próprias necessidades, interesses e especificidades. Para este autor a escola desenvolve as competências necessárias para a criação de atitudes e valores ético-morais com tolerância e respeito pelas populações especiais. As igualdades de participação de alunos diferenciados na sociedade têm demonstrado no passado que o processo de segregação ainda permanece utópico relativamente à solução de integrar alunos com maiores dificuldades de adaptação à escola.
A implementação de um sistema educativo inclusivo, obriga a grandes transformações organizacionais de diferentes níveis escolares. A resistência muitas vezes não é tão natural à mudança de mentalidades e culturas dos diferentes agentes educativos, que por vezes se encontram em contradição com os princípios educativos que lhes são propostos pelo Ministério de Educação. 
A inclusão escolar não depende do seu desempenho escolar, mas baseia-se essencialmente numa visão holística das próprias necessidades do indivíduo.
A escola deverá ter em atenção à globalidade das vertentes do aluno orientadas para uma vida educativa e profissional, respeitando o seu próprio desenvolvimento psicomotor, educativo, emocional e pessoal. Para que uma mudança de princípios orientadores se concretize, será necessário valorizar o potencial do aluno na escola, de forma a proporcionar uma educação inclusiva que se assuma na sua heterogeneidade. 
As escolas atuais já deveriam estar preparadas para responderem a alunos com necessidades educativas especiais, através de recursos humanos e materiais especializados. A realidade da capacidade de resposta educativa não é a mais adequada, atendendo que nem todas as escolas garantem as mesmas igualdades oportunidades e de satisfação ao universo escolar diferenciado. Apesar de algumas escolas já se verificar um feedback positivo, ainda temos uma grande etapa a percorrer nas diversas áreas do conhecimento para satisfazer as populações especiais integradas a nível escolar. 
A inclusão na escola tradicional exige um paradigma evolutivo que implica alterações profundas e significativas ao nível das práticas de investigação que ultimamente tem demonstrado sucesso ao nível da inclusão, graças ao bom desempenho do professor na turma. Perante este quadro situacional é inquestionável desenvolver programas de habilitação psicomotora para a docência, que possibilitem de futuro conhecimentos essenciais aos profissionais de educação, para que possam responder eficazmente aos problemas das necessidades educativas especiais.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Transtorno do Deficit de Atenção Escolar



O transtorno escolar é derivado de um deficit de atenção que depende essencialmente de uma aprendizagem comportamental em campo real. Durante a fase da infância, determinadas caraterísticas orientadas durante o desenvolvimento psicomotor do aluno, muitas vezes colidem com as próprias dificuldades em contexto escolar, devido a um mau relacionamento comunicacional com os seus pais e respetivos professores. Os problemas escolares, surgem perante uma enorme dificuldade de aprendizagem, que por sua vez influencia o desempenho das ações comportamentais, derivadas de uma falha ao nível do cognitivo. Os alunos que se encontram em idade escolar, devem ser melhor compreendidos pelos professores ao nível da gestão de conflitos, dependerá da sua facilidade em detetar na turma um determinado aluno indisciplinado apresentando algum sintoma de hiperatividade comportamental. A grande maioria dos alunos passam uma grande parte da sua vida incapacitados, devido às suas dificuldades sociais no seu dia à dia, apresentam uma baixa autoestima derivada por um deficit de atenção. O transtorno do deficit de atenção escolar, depende essencialmente do mau desenvolvimento educacional por parte do aluno indisciplinado que mal interage em contexto escolar.
Os professores ao identificarem desvios comportamentais em alunos, devem posteriormente alertar os pais, para uma necessidade de tratamento especializado, perante possíveis indicadores de um determinado distúrbio de hiperatividade. Perante este cenário, será necessário um conjunto de condições básicas para que um aluno possa ter uma orientação especializada. A grande melhoria da aprendizagem depende de um determinado contexto de sala de aula, no qual a deteção de problemas comportamentais ao nível da hiperatividade por parte dos professores, será um fator crucial para um critério de êxito da aprendizagem da turma. Para que tal situação aconteça, será necessário um trabalho transdisciplinar ao nível do desenvolvimento social, realizado com alunos possuidores de diversos tipos de desvios comportamentais bastantes problemáticos, aplicando diversas formas de diálogo, para que os professores possam orientar corretamente os respetivos encarregados de educação.
Nem sempre os pais admitem que os seus filhos sejam hiperativos, pois muitos deles acham que são inteligentes demais por se encontrarem interessados em novidades ou inovações, além disso, eles não acreditam num tratamento com medicamentos porque poderá tirar a própria espontaneidade do seu progenitor. Os professores deverão informar aos pais qual o procedimento a ser seguido, mediante os sintomas relacionados com a indisciplina provocada por um determinado distúrbio biopsicossocial, atualmente considerado um sintoma de hiperatividade.
Para diferenciar comportamentos entre os alunos que demonstram os seus conhecimentos com uma maior relevância, será necessário técnicas metodológicas que sejam capazes de contribuir para uma resolução destes problemas, originários a partir dos fatores genéticos, biológicos, sociais e vivenciais. Numa perspetiva ideológica diferenciada de pensamento ao nível da quantidade de ritmo de movimentos a serem executados acima do normal, poderá eventualmente ser ocasionada por graves dificuldades de relacionamento, causados essencialmente por grandes dificuldades na aprendizagem escolar.
Os riscos dos alunos de se envolverem em situações perigosas, poderá eventualmente ter uma origem hiperativa, derivado de um transtorno do deficit de atenção escolar, por possuírem mais energia e menos necessidade de sono e de repouso.
Os bebés hiperativos quando se mexem muito durante o sono, podem adquirir um padrão locomotor do andar mais tarde, o que geralmente poderá haver um retardo na fala e na troca das letras por um maior tempo possível do que o normal. Porém, estes sintomas não são suficientes para definir um quadro situacional de hiperatividade em contexto escolar, o que demonstra determinadas caraterísticas em alunos com dificuldades de concentração, por se encontrar em motricidade e comunicação constante. O aluno que não consegue ficar concentrado numa determinada tarefa isolada, por apresentar uma certa impulsividade interativa, caracterizada pela falta de pensamento antes de agir. Provocar situações primárias de risco, como atravessar a rua sem antes olhar para os dois lados, poderá muitas vezes estar condicionada a dificuldades de aprendizagem, não só pela falta de atenção, mas também por distúrbios visuo-preceptivos percetíveis.
Ao nível psicomotor, o aluno que apresente dificuldades durante o fator noção do corpo, provavelmente não consegue discriminar o lado direito do lado esquerdo, ou mesmo orientar-se no espaço físico sem elaboração de sínteses auditivas. A outra caraterística mais importante, será uma má estruturação do esquema corporal, originária a partir de uma alteração da memória visual e auditiva.
Segundo (Bastos, Thompson, Martinez, 2000) , este distúrbio geralmente é de origem genética, e é causado pela pouca produção de catecolaminas, que consiste num somatório da adrenalina mais a noradrenalina, classificados de neurotransmissores responsáveis pelo controle de diversos sistemas neurológicos, que por sua vez, controlam a atenção a nível cerebral. O transtorno do deficit de atenção escolar é provavelmente originário dos baixos níveis de catecolaminas, cujo o processo provoca uma hipoativação dos próprios sistemas comportamentais ao nível psicomotor, que se encontra relacionado com o sistema neurológico . Os indivíduos afetados, não podem controlar a sua atenção para níveis de atividade aceitáveis, atendendo que os seus impulsos emocionais influenciam mais os seus estímulos perpetuados em meio ambiente escolar do que nas reações das suas próprias respostas .
Nos anos 30, estudiosos observaram drogas estimulantes de metilfenidato e de pemolina aumentavam o nível de catecolaminas no cérebro, normalizando temporariamente o comportamento dos alunos hiperativos, possuidores de um fraco controlo de impulsos. Segundo Smith e Stick, (2001, p. 20), “ao contrário do que algumas pessoas têm como verdade, os estimulantes atuam no cérebro inibindo as áreas responsáveis pela hiperatividade, ou seja, em vez de estimular, acabam acalmando a pessoa”. No início do desenvolvimento psicomotor do individuo pode-se mencionar uma severa privação sensorial, derivada de uma estimulação ativa. Podemos concluir que existe várias hipóteses que explicam as causas da hiperatividade, embora a responsabilidade sobre a causa do transtorno do deficit de atenção escolar caia sobre as toxinas compostas por químicos diversificados.
Os problemas ao nível do desenvolvimento psicomotor, ao nível da alimentação, da hereditariedade e da malformação congénita exige uma investigação diferenciada em estruturas funcionais do cérebro de indivíduos possuidores do transtorno do deficit de atenção escolar. As áreas específicas do hemisfério direito do cérebro, do córtex pré-frontal e dos gânglios de base do corpo caloso e do cerebelo, devem ser investigadas ao nível das suas estruturas metabólicas.
A investigação sobre a reação das drogas perante o transtorno do deficit de atenção escolar poderá ser considerado um transtorno neurobiológico, apesar da intensidade dos problemas vividos pelos seus portadores. As experiências de vida, tendo como fator determinante a genética, leva determinados investigadores a concluírem que existe uma maior incidência sobre a população masculina. Segundo as investigações recentes, o número de indivíduos do sexo masculino em relação ao número de indivíduos do sexo feminino possuidores do transtorno do déficit de atenção escolar é na proporção máxima de dois indivíduos do sexo masculino para cada individuo do sexo feminino, entre os estudos mais antigos e recentes, a razão desta diferença incide mais no sexo masculino do que no sexo feminino. A conclusão é simples, o sexo feminino apresenta um maior transtorno do deficit de atenção escolar, incidindo essencialmente em sintomas de desatenção; o que traduz menos incomodo ao nível escolar e em casa, enquanto no sexo masculino são mais incidentes na avaliação médica realizada nos serviços de saúde mental.
Iniciando o diagnóstico médico que procura observar um distúrbio caraterizado por um comportamento crónico, com uma duração de um tempo mínimo em atividades ao nível escolar, podemos detetar um determinado desvio comportamental social no aluno. A escola desenvolve isoladamente um trabalho pedagógico intensivo, mesmo que os pais não aceitem o diagnóstico em relação aos seus filhos, alguns testes talvez possam esclarecer alguns problemas ligados à aprendizagem, no qual a instituição escolar poderá ser um local privilegiado para a identificação de problemas, mesmo envolvendo uma linguagem percetiva do aluno perante as suas próprias condutas comportamentais, em meio escolar onde se encontra inserido.

Christopher Brandão, 2017

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

A importância da Avaliação Psicomotora na Leitura e na Escrita



A escola ainda mantém o caráter mecanicista instalado no próprio sistema educativo, ignorando a psicomotricidade no ensino fundamental. Os professores encontram-se preocupados com a boa leitura e a boa escrita, muitas vezes não sabem como resolver as dificuldades apresentadas por alguns alunos, simplesmente rotulam-nos como portadores de distúrbios de aprendizagem. Na realidade, muitas dessas dificuldades poderiam ser resolvidas pela própria escola e até poderiam ser evitadas precocemente, se houvesse um olhar mais atento e qualificado dos agentes educativos, mais sensibilizados para o desenvolvimento psicomotor.
Alguns alunos apresentam dificuldades de aprendizagem, por não realizarem movimentos adequados, o que não significa em termos de educação psicomotora, que os movimentos automatizados sejam os melhores executados na sua padronização. O maior interesse das ações psicomotoras encontra-se na ação cognitiva, que atua sobre o corpo humano como uma referência espacio temporal, para posteriormente interagir como um instrumento de poder totalitário com a mente. Atendendo à constante busca de desafios e descobertas essenciais à  aprendizagem do corpo, este desenvolve determinados instrumentos de poder que muitas vezes atrapalha a mente com a sua própria motricidade.  
 Durante o processo de aquisição de conhecimento, a alfabetização acontece nos anos iniciais de desenvolvimento psicomotor do indivíduo, com base no desenvolvimento cognitivo do aluno, será necessário uma boa organização corporal, para uma boa aprendizagem de conceitos essenciais à alfabetização. Esta organização poderá ser um ponto de partida para a descoberta das suas diversas potencialidades de ação, perante novas situações problemáticas que acontecem ao nível educativo.
A solução e a resolução de problemas relacionados com as dificuldades de aprendizagem, muitas vezes, se encontram associadas às fracas capacidades psicomotoras de um individuo. 

A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades tais como:

– Dominância manual já estabelecida,

– Conhecimento numérico necessário para saber quantas sílabas formam uma palavra;

– Movimentação dos olhos da esquerda para a direita na posição mais adequada para escrita;

– Discriminação de sons relacionados com a perceção auditiva,

– Adequação da escrita às dimensões do papel, ao nível da proporção das letras,

– Pronúncia adequada das letras, sílabas e palavras,

– Noção de linearidade através da sucessiva disposição das letras e das palavras,

– Capacidade de decompor as palavras em sílabas e letras,

– Possibilidade de reunir letras e sílabas para formar palavras e por sua vez formar as frases, os paragráfos e os respetivos períodos.

Independentemente do contexto pouco estimulado pela linguagem verbal, e as dificuldades apresentadas pela inversão ou troca de letras em textos mal escritos, implica uma interação da escrita associada à má leitura. As dificuldades apresentadas pelos fatores psicomotores referentes ao equilíbrio, ao esquema corporal, à lateralidade e às especificidades percetivas do indivíduo, dependem essencialmente da má estruturação do  raciocínio lógico dedutivo a nível simbólico. 
A assimilação das boas aprendizagens escolares, incide essencialmente numa avaliação puramente psicomotora, no sentido de se reforçar o desenvolvimento eclético dos alunos, através da aplicação de várias medidas preventivas, que sejam capazes de solucionar algumas lacunas dos programas individualizados estabelecidos nas diversas áreas escolares. O trabalho integrado entre os professores, os orientadores, os coordenadores e por fim pelos professores de educação física, geralmente fica àquem das decisões aplicadas ao nível das avaliações escolares. O objetivo de contribuir para a superação destas dificuldades, de forma a favorecer o desenvolvimento psicomotor dos alunos, através de uma ampliação dos seus próprios conhecimentos em diferentes áreas multitransdiciplinares. Perante este quadro situacional, um deficit de aprendizagem prejudica seriamente a motricidade de um determinado individuo que se encontra em processo de alfabetização.
O processo da aprendizagem linguística poderá ser influenciada por uma série de dificuldades ao nível da aquisição da leitura e da escrita, derivadas por várias causas de ordem emocional e estrutural. Existem alguns pré-requisitos que são necessários para que o aluno possa atingir uma maturidade necessária para compreender todo o processo de alfabetização de uma boa aprendizagem da leitura e da escrita. Será necessário uma avaliação diagnóstica derivada de um conjunto de capacidades e habilidades que sejam capazes detetar determinadas aptidões individualizadas, mas para isso será necessário saber quais são os pré-requisitos psicomotores necessários para que o aluno possa aprender a ler e a escrever corretamentente.
Os pré- requisitos dependem essencialmente dos fatores psicomotores que se manifestam através de uma Bateria de Testes Psicomotores  na seguinte forma:

• Equilíbrio reúne um conjunto de aptidões estáticas (sem movimento) e dinâmicas (com movimento), abrangendo um controle postural essencial ao desenvolvimento das aquisições da locomoção,

• Lateralidade traduz-se pelo estabelecimento da dominância lateral da mão, do olho e do membro inferior, do mesmo lado do corpo. Não devemos confundir lateralidade com um domínio de um lado do corpo em relação ao outro, ao nível da força e da precisão, em que o conceito de esquerda e de direita não traduza o domínio de um dos lados do corpo em relação ao outro. São comuns ocorrerem problemas ao nível da orientação espacial, atendendo à dificuldade de discriminação e diferenciação entre um dos lados do corpo dominante em relação às possíveis dificuldades apresentadas pelo aluno. A incapacidade de seguir uma determinada direção gráfica na escrita, determina uma posição da mão que poderá ser orientada de futuro da esquerda para direita e de cima para baixo,

• Esquema corporal através do qual o aluno toma consciência do seu corpo enquanto escreve,  atendendo que não coordena bem os seus próprios movimentos, por apresentar enormes dificuldades na caligrafia, provavelmente apresenta um mau trabalhado de descodificação.  Muitas vezes poderá surgir  dores no braço, com as possíveis dificuldades do aluno de se expressar por intermédio de uma boa escrita, poderá eventualmente ser derivada de uma má posição postural da mão . 

• Estruturação Espacial consiste na capacidade de compreensão do indivíduo em relação ao seu corpo, relativamente à posição dos objetos perante o espaço. As possíveis dificuldades apresentadas pelas posições das letras pode gerar confusões entre as letras b com d, p com q, chegando mesmo a inverter as sílabas, as palavras e os próprios números. Escrever em espelho poderá ser uma das dificuldades mais apresentadas durante a realização de cópias de texto. Acontecem erros escritos ao nível do cálculo matemático, porque o próprio aluno não compreende a ordem sequencial das palavras, da noção de fileiras, colunas, agrupamentos, formas geométricas, ordem, dezenas, unidades e mapas. Ao nível de referência espacial a não disposição dos números em fileiras, retas ou misturando-os, gera determinadas confusões nos alunos sobre a direita, a esquerda, de frente , de atrás, de alto e baixo. A progressão de grandeza e classificação produz um determinado critério de seriação, que por sua vez leva à própria desorientação de cálculos pré- estabelecidos anteriormente.

• Estruturação temporal apresenta-se por uma linguagem inseparável do ritmo, atendendo que as palavras obedecem a uma ordem temporal sequencial sonora têmporo-espacial essencial às frases através de uma sucessão de palavras . Muitas vezes, o aluno não consegue discriminar os sons semelhantes das letras, por não possuir um determinado ritmo de leitura e nem ter uma entoação necessária para uma voz correta ao nível da pontuação. O distúrbio do ritmo das possíveis dificuldades na leitura e na escrita ao nível da duração e sucessão, não se encontram assimiladas por parte dos alunos com dificuldades psicomotoras.

• Praxia Global tem por definição realizar uma capacidade de movimentação voluntária pré-estabelecida de uma forma em que se alcança um determinado objetivo. As possíveis dificuldades em movimentar-se, determina uma certa dificuldade no desenvolvimento da coordenação visuomotora. Os movimentos esteticamente rudimentares podem provocar movimentos bruscos, derivados de uma dificuldade de relacionamento interpessoal.

• Praxia Fina compreende todas as tarefas motoras finas, onde se associa a função da coordenação dos movimentos dos olhos, durante a fixação da atenção, através de uma ação manipuladora de objetos. Além de abranger as funções derivadas das atividades preensivas e manipulativas mais finas e mais complexas, existem possíveis dificuldades em que os alunos sofrem transtornos ao nível da coordenação dinâmica manual por apresentarem problemas visuomotores . As inúmeras dificuldades de desenhar, recortar, escrever, ou seja todos os movimentos que exijam precisão ao nível da coordenação, encontra-se associada entre olho e a mão.

• Perceção Visual manifestada pelo sentido da visão e audição, é considerado um pré-requisito muito importante para a aprendizagem da leitura e da escrita. As possíveis dificuldades em trocar as letras que diferem de pequenos detalhes, por exemplo o e e, f e t, c e e, h e b, a e o, em determinadas palavras podem ser sujeitas a confusões. Por exemplo a troca da palavra preto em vez de prato poderá eventualmente geral uma confusão ao aluno, atendendo que não percebe os detalhes internos das palavras.

• Perceção Tátil consiste na capacidade de perceber através da sensação quinestésica da pele. Os alunos apresentam dificuldades em desenhos gráficos, atendendo à má desorganização do caderno, o que demonstra muitas vezes uma má vontade, por apresentarem sintomas de  medo de errar em determinadas atividades. As possíveis dificuldades de movimentos com pouca precisão gera uma má caligrafia, 

• Perceção Auditiva é de fundamental importância para a leitura e a escrita. Quando falamos, emitimos sequências de sons que serão repetidos quando escritos. As possíveis dificuldades de discriminação, são derivadas do esquecimento do som que as letras representam, por exemplo F por V; B ou J (foi por voi, ou joi), ou então P por B, em que o aluno substitui ponte por bonte; CH por J, ou V chapa por japa, D por B, ou T dado por bado ou tado; T por D (tatu por dadu), S por Z (sonho por zonho), C por G (cartaz por gartaz).
Na avaliação escolar, familiar, individualizada, psicológica,médica e diagnóstica sobre o processo de ensino e aprendizagem do aluno, deverá ser aplicada por uma bateria psicomotora essencial para adotação de medidas mais preventivas para superação das dificuldades de aprendizagem. Primariamente deverá haver um projeto pedagógico escolar inserido num processo multidisciplinar de funcionalidade operante, que seja  capaz de auxiliar os professores titulares a colmatar os possíveis deficits de aprendizagens dos alunos com dificuldades psicomotoras. A avaliação não deve neutralizar, mais sim potencializar uma análise crítica do quadro situacional  das condutas e posturas a serem adotadas a nível escolar.
A Psicomotricidade prevalece em todas as atividades que desenvolve a motricidade no domínio do conhecimento do próprio corpo. Será um fator essencial e indispensável ao desenvolvimento global e uniforme do aluno, que dependa da aprendizagem funcional do seu processo cognitivo, através de uma educação psicomotora.
 O desenvolvimento do esquema corporal, da lateralidade, da estruturação espacial, da orientação temporal e pré-escrita são utilizados com frequência, e por sua vez são elementos básicos fundamentais para aprendizagem do indivíduo que integra os fatos culturais relacionados como o seu próprio desenvolvimento pessoal. As falhas no desenvolvimento motor poderá também ocorrer na aquisição da linguagem verbal e escrita, em que ato antecipa a palavra, e a fala é utilizada como uma ferramenta psicológica estruturada. 
A psicomotricidade poderá dar oportunidades aos alunos a utilizar o movimento para atingir as suas aquisições mais elaboradas, independentemente das suas condições de desenvolvimento serem essenciais ao aumento do seu reportório motor.
Atualmente, a sociedade do conhecimento e da informação exige uma maior velocidade de processamento da atividade intelectual, prescindindo cada vez menos da atividade motora, cujo as consequências de futuro a  longo do prazo poderá influenciar todo o processo educativo.
Os diferentes especialistas de diferentes áreas, têem ultimamente insistido sobre a importância do capital psicomotor, essencial ao desenvolvimento nos primeiros anos de vida, atendendo que é neste período de tempo que o ser humano apresenta um ótimo momento para as aquisições mais significativas das aprendizagens. Os desafios e as conquistas apresentam uma dinâmica construtiva  ao nível do desenvolvimento das próprias aprendizagens dos alunos, através de um reportório psicomotor essencial ao seu desenvolvimento emocional e cognitivo.

Christopher Brandão, 2017