sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A Comunicação Empresarial


Dentro de uma organização existem muitas informações geradas no top da admistração que não são transmitidas de forma eficaz para a restante tecnoestrutura. A maior parte da informação perdida, gera um determinado impato nos trabalhadores que fazem parte dela. A comunicação empresarial deverá ser sintética, explicítica, e orientada de forma adequada, para evitar transtornos.
A perda de tempo em situações de analíse crítica de conflitos originários de boatos sociológicos, criam posteriormente um efeito de onda dentro de uma organização, que eventualmente poderá de futuro comprometer a produtividade de uma empresa. Uma boa estratégia para evitar este tipo de problema, será investir numa boa comunicação empresarial interna.
A troca de informações dentro de um ambiente de trabalho, deverá ser imposta por uma tecnoestrutura prática e responsável pela fluidez de conhecimento, a ser orientado para uma hierarquia vertical e ramificada de responsabilidade equilibrada entre a administração com os seus empregados e respetivos colaboradores, ou numa hierarquia horizontal entre funcionários com igualdade responsabilidade em cargo empresarial.
Existem um conjunto de instrumentos que favorecem o êxito da comunicação interna dentro de uma empresa, como o caso das publicações impressas em jornais, revistas, boletins, placards, Internet, aplicações no androide, ipad, newsletters, e outras, são alguns bons exemplos a serem postos em prática, através de uma boa estratégia de marketing de planeamento empresarial. Através das aplicações utilizadas como ferramentas tecnológicas, permitem aumentar os índices de confiabilidade, ao nível das  tomadas de decisões, entre funcionários e administradores top, que por sua vez são considerados líderes de maximização e otimização de recursos humanos e tecnológicos a longo prazo.
A comunicação interna tem uma enorme importância na melhoria do funcionamento laboral das diversas áreas empresariais. Quanto maior for a informação momentânea na empresa, maior probabilidade de transfert de conhecimento entre os seus elementos, e maior probalidade de compreenderem a filosofia da hipercomplexidade da funcionalidade empresarial dos diversos setores, que se encontram interligados numa missão de aumentar a produtividade para maiores índices de maximização,  evitando assim os conflitos gerados pela falta de informação.
A comunicação interna capacita os funcionários para a construção do team building necessário, para a criação de novos desafios de inteligence, orientados para uma estratégia de mercado altamente competitiva, na atual era de globalização. Para a eficácia de novos resultados no menor tempo possível, será necessário um investimento de novas tecnologias em todos os setores da empresa, para de futuro, permitir uma maior aptidão na sua própria estrutura de organização. A tendência para uma comunicação interna global, terá de ser uma ferramenta imprescindível e orientada exclusivamente para relações humanas, de forma a aumentar o seu indíce de produtividade. No mundo globalizado, as empresas que não investem em tecnologia de comunicações, terão um grave problema de futuro,atendendo que uma ação comunicativa eficaz, reduz os esforços laborais e aumenta a produtividade. Muito tempo se perde por não se ter uma informação momentânea adequada, o que leva muitas vezes a concretizar medidas erradas, por não saber o que fazer em situações de falta de informação. Podemos concluir que a comunicação se encontra diretamente ligada à produtividade e ao desempenho ao nível de tempo ganho.
Os boatos sociológicos provenientes de uma má comunicação ou falta de informação adequada, leva muitas organizações a perderem o seu tempo e a investirem grande somas de dinheiro em formação, palestras e reuniões intermináveis de forma minimizar as consequências derivadas dos próprios conflitos originários da falta de comunicação global ao nível empresarial.
No mundo atual, investir na comunicação interna de uma organização empresarial, significa uma total maximização da economia da empresa em tempo real.  Talvez seja um único instrumento que evita o conflito através do diálogo das organizações que não comunicam, que por sua vez são consideradas empresas analfabetas obsoletas em vias de extinção do atual mundo tecnológico.

Christopher Brandão, 2016

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A Psicopatia




A palavra psicopatia, etimologicamente tem origem na língua grega psyché, alma, pathos e enfermidade. O conceito de psicopatia não é consensual entre os especialistas, apesar das inúmeras e diversificadas definições, a psicopatia encontra-se mais relacionada com a conduta antisocial mais desviante, do que um transtorno comportamental da própria personalidade humana.
A consciência moral de um psicopata tem muito a desejar ao nível social. A sua empatia perante as suas ações e relacionamentos, torna-se um enorme fator de risco, perante a sociedade. É considerada um estado de alma, que faz parte da hipercomplexidade do sistema psíquico de um indivíduo, que por sua vez, permite compreender tudo aquilo que se encontra inserido à sua volta. Através da perceção dos sentidos, o indivíduo tem a noção do conhecimento em cada instante da sua própria existência, e age ao nível comportamental de acordo com a sua própria consciência moral, definida por uma capacidade de julgamento  intelectual que se distingue o bem do mal.
Os princípios básicos a respeitar em sociedade, podem distinguir o indivíduo de uma boa conduta moral, integrada no meio em que se encontra inserido de forma a criar juízes de valor, segundo a jurisprudência mais relacionada com as próprias normas jurídicas.
O somatório do julgamento com a conduta humana encontra-se associada aos valores morais que define a conceção psicológica do desenvolvimento cognitivo em estágios de:
-orientação pelo castigo e pela obediência;
- orientação egoísta e ingénua;
- orientação pela aprovação social;
-autoridade pela ordem social;
- orientação pelo contrato legal,
- orientação pela consciência moral segundo princípios universalmente válidos.
As dimensões da conduta moral definem-se por:
-conhecimento das regras morais;
-socialização;
-empatia com os outros;
-autonomia ,consciência versus responsabilidade
-julgamento moral.
Perante este quadro situacional, definimos o sentido da consciência como uma norma de aptidão comportamental, que pressupõe um conhecimento de valorização positiva. O psicopata conhece as normas sociais e legais, porém não as respeita e não as cumpre e nem as teme, agindo sempre em favor de seus próprios interesses narcisistas, sem ter consideração pelos sentimentos dos outros.
A personalidade psicopática é uma personalidade não desenvolvida em áreas afetivas e volitivas, cuja a sua fronteira define-se pela psicose dos hipertímicos, dos deprimidos, dos medrosos, dos fanáticos,dos vaidosos,dos hábeis de humor, e por fim dos comportamentos explosivos, frios, abúlicos e astênicos.
A incapacidade de se adequar às normas sociais cria comportamentos ilícitos que por sua vez constitui um motivo de detenção judicial.
A propensão para enganar, mentir e usar nomes falsos para ludibriar os outros, poderá ser uma vantagem pessoal de se afirmar impulsivamente, pelo puro prazer de realização de sofrimento, muitas vezes leva ao fracasso de futuro planos. A irritabilidade, a agressividade manifestam-se em padronizadas lutas corporais ou em agressões físicas derivadas pelo desrespeito pela autoridade. A falta de remorso é realçada pela indiferença de ter ferido, assassinado, maltratado ou roubado alguém.
O transtorno comportamental poderà ser classificado ao nível das suas caraterísticas, como uma das doenças mentais mais manifestadas em práticas criminais. Exige um padrão constante, relacionado com a experiência interna e comportamental, em que se afasta das expetativas culturais do sujeito. Devido à falta de empatia com os outros,o psicopata tem desprezo pelas suas obrigações sociais. O psicólogo norte-americano Daniel Goleman define a empatia como sendo a compreensão dos sentimentos dos outros, em relação à perspetiva do indivíduo, no que respeita às diferenças incorporadas no seu estilo de vida em relação às pessoas, através do modo de encarar as suas coisas. Existe um desvio comportamental considerável para as normas sociais estabelecidas, o que não é facilmente modificavél pelas experiências inclusivas e adversas, provocadas pelas próprias punições. O psicopata tem uma tendência de culpar os outros, ou fornecer justificações plausíveis, para explicar uma ação comportamental racionalizada, de forma a levar o sujeito a entrar em conflito com a sociedade. Uma baixa tolerância à frustração, provoca um alto limiar de excitação que leva ao indivíduo à agressividade e à violência perante as outras pessoas.
O Transtorno da personalidade define-se por :
- amoral
- antisocial
- social
- psicopática
- sociopática.
As caraterísticas mais usuais do psicopata manifestam-se por um somatório de variáveis qualitativas, quantitativas, cognitivas, afetivas e por fim morfológicas. Por sua vez, apresentam-se por um distúrbio de personalidade que confere a cada sujeito uma individualidade anormal ao nível da sua organização pessoal.
O psicopata cobiça a vítima que vê e por sua vez, não se comove com o sofrimento alheio. Poderá cometer atrocidades, sem sentir remorsos ou temer punições. Na sua dimensão mais violenta, não tem consciência moral e possui uma personalidade anormal na sua forma de agir, com a intenção de causar enorme sofrimento. É essencial ter a noção do desenvolvimento comportamental altruísta do indivíduo, que age perante as pessoas e com as quais se relaciona através de um código de conduta de ética e moral, que funciona como uma barreira limitadora das falsas atitudes humanas.
Tem-se dado importância a estudos experimentais para demonstrar a relação fisiológica do cérebro com a psicopatia. Os modelos empíricos demonstram que os psicopatas apresentam disfunções nos circuitos cerebrais relacionados com a emoção.
O sistema límbico é formado por estruturas corticais e subcorticais responsáveis pelas emoções humanas, que faz parte do processo da aprendizagem da memória. A amígdala cortical é uma estrutura localizada no interior do lobo temporal, que por sua vez tem uma função do controle emocional do indivíduo. Funciona como um reportório de memórias emocionais.
A região cerebral envolvida nos processos racionais é definida pelo lobo pré-frontal, que por sua vez se encontra relacionada com o córtex medial, onde recebe a influência do sistema límbico, mais especificamente a amígdala que atua na tomada de decisões pessoais e sociais. Verifica-se que a interconexão entre o sistema límbico é responsável pela parte emocional, e o lobo pré-frontal é responsável pela parte racional do pensamento, cujo resultado é determinante para o comportamento social mais adequado.
Através das investigações, com recurso à utilização de aparelhos de ressonância magnética, os psicólogos e os neurocientistas estudaram as estruturas cerebrais envolvidas nas emoções, e constataram alterações relacionadas com as caraterísticas de funcionamento cerebral de um psicopata. As pessoas sem qualquer traço psicopático, revelam uma intensa atividade da amígdala e do lobo frontal, apresentando menor intensidade de energia, quando estimuladas. No entanto, quando os mesmos testes foram realizados num grupo de psicopatas criminosos, os resultados apontaram para uma resposta negativa nos mesmos circuitos, após cometerem atos imorais ou perversos.
As amígdalas do psicopata pelo fato serem hipofuncionais, deixam de transmitir de forma correta as informações necessárias, para que possam desencadear ações comportamentais mais adequadas ao lobo frontal. As informações enviadas do sistema afetivo e límbico para o centro operacional do cérebro é controlado por um lobo frontal que se apresenta sem dados emocionais, dando origem a um comportamento lógico e racional desprovido de afetos. O psicopata não possui vínculos afetivos, de forma a criar os mais nobres sentimentos humanos comparativamente com os sujeitos normais, possui uma capacidade bastante limitada de sentimento, em relação às respostas provocadas pelas emoções. Estudos com frases de forte conteúdo emotivo em pessoas não psicopatas, produzem acelerações no ritmo cardíaco e contrações nos músculos faciais, enquanto nos psicopatas não se evidenciam diferenças significativas ao nível destas caraterísticas.
As Investigações utilizadas por um scanner medem a ativação cerebral ao nível da leitura das palavras de maior carga emotiva, em relação às palavras neutras, concluíram que os cérebros dos psicopatas demonstram uma maior atividade cerebral durante o esforço em reconhecer e processar palavras com maior carga emocional, do que as neutras, em relação aos indivíduos normais. As investigações onde se realizaram pequenas descargas elétricas,o ritmo cardíaco dos psicopatas decresce enquanto nos indivíduos normais eleva-se. Neste estudo conclui-se que os psicopatas são menos sensíveis ao medo e que dispõem de um mecanismo mental que inibe os sinais de ansiedade associados à ameaça. Quando os seus desejos não se encontram imediatamente satisfeitos, agem impulsivamente, com acessos de agressividade, levando a cometer crimes. Atendendo à falta de conexão lógica entre o sentimento e o pensamento, o agir perante um determinado quadro situacional poderá ter consequências desastrosas de futuro.
Por serem indivíduos instáveis e restringidos emocionalmente, são propensos a realizarem potenciais atos criminosos.
A construção de uma sociedade solidária livre de violência passa pela proteção dos direitos humanos perante este tipo de criminosos.

Christopher Brandão, 2016

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

A Teoria Da Vitória


Vencer é uma ação que exige um árduo trabalho numa determinada área que dedicamos. A vitória é a satisfação da alma perante nós, e o reconhecimento social de sermos bons por um determinado momento com os outros, faz parte da vida de um ciclo humano. Para vencermos, necessitamos de ter um plano estratégico, para que possamos quantificar um determinado esforço controlado pela mente e pelo nosso corpo, que por sua vez são considerados instrumentos de poder. A cada momento, realizamos um esforço mais do que os outros, de forma possamos sacrificar algo em que acreditamos pela nossa própria fé.
Não podemos criticar alguém que se dedique alguma coisa de corpo de alma, para depois receber o seu devido reconhecimento pelo esforço realizado durante o seu trabalho decorrido perante o caminho da vitória, sem recolher os benefícios do seu próprio retorno. A hipótese de vencer é relativo à previsão de superioridade do nosso desempenho em relação à dimensão dos restantes.
O fato do ser humano lutar a favor das suas ambições e convições, projeta uma ideologia que o homem autosupera-se por si próprio?. A utopia do desempenho humano, leva-nos acreditar que evoluímos para uma maior consciência da realidade que enfrentamos. Quando olhamos mais para o passado, damos maior valor ao esforço que realizamos no futuro por um determinado ideal, quer que seja por convição ou não. Talvez, um dia, independentemente do tempo, da hora, do minuto que realizamos o nosso trabalho, deverá ser reconhecido perante alguém que se interesse por um determinado tema ou por uma determinada pessoa. 
A teoria geral é necessária para compreender a globalidade das forças da vitória, mas para isso, há que testar a instrumentação existente para cada escala de energia produzida por cada individuo, independentemente dos resultados estabelecidos pelos efeitos produzidos em seu redor. No entanto, as posições de vitória podem revelar discrepâncias promovidas pela teoria geral baseada nos limites máximos do valioso princípio do sucesso, que por sua vez, fornece a energia necessária para ação testada. O caminho das forças necessárias para alcançar a própria vitória explica a mesma energia derivada de uma causa produzida pelo efeito do fracasso ao longo do tempo e do espaço. A violação do princípio de sucesso, envolve algum grau de incerteza experimental, porque produz determinados pontos instáveis no indivíduo, devido às suas diferenças de decisão num determinado percurso de vida.
A teoria da vitória funciona com um conjunto de forças positivas consagrada no princípio de sucesso, obrigando o ser humano a percorrer novos campos de ação.
A abordagem da vitória consiste em usar incertezas experimentais em campo prático de forma aumentar as performances possíveis para uma excelente eficàcia de resultado.
Não podemos fazer algo em que não acreditamos, mas talvez um dia possamos fazer história daquilo que fazemos.

Christopher Brandão, 2016












terça-feira, 29 de novembro de 2016

A construção de um pensamento

Ao realizarmos um pensamento sobre um determinado tema, exige uma reflexão sobre a ação que podemos concretizar ou não em campo prático da realidade  em que nós encontramos inseridos.
Nesta dimensão causualistica, de abstrair a mente do corpo, poderá eventualmente criar um determinado poder totalitário no indivíduo que pretenda libertar da pressão da sua  própria vida, ou criar uma possível reflexão sobre a provável resposta, que seja tão eficaz ao problema proposto.
Ninguém é perfeito em solucionar aquilo que não é solucionavel; mas refletir, será uma capacidade consciente de abstrair o que vai na alma, o que poderá ser um alívio de peso emocional adquirido pelo próprio corpo.
Talvez um dia pensamos  viver aquilo que o corpo ao longo da idade não resiste, de forma a dar lugar à maturidade e à experiência de vida adquirida pela nossa consciência da nossa própria existência.
Em súmula, podemos quantificar a  fraqueza, como um processo que leva à tristeza, e por fim a dúvida leva ao resultado da depressão, pela lógica de ação de não querer agir, ou não poder reagir às questões mais problemáticas da vida.
Quem não pensa, não idealiza o futuro, mas também não resolve tão cirurgicamente o problema proposto, ou então age na pura irracionalidade do seu consciente.
Neste ponto de vista, a fraqueza é derivada de uma causa real, ou de uma consequência de um efeito que não produz ou detem a capacidade da produção da abstração, pelo resultado de uma negação derivada pela alienação do próprio sujeito. Perante este quadro situacional; devemos adquirir o conhecimento necessário para atingir a solução mais eficaz ao problema proposto, a fim de evitar o sentimento da frustração, que leva à própria depressão, no culminar de ações que podem levar ao suicídio, como forma de alívio de carga emocional momentânea.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO ESCOLAR



A finalidade de expor ideias sobre a avaliação do processo de ensino aprendizagem tem como objetivo analisar um instrumento construtivo, que seja capaz de dar resposta ao conhecimento adquirido pelos alunos, durante o processo de ensino-aprendizagem. A metodologia centrada no sistema educativo, ainda é problemática ao nível de programas, visto que os professores criticam cada vez mais a sua prática pedagógica. A avaliação tem um requisito preparatório de conhecimentos centrada na crítica da razão pura do autoconhecimento orientado para a autonomia e tomada de decisão consciente do aluno, de ter o direito de traçar o seu próprio percurso profissional como alternativa de ação. O paradigma da avaliação propicia a mudança ao nível do progresso da aprendizagem processual, contínua, participativa, diagnóstica e investigativa. Na prática pedagógica é necessário conhecer e interpretar o contexto histórico e social que se encontra inserida nas principais reformas educativas do sistema educativo português dos anos 90, mas para que isto aconteça, será necessário refletir em novos paradigmas que exigem uma reorganização da tecnoestrutura educativa, orientada para a sociedade civil, questionando seriamente a hipercomplexidade das medidas políticas ultimamente adotadas no próprio sistema, para melhor compreender a sua influência na sociedade contemporânea.
Segundo Miras e Solé (1996, p. 378) a avaliação sumativa tem como objetivo determinar o grau do domínio do aluno numa determinada área de aprendizagem, permitindo uma classificação que poderá certificar a aprendizagem realizada. A avaliação diagnóstica pretende averiguar o nível de conhecimentos do aluno, face a novas aprendizagens que lhe vão ser propostas, no qual as aprendizagens anteriores servem de base às situações presentes.
O professor não deve simplesmente classificar o aluno dentro dos padrões predeterminados, sem antes refletir e ter a certeza de que todas as possibilidades foram esgotadas na ministração de conhecimentos ao nível da aprendizagem. 
O tempo de avaliar exige uma enorme preparação técnica ao nível das habilidades e competências, orientadas para um bom desempenho metodológico de uma classe educativa, possuidora de uma visão holística de teorias de procura de novas situações estimulantes, que sejam capazes de solucionar os próprios problemas dos alunos.
A maioria das escolas portuguesas tem por base um principio de sustentação lógica de organização escolar pouco virado ao mercado tecnológico e laboral, apresentando algumas medidas fracassadas ao nível de interrelações que estabelecem entre a escola com a respetiva sociedade que se encontram envolvidos.
São instrumentos imprescindíveis à verificação da aprendizagem do aluno e ao mesmo tempo fornece as informações necessárias para um bom ou mau desempenho do trabalho realizado pelo aluno e professor, direcionando para um esforço realizado durante o processo de ensino e aprendizagem.
O objetivo principal será estimular os docentes a trabalharem com motivação para um compromisso de dar o melhor em prol de um bom desempenho das suas funções, moldando os alunos para uma formação necessária ao desenvolvimento socioeconómico da própria sociedade em que se encontram inseridos.
A metodologia teórico prática exige um critério de êxito de um processo avaliativo que seja capaz de certificar o próprio processo de ensino- aprendizagem fundamentado para uma melhor preparação ao mundo globalizado. 
A avaliação deve melhorar para melhor ensinar a boa performance da prática pedagógica em contexto de sala de aula, mas para este quadro situacional, o professor deverá ter uma boa noção dos conteúdos assimilados pelos alunos, de forma saber quais são as metodologias de ensino mais adotadas e que se encontram a surtir o melhor efeito na própria aprendizagem. No passado, avaliar significava apenas aplicar provas, dar uma nota e classificar os alunos em aprovados e reprovados. Atualmente existem ainda alguns professores que acreditam somente neste processo, contudo essa visão redutível tem sido ultimamente transformada para uma nova realidade educativa. A avaliação da aprendizagem poderá eventualmente ser um novo paradigma construtivo do currículo escolar que se encontra intimamente relacionada com a gestão dos programas de aprendizagem a serem aplicados no próprio sistema educativo. Neste sentido, é importante que o professor avalie constantemente a sua prática educacional para que melhore a sua participação no ensino eficiente e eficaz, sem correr o risco de ultrapassar os conceitos pré-moldados de poder totalitário de uma verdade meramente absoluta.
Avaliar numa perspetiva construtiva do conhecimento não é tarefa fácil, pois requer uma relação simbiótica de ambas as partes, tanto do professor que avalia e do aluno que está sendo avaliado para uma totalidade de aquisição de conhecimento. Os métodos de avaliação não se resume à mecânica de um mero conceito formal e estatístico para fins governativos, por um simples conjunto de práticas pedagógicas a serem aplicadas durante o processo de ensino e aprendizagem. Avaliar não é simplesmente atribuir notas obrigatórias que levam à decisão de aprovação ou retenção do aluno em determinadas disciplinas que funcionam como instrumentos imprescindíveis à verificação da aprendizagem efetiva e que ao mesmo tempo fornece as informações necessárias sobre o trabalho docente direcionado para uma análise de esforço empreendido pelo aluno durante o processo de ensino e aprendizagem. Para contemplar a melhor abordagem pedagógica dos programas ministrados, será necessário dar autonomia responsavél ao aluno pelo seu próprio desenvolvimento intelectual, de forma possa adquirir novos conhecimentos para as suas decisões profissionais, procurando analisar de futuro os seus próprios erros ou ajustamentos. Nesta perspetiva, o professor e o aluno passam a ser elementos fundamentais na construção do conhecimento que busque as soluções necessárias para um bom desenvolvimento da aprendizagem. Esta nova visão holística, vem favorecer a avaliação num  determinado momento terminal do processo educativo, transformando-se num elemento de reflexão sobre a ação desenvolvida na prática educativa, de forma possa compreender uma maior eficiência das dificuldades manifestadas pelos alunos no momento da aprendizagem. Buscar novas soluções no desempenho das aulas desenvolvidas pelo professor, que por sua vez, não poderá avaliar somente em função das suas preocupações em atribuir uma nota ao aluno x, y,z , provavelmente poderá cometer uma injustiça a curto prazo, ao nível da quantificação da análise dos próprios conhecimentos transmitidos aos seus próprios alunos, através de uma etapa de procedimento que exige uma prévia verificação de um processo de apreciação, de julgamento ou valorização do aluno que revelou ter aprendido durante um certo período de tempo, uma progressão de conhecimentos adquiridos durante o processo de ensino e aprendizagem. Existe uma ligação entre a avaliação da aprendizagem com o próprio trabalho do professor, que se desenvolve continuamente e sistematicamente no processo  de ensino e aprendizagem. A exigência da parte do professor em ter um maior empenho de inovação, depende essencialmento do seu modo operacional de pensar e agir na busca de novas estratégias e metodologias capazes de serem desenvolvidas ao nível do ensino da formação das especificidades, que por sua vez, são essenciais à aquisição dos conhecimentos pelos alunos, através da necessidade de uma prática avaliativa, que leve em consideração uma abordagem formativa e útil para o mercado de trabalho. Para que haja esta concretização é fundamental que o professor conheça o seu aluno na sua forma mais lógica de raciocínio.
Uma sólida preparação pedagógica poderá eventualmente abordar os conteúdos mais adequados às necessidades especificas dos alunos, provavelmente dando maiores possibilidades de respostas no ato de avaliar as atitudes, que envolvem as componentes mais cognitivas, motoras e afetivas. 
A intenção de conduzir um conhecimento científico baseado na aprendizagem individualizada, tem sofrido ultimamente uma série de transformações e interpretações que necessitam de uma análise crítica dentro de um processo educativo de prática pedagógica, que muitas vezes é utilizada no sentido do professor realizar uma orientação aos alunos para uma busca de respostas e informações concretas sobre o conhecimento adquirido pelo simples ato avaliativo.


Christopher Carmo Brandão, 2016

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

A Prioridade Da Educação Infantil



As creches e as escolas primárias são estruturas que fazem parte de uma obrigação educativa por parte do Estado, para colmatar um direito social das crianças a terem uma excelente qualidade educativa infantil. Este processo é produto de uma conquista de direitos em que teve uma ampla participação dos movimentos comunitários femininos da maternidade, dos movimentos dos trabalhadores, dos movimentos de democratização do país, além das lutas dos próprios profissionais de educação após o 25 Abril.

O campo da Educação Infantil vive um intenso processo de revisão de conceções sobre a educação em espaços coletivos de seleção de práticas pedagógicas mediadoras de aprendizagens e desenvolvimento lúdico, que fazem parte do crescimento das próprias crianças. Ultimamente, tem-se verificado medidas políticas que tem suscitado discussões de orientação educativa relativamente ao universo de crianças, compreendido num nível etário dos três anos de idade em creches e como assegurar estas práticas, que prevejam formas de garantia e de continuidade de um processo de aprendizagem, e desenvolvimento dos conteúdos que serão futuramente trabalhados no ensino primário.

A educação infantil constitui a primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e escolas primárias, nos quais se caraterizam como espaços institucionais públicos ou privados que educam e cuidam crianças compreendidas em níveis etários entre o 0 e os 5 anos de idade em período diurno, ou em jornada integral ou parcial. Devem ser regulados e supervisionados por uma entidade competente do sistema educativo e submetido a um controle social. O Estado tem o dever de garantir a oferta pública de Educação Infantil de forma gratuita proporcionando uma grande qualidade educativa com critério de seleção de grandes profissionais orientados de forma inclusiva e eclética no sistema educativo.

As normas curriculares nacionais de Educação Infantil apresentam propostas pedagógicas que devem respeitar os princípios básicos para diferentes manifestações artísticas e culturais, integrados numa multidiversidade cultural, religiosa, étnica e social do país.

Desta forma, a dimensão lúdica e educativa são as condições essenciais para a formação do conhecimento e da personalidade do próprio sujeito. Nas últimas décadas, os debates a nível nacional e internacional apontam para a necessidade da institucionalização da educação infantil, que inclua uma política de aumento da taxa de natalidade nas famílias mais jovens integradas em funções de cidadania de futuro.

Educar na sociedade contemporânea, significa proporcionar as condições necessárias para as aprendizagens lúdicas, para que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades psicomotoras essenciais à construção do conhecimento da própria personalidade da criança, incutindo os valores essenciais à sua formação de futuro.

Não podemos esquecer que as crianças de hoje são os futuros homens e mulheres de amanhã e para isso será necessário dar todas as condições para sua concretização profissional, social e familiar, para que haja sustentabilidade demográfica suficiente para satisfazer as próprias necessidades do País.



Christopher Brandão, 2016

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Ribeira Grande Uma Cidade Dinâmica

Com a mudança de Presidente, noto que a cidade da Ribeira Grande deu um grande salto qualititativo e quantitativo em termos de qualidade de eventos desportivos e de lazer e recriação. Graças ao senhor Presidente Da Câmara, com a sua equipa dinâmica e proativa a população agradece o boom de desenvolvimento económico, turístico, e urbanístico. A dimensão marítima do surf, mergulho e exploração da natureza associada à qualidade da sua restauração e hotelaria, tem ultimamente  suscitado uma enorme procura por parte dos turistas de diversas nacionalidades. A qualidade dos trilhos bem arranjados,  permite um melhor dislumbre da paisagem e uma maior reflexão do espírito empreendedor dos seus autarcas.
Evidentemente existem sempre críticas e melhorias, mas atualmente sinto que a cidade da Ribeira Grande evolui drasticamente para melhor, pela irreverência e ideologia de novos autarcas, o que permitiu uma melhor qualidade de vida do próprio concelho, quer pelos seus eventos socioculturais e desportivos, quer pela forma como a cidade se encontra em vias de grande desenvolvimento turístico. Parabéns a todos ribeiragrandenses pelo excelente trabalho realizado em prol da vossa cidade.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Onde pára a Política Açoriana?

A dimensão partidária dos partidos açorianos exige uma reflexão meticulosa para que  possamos quantificar a estratégia de voto nas próximas eleições. 
Em primeiro lugar quero salientar a fragilidade do partido Psd Açores do seu respetivo líder, que demonstra uma falta estratégia em termos de renovação dos seus membros,  como também ao nível de promessas utópicas pouco viáveis de concretização em campo prático. Não podemos prometer, sem um  conhecimento prévio das matérias que devem ser consideradas fundamentais ao nível do desenvolvimento sustentável das ilhas dos Açores, sem olhar as respetivas especificidades de cada ilha, com estratégia de futuro,  no qual prometer aos eleitores aquilo que é à  priori utópico, torna-se inqualificável ao nível de concretização prática . Quando avalio os cartazes que indicam salvar a lavoura, questio-me seriamente qual o plano estratégico do psd relativamente à lavoura ,relativamente à exportação do leite e seus derivados. O plano da indústria leiteira deverá centrar-se na melhoria da política dos transportes e na requalificação dos recursos humanos e tecnológicos baseado num plano estratégico económico  de baixar os custos de produção de forma tornar a indústria leiteira mais atrativa ao mercado da globalização.  Relativamente à saúde, os açorianos deverão ter uma saúde mais preventiva ao nível da saúde escolar e população sénior. A importância do médico de família e a prevenção do planeamento familiar em famílias carenciadas, sem instrução em determinadas freguesias exigem técnicos  de formação de saúde em medicina  geral, percorrendo com uma unidade móvel todas as freguesias,  permitirá uma melhor flexibilidade dos recursos humanos e materiais, ao nível de contenção de custos. Ao nível da educação escolar, há que realizar um trabalho a nível pré primário e primário para que haja uma menor taxa de abandono escolar. A taxa de abandono escolar, geralmente tem maior incidência na população rural, que se dedica exclusivamente à agricultura e às  pescas com algum pastoreio rudimentar. Nesta dimensão, talvez seja mais adequado cursos técnicos profissionais específicos em áreas mais necessitadas, que permitem um melhor desenvolvimento em parcerias simbioticas com a universidade, escolas e centros de emprego.
Ao nível da economia há que requalificar as médias empresas açorianas,  defender as suas identidades, mudando as suas filosofias para o mercado globalizado e de turismo sustentável.
A dimensão do turismo sustentável há que dar melhor qualidade de hotelaria e restauração, com maior incidência no turismo de exploração da natureza.
A promessa sem plano estratégico, sem renovação dos membros partidários numa estratégia unívoca de um partido sem união, tem prejudicado seriamente o partido Psd Açores ,que mais uma vez volto a salientar tem um líder fraco sem coerência discursiva, por não ter um plano assertivo e estratégico. A solução seria Boleiro e Andrade unirem-se em prol da união partidária.
Ao nível do Ps temos  um Presidente  Vasco Cordeiro calmo sereno com estratégia progressiva de libertação de César, através substituições em cargos chave de recursos humanos de forma possa assumir a verdadeira liderança governativa de acordo com o seu modus operandi.
Ninguém poderá julgar ninguém pelo seu percurso político , mas o verdadeiro eleitor terá um mês para quantificar a sua justiça no voto segundo uma avaliação em manter a estabilidade política no ps ou manter a renovação perdida do psd, ou então renovar o seu voto no partido do Cds na esperança da juventude dos seus líderes políticos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A Dinâmica Da Ciência Da Psicomotricidade



A Psicomotricidade tem como objetivo a interação do indivíduo com os outros e com os objetos num determinado espaço, possibilitando assim o seu desenvolvimento não só a nível físico, mas também cognitivo, afetivo e corporal. 
Basta haver um conjunto de fatores que permitem a sua conceção estratégica, não sendo necessária recursos materiais, humanos, e nem tecnológicos dispendiosos, para que sejam operacionalizados em espaços lúdicos e recreativos,. 
A Ciência da Psicomotricidade procura integrar conhecimentos de múltiplas e variadas abordagens cientificas, que exigem reflexões transdisciplinares fundamentais, centradas nas problemáticas de investigação das necessidades educativas especiais, ao nível da aquisição da linguagem e do controlo postural .
O alto rendimento da performance da expressão corporal do próprio indivíduo, exige determinadas estratégias de mediatização que quando postas em prática pelo Professor ou Técnico, deverá contribuir para aceleração da plasticidade cognitiva, de forma a modificar os seus processos motricomunicativos.
A intervenção do Professor ou do Técnico deverá estimular o movimento pelo pensamento, através de um paradigma educativo que seja capaz criar reportórios psicomotores de aprendizagem ou reaprendizagem, que vão desde do passado ao presente em direção ao futuro emergente.
Para Fonseca (2009) psicomotricidade é uma prática que contribui para o desenvolvimento da criança em processo de ensino-aprendizagem, que favorece as caraterísticas mais dinâmicas mais cognitivas e físicas. A sua componente afetivo-emocional contribui essencialmente para a formação da sua própria personalidade, que necessita ter uma visão estratégia diária, orientada segundo os objetivos do professor que pretende alcançar as melhores performances dos alunos. 
Um dos objetivos das aulas de psicomotricidade é estimular o desenvolvimento psicomotor dos alunos por meio de uma atividade lúdica com enorme prazer, favorecendo a ligação do imaginário ao real. Existem várias atividades que poderão contribuir para o desenvolvimento das capacidades motoras do aluno, entre elas se destacam a coordenação motora mais ampla. A organização do ritmo geral de desenvolvimento das percepções  é baseado num trabalho biomecânico produzido essencialmente pelos movimentos dos membros inferiores e superiores. As atividades numa componente lúdica realizada a partir de imagens do corpo em tamanho natural, expressa numa arte corporal efetuada com o pincel pelas mãos e pelos dedos, que por sua vez define a micromotricidade necessária para o desenvolvimento da lateralidade em todas as partes do corpo. O ato de escrita  deixa o aluno livre sem estabelecer um meta óculo manual que favoreça a melhor decisão na sua liberdade de habilidade.O professor poderá instrumentalizar os comandos necessários para a orientação do aluno, para um percurso rítmico e sequencial. O desenvolvimento de talentos é um trabalho de estimulação que abrange as questões dos sentidos do corpo manifestadas numa comunicação verbal e não verbal. 
O desenvolvimento psicomotor consiste na construção da percepção, que por sua vez auxilia no reconhecimento do mundo através dos sentidos criando a intelligence necessária para um grande desafio de aquisição da  aprendizagem, e da reaprendizagem psicomotora proporcionada durante o ciclo de vida humano.


Christopher, Brandão 2016

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Conceitos Fundamentais Da Psicomotricidade



A Ciência da Motricidade Humana é a área do conhecimento que estuda as múltiplas potencialidades de interpretação do Homem, ao nível das suas condutas comportamentais e psicomotoras.
No âmbito da fenomenologia epistemológica criada a partir de uma filosofia de valores, originadas a partir da complexidade cultural, em permanente estado de necessidade de corporeidade.
A natureza bio-física e emocional transcende a psicomotricidade para uma abordagem multidisciplinar, cujo objeto é o corpo social expresso nas suas emoções simbólicas ou cognitivas. 
Através das abordagens diferenciadas produzem uma determinada expressão corporal, que se assume numa dimensão mais terapêutica do que educacional, ao nível do desenvolvimento da expressão corporal do individuo.
A psicomotricidade compreende uma base teórica que se define numa síntese de um determinado conhecimento transdisciplinar de diversas áreas cientificas. 
A percepção tónico-postural compreende a motricidade expressa nos seus respetivos conceitos:
- Psicológicos essenciais para o desenvolvimento psicomotor da génese da noção do corpo, e da formação dos caracteres pertencente à personalidade do indivíduo
- Psiquiatria que conduz à noção do inconsciente cuja emergência provoca síndromas de despersonalização do membro fantasma (somatognosia), as alucinações, as anorexias mentais e hipocondríacas.
- Psicossomáticos leva à dimensão imaginária do corpo, que por sua vez representa a carga simbólica e simbiótica, 
- Psicolinguísticos produzem a linguagem necessária para o desenvolvimento da linguagem gestual,
- Sociológicos são essenciais à comunicação não-verbal e próxemica do indivíduo,
- Fenomenológicos encontram-se relacionados com o sentimento afetivo baseado na percepção da motricidade de intencionalidade operante.
A análise existencial dos problemas perceptivos diluem-se na temporalidade do espaço, criando uma maior interação das componentes essenciais ao comportamento humano.
O sistema dinâmico de organização humana estrutura-se num sistema de maturação psicomotora neurológica.
A plasticidade mental é dimensionada para o funcionamento de uma atividade derivada para uma perspetiva socioafetiva e cognitiva.
As possibilidades de interpretação, são operacionalizadas de forma transdismultidisciplinar, através de mecanismos cognitivos hipercomplexos de pré-compreensão fenomenológica, explicadas pela ordenação axiológica .
Para Maurice Merleau-Ponty, é um processo adaptativo, evolutivo, criativo de um ser práxico carente dos outros, do mundo e da transcendência da intencionalidade operante, em que o físico, o biológico e o antropossociológico se encontram numa dialética de totalidade ascendente.
A motricidade seletiva é carente de cultura da prática produzida pela execução de movimentos que resultam da contração muscular realizada pelo homem práxico, num determinado espaço físico.
Segundo CUNHA, 1994, (p. 156) a motricidade está antes da motilidade porque tem a ver com os aspetos psicológicos, organizativos, subjetivos do movimento.
Fonseca afirma que se deve tentar evitar uma análise desse tipo para não cair na tentação do erro de exagerar nas componentes distintas do psíquico e do motor. Segundo este investigador, a psicomotricidade não é exclusiva a um novo método baseado numa estratégia puramente educativa, ou de uma filosofia de pensamento que se constitui numa base técnica provocada pela ação exclusiva ao movimento biomecânico humano.
Atualmente a Ciência da Psicomotricidade começa a ser reconceitualizada, não só pela intrusão de fatores antropológicos, filogenéticos, ontogenéticos, paralingüísticos, mas essencialmente cibernéticos e neuropsicológicos. A integração transdisciplinar destas áreas do conhecimento, provavelmente colocará o futuro da evolução desta própria ciência, numa atualização de um novo paradigma cientifico, de modo a que haja uma quantidade de conhecimentos partilhados numa ação transdisciplinar de diferentes abordagens de conhecimento.
A psicomotricidade tem por função:
- Uma dimensão experiencial do ciclo de vida do ser humano em mobilizar e reorganizar as funções psíquicas e emocionais relacionadas com o indivíduo,
- Emergente de elaboração do ato motor em constante aperfeiçoamento da conduta consciente do ato mental num formato de fluxograma (input, processamento e output).
-Simbólica produzida pela própria linguagem verbal e não verbal do corpo que se tem de elevar para sensações e percepções de níveis de consciencialização superior de conceptualização,
- Harmonizar e maximizar o potencial motor, afetivo, relacional e cognitivo essencial ao desenvolvimento global da personalidade do indivíduo,
- De adaptação social ao nível do processamento da informação da consciência corporal, que terá obrigatoriamente de realizar uma síntese integradora da personalidade cognitiva estruturada e equilibrada para que haja uma melhor aquisição motora .
- Manifestadora em novas situações, atendendo que a motricidade é indissociável à psique humana.
O conceito de Motricidade é mais utilizado pela área da Educação Física no âmbito da perspetiva do treino desportivo ligado à capacidade motora da coordenação, referenciada como qualidade física, sendo interpretado de forma diferente pela Psicomotricidade.
Existe uma área do conhecimento que trata a motricidade como um dos seus objetos teóricos e práticos de estudo, que se carateriza por um corpo epistemológico que enfoca a motricidade sob um paradigma diferente da Psicomotricidade.
É necessário observar os vários objetos de estudos sob a perspectiva de cada área do conhecimento quando se aborda a motricidade humana a um nível de compreensão epistemológica ou de um preconceito científico.
O professor especializado ou o terapeuta que estuda ou compensa as condutas inadequadas e inadaptadas em diversas situações ligadas a problemas de desenvolvimento e de maturação psicomotora de aprendizagem e de comportamento psicoafetivo, terá de compreender a mediatização corporal expressa pela própria Ciência da Psicomotricidade.

Christopher Brandão, 2016

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Análise Histórica Da Psicomotricidade



A origem histórica da Psicomotricidade define-se pelo desenvolvimento de um percurso que surge a partir das áreas médicas, mais precisamente da área da neurologia, cujo seu conceito é datado no início do século XIX. Foi necessário identificar as zonas do córtex cerebral situadas para além das regiões motoras. 
Com o desenvolvimento da ciência da neuropsicologia começa-se a constatar que existe diferentes disfunções graves, claramente identificáveis, sem que o cérebro esteja lesionado.
Os distúrbios da atividade gestual pertencente à atividade práxica, poderão ser definidos por fatores psicomotores, relacionados com o quadro clínico e anatómico que cada sintoma ou patologia corresponde a uma determinada lesão específica.
Não se podia explicar alguns fenómenos patológicos pela ciência, sem nomear determinadas zonas do córtex cerebral situadas para além das regiões motoras, começou-se a constatar diferentes disfunções graves, claramente localizadas no cérebro lesionado ou não.
São descobertos distúrbios pela expressão corporal produzida pela atividade práxica, desenvolvida a partir do esquema anatómico de um determinado quadro clínico diagnosticado, para cada sintoma correspondente a uma lesão localizada.
Pela primeira vez, é nomeado o termo Psicomotricidade no ano de 1870, pela necessidade médica de se encontrar uma área que explicasse certos fenómenos clínicos. As primeiras investigações dão origem a um campo psicomotor correspondente a uma área emergente neurológica.
Em 1909, o neuropsiquiatra Dupré deu um enorme contributo psicomotor em relação à neurologia, quando afirma a independência da debilidade motora, ser um antecedente de um sintoma psicomotor. Neste período, passou a ser estudado o tónus axial por André Thomas e Saint-Anné Dargassie. A diferença do tónus com o relaxamento permite a Wallon de profissão psicólogo, relacionar o movimento com os estilos de vida do indivíduo, a partir do afeto gerado pela emoção criada pelo próprio meio ambiente. Em 1925, este psicólogo Henry Wallon investiga o movimento humano atribuindo uma categoria fundamental ao instrumento de avaliação do psiquismo.
Em 1935, o neurologista Edouard Guilmain desenvolve um exame psicomotor para um fim diagnóstico terapêutico.
Em 1947, o psiquiatra Julian de Ajuriaguerra redefine o conceito de debilidade motora como um síndrome das suas próprias especificidades, que delimitam os transtornos psicomotores originados entre o neurológico e o psiquiátrico. Com estas novas contribuições, a psicomotricidade diferencia-se das outras disciplinas, adquirindo a sua própria autonomia científica.
Na década de 70, diferentes autores definem a psicomotricidade como uma motricidade de relação a partir das diferenças transdisciplinares interventivas. 
Esta nova ciência, começa a ser delimitada pelo seu próprio campo, através de uma postura reeducativa e terapêutica. 
A sua técnica instrumentaliza-se pela globalidade do seu corpo, dando progressivamente uma maior importância à relação da afetividade emocional.
Foi necessário encontrar uma área que explicasse certos fenómenos clínicos a que deram origem a uma ciência psicomotora correspondente a uma área neurológica emergente, datada no ano de 1870.
Inicialmente esta área do conhecimento era encarada como uma prescrição pertencente à área da medicina psiquiátrica baseada em pressupostos teóricos e práticos de desenvolvimento humano. 
Atualmente esta ciência tem uma intervenção preventiva, educativa, reeducativa e psicoterapêutica de transcendência multitransdisciplinar.

Christopher Brandão, 2016

segunda-feira, 25 de julho de 2016

A ludoalfebatização


No primeiro ano de educação infantil é fundamental a utilização dos jogos no processo de alfabetização. As dificuldades de aprendizagem poderá ser auxiliado por um processo de leitura baseado na prática da escrita, o que provavelmente produzirá uma melhoria ao nível da alfabetização.

A importância dos jogos, nos processos de ensino aprendizagem, tem por objetivo compreender as práticas pedagógicas necessárias, para a concretização de uma boa escrita.

Os professores estabelecem uma relação entre o concreto com o lúdico, numa determinada idade, em que a criança constrói os seus próprios conceitos mais abstratos.

Através da diferenciação simbólica a fusão inicial do objeto com significado traduz numa boa aquisição de leitura para um bom desenvolvimento da escrita.

A importância dos jogos no processo de alfabetização desempenha um papel facilitador de aprendizagem das letras. Para desenvolver as habilidades de leitura é necessário considerar a prática de escrita.

As diferenças entre as letras e a alfabetização, nem sempre representa a dimensão da fala. O indivíduo para saber ler e escrever tem de compreender o que está interpretando.

O desenvolvimento da leitura desperta a atenção da escrita pelo desempenho global de todo o processo educativo. A leitura mostra-nos o desenvolvimento da aprendizagem dos principais tópicos, muito antes do indivíduo entrar para o sistema educativo.

Os jogos sem dúvida são meios facilitadores de descoberta pela prática de leitura e da escrita. Os profissionais da área educativa necessitam de uma qualidade de prática psicopedagógica que reconhece o intellingence dos jogos, como veículo de desenvolvimento social, emocional e intelectual. O indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua criatividade, mas através do jogo apresentamos uma forma de divertimento que contribuiu essencialmente para o desenvolvimento lúdico criativo do seu raciocínio lógico abstrato, através da aquisição de conhecimento espontâneo. O ato de brincar num determinado espaço de experimentação lúdica, permite a transição entre o mundo imaginário para o real. Durante as experiências em sala de aula, os professores apercebem-se das dificuldades dos alunos ao nível da leitura e da escrita, utilizando métodos de ensino que estimulem a sua própria criatividade.

O ensino continua reproduzindo um conteúdo tradicional sem compreender a verdadeira dimensão dos problemas de aprendizagem do conhecimento das letras. Os efeitos negativos dessa prática de aprendizagem durante todo o processo educativo de alfabetização, tem levado a uma reflexão por parte dos professores, em reconhecer o maior valor estratégico da pedagogia necessária para explorar o maior potencial educativo do aluno na obtenção de sucesso escolar.

Os principais conceitos e diferenças entre a alfabetização e as letras deverão ser suportadas pelas melhores metodologias de abordagem, o que proporciona resultados significativos na área educacional, no sentido criar uma visão holística do sistema educativo, em produzir conhecimentos que contribuem para uma melhor transformação da realidade atual.

As várias possibilidades em estudar fenômenos que envolvem as relações sociais estabelecidas em diversos ambientes, permitem desmistificar algumas caraterísticas básicas, que identificam variáveis qualitativas que melhor compreendem o contexto integrado do individuo em situação escolar.

A produção de conhecimentos poderá eventualmente contribuir para a transformação da realidade estudada, através da ludomotricidade inserida no processo de ensino aprendizagem da alfabetização social, que por sua vez, visa estabelecer uma relação sinergética simbiótica entre a teoria com a prática.



Christopher brandão, 2016

segunda-feira, 11 de julho de 2016

O Preço Da Peversão



Historicamente houve um processo de busca de excitação pelo sofrimento da humanização que levou muitas vezes à rutura das estruturas sociais. A reflexão sobre os mecanismos sociais instrumentaliza o sujeito para um modelo capitalista contemporâneo, utilizado como uma arma perversa e especuladora da vida humana.

As tecnoestruturas dinâmicas sociais hipercomplexas determinam uma caraterística individual mais fragilizada da construção dos seus laços sociais. A teoria psicanalítica determina o conceito da perversão como uma parte da constituição do indivíduo baseado na vulnerabilidade social contemporânea dos diversos traços produzidos pela própria personalidade.

A reflexão de algumas caraterísticas sociais retrata o processo de individualização inserido num contexto de perversão neurótica que desintegra o indivíduo nas suas diversas dimensões metafísicas.

As implicações no estilo de vida contemporâneo produz relacionamentos utópicos que exigem uma reflexão universal que seja capaz de explicar o organismo como uma ação cognitiva.

A psicanálise poderá ser considerado um processo de formatação corporal consciente para um modelo capitalista que manipula um conhecimento egoísta cobiçado pelo consumo luxuriante do pecado humano.

O indivíduo pervertido cria um estilo de vida contemporâneo baseado num modelo social que cobiça .

Vivemos num tempo de expetativa e de imediatismo onde impera a estética do corpo aculturado pelo belo, onde se busca a excitação e desconhece-se os limites da convivência com o outro, onde o produto é descartável ao próprio sofrimento do corpo, que tanto contribui à sua infelicidade. Viver tem um preço elevado no tempo, onde seu ideal ocupa um lugar no seu espaço cineantropológico voltado para o olhar de futuro.

A compreensão holística dos mecanismos eficazes pelos quais a falta de estrutura e de valores é alvo de manipulação jurídica dos tempos atuais, de modo a que todos buscam a satisfação dos seus desejos primários que se evidenciam pela própria ostentação.

A sociedade não perdoa, procura compreender um modelo Darwiniano de sucesso, presente na contemporaneidade do nosso tempo, em que os mais fortes evidenciam-se pelo poder totalitário reivindicado ao protesto, ao voto crescente que corrói a alma a todo custo, por um preço exorbitante de estatização de uma vida desértica de ideais que desmotivam a própria sociedade selvática para uma insatisfação permanente.

O processo pervertido ao longo da humanidade percorrerá a história por alguns traços de ansiedade que por sua vez marcará uma época, uma geração que tanto nega o caos da globalização.

Christopher Brandão 2015

sexta-feira, 1 de julho de 2016

cineantropologia: Ergonomia

cineantropologia: Ergonomia: A ergonomia nasce no dia 12 Junho por volta do ano 1949. Em 1950 Murrel define um neologismo para a ergonomia. No ano de 1857, o polaco W...

Ergonomia

A ergonomia nasce no dia 12 Junho por volta do ano 1949. Em 1950 Murrel define um neologismo para a ergonomia.
No ano de 1857, o polaco Woitej Yastembowsky corrige o nome publicado num esboço para o conceito da ergonomia, considerando uma ciência do trabalho de utilização de forças e capacidades humanas. Por sua vez esta Ciência encontra-se relacionada com diversos equipamentos, máquinas, arquitetura, ventilação, iluminação, alimentação, pavimento, cor, acessibilidade, ferramenta, bem-estar e segurança do indivíduo.
 A ergonomia ajusta o material ao homem e define-se por uma ciência do trabalho desenvolvida como disciplina. Com eclosão da segunda guerra mundial no ano de 1939, emergiu pela necessidade de utilizar conhecimentos científicos e tecnológicos acessíveis à construção naval, bélica, e civil.
 Na primeira fase, a ciência da ergonomia existiu como um interface mais interativo entre a máquina e o homem, ao nível da sua funcionalidade de decisão, de avaliação de toda a informação que pudesse melhor otimizar a máquina.
No meio militar Britânico a ergonomia teve um grande impato, graças a um grupo de investigadores interessados na capacidade produtiva dos trabalhadores e devido à escassez mão-de-obra naquela época houve a preocupação do bem-estar dos indivíduos.
 A nível militar, a ciência ergonómica desenvolveu-se nos USA no final da segunda grande guerra mundial por volta do ano de 1945, foram criados laboratórios de investigação e formação de engenheiros formados nas áreas mais específicas da psicologia.
No ano 1957, foi fundada a Human Society Factor que foi um importante contributo para a evolução da corrente ergonómica americana.
A génese da corrente ergonómica norte-americana encontra-se centrada na investigação do conhecimento relacionado com a componente humana e distingue-se de uma forma diferenciada da corrente francófona.
 O primeiro campo de desenvolvimento da ergonomia foi contextualizado no ramo bélico e militar, simultaneamente a corrente a Francófona desenvolve a ergonomia na indústria automóvel através de uma análise direta dos trabalhadores em situação de trabalho.
Existe outra corrente de desenvolvimento ergonómica que não tem a necessidade de ir ao terreno efectuar um check list de informação na utilização de material diferenciado que por sua vez varia de indivíduo para indivíduo.


Christopher brandão ,2016

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Ressuscitem William Wallace



Durante a idade média surgiu a lenda histórica de um guerreiro chamado William Wallace que foi considerado um autêntico exemplo de patriotismo escocês e que atualmente fosse ressuscitado teria uma faceta mais idealista do que sanguinária. 
Ainda criança este lendário guerreiro assistiu à morte do seu pai nas mãos do exército inglês, e por sua vez foi educado por um tio que lhe deu uma educação libertina e erudita. Depois de percorrer o mundo regressou à sua terra natal Escócia e apaixonou-se por uma jovem camponesa. Para escapar à deliberação real daquela época, de que o senhor feudal inglês tinha direito de dormir com a noiva no dia do seu casamento, segundo o direito de prima nocte que prevalecia durante aquela época. Contraíram matrimónio numa época em que os rebeldes escoceses lutavam contra o domínio do Rei inglês Eduardo I, datada nos finais do século XIII. 

Este por sua vez, assiste à morte trágica da sua mulher, ao ser assassinada por um nobre inglês, disputa uma tenebrosa vingança em que assume a liderança de um pequeno exército de camponeses, com o intuito de lutar pela independência da Escócia, com ajuda da Princesa Isabelle, nora do rei inglês, Wallace é traído pela simples covardia dos nobres líderes dos clãs escoceses, que se encontravam mais interessados em manter as suas regalias junto da coroa inglesa, do que lutar com fúria pela soberania da Escócia. Chegou mesmo a derrotar o poderoso exército inglês na Batalha de Stirling Bridge, mas fracassou devido não ter conseguido o apoio necessário da alta nobreza escocesa, é aprisionado, torturado e executado em praça pública, sem nunca renegar as suas humildes origens. 
Este breve contexto de braveheart histórico poderá dar uma explicação lógica da saída do Reino Unido da União Europeia pelo referendo. Estrategicamente os políticos realizaram uma campanha suja, manietaram a opinião pública com falsos juízes de valores, o que originou muitas dúvidas nos cidadãos menos instruídos da sociedade inglesa, que foram vítimas de um processo de insegurança duvidosa da sua estabilidade política e financeira de futuro. 

Culpabilizar a União Europeia pela entrada de refugiados e emigrantes é uma boa desculpa por parte dos políticos britânicos para justificar a sua incompetência política, de não solucionar os verdadeiros problemas reais do seu próprio país. Recordando o leitor de alguns meses atrás houve um referendo na Escócia, para determinar se valia a pena a sua independência, no qual os seus nobres cidadãos com o seu bom senso disseram que não, o que mereceu toda legitimidade por todas as nações em permanecer vinculado ao Reino Unido diretamente e indiretamente à União Europeia. Perante o atual quadro situacional e com o artigo 50 do tratado de Lisboa, podemos concluir também que os Escoceses e os Irlandeses devem ter o mesmo direito de realizar um referendo com a intenção de se libertarem indiretamente do Reino Unido para continuarem a ser automaticamente Europeus.

 A estratégia da saída do Reino Unido demonstra um princípio de uma ponta de icebergue de desagregação da União Europeia, criando assim um pressuposto, de que o país que sai da Europa sofrerá as devidas consequências económicas das suas desastrosas inconsequências políticas. Talvez perante este cenário deva surgir de futuro um novo paradigma estratégico para Europa, que seja capaz de operacionalizar um provável sistema federal mais eficaz ao nível da liderança de todos países que fazem ou que desejam realmente fazer parte da União Europeia, de forma haja uma estratégia de coesão de política unívoca integrada numa mesma linhagem de pensamento a fim de evitar a sua desagregação, os gastos desnecessários e os subsídios mal aproveitados, através da aplicação de uma fiscalização mais rigorosa e científica pelas entidades internacionais. 

Christopher Brandão, 2016

terça-feira, 28 de junho de 2016

O Síndrome De Heller na Fase Infantil



O presente artigo abordará o transtorno desintegrativo da infância designado por Síndrome de Heller que se define por um transtorno de desenvolvimento global diagnosticado durante a fase da infância. O síndrome de Heller faz parte dos transtornos do espectro autista, onde a criança vive no seu próprio mundo egocêntrico. Diferenciado do autismo, a criança desenvolve-se saudavelmente até uma certa idade para posteriormente começar a regredir, de forma a deixar de realizar as tarefas mais simples de que antes realizava. Aprende a falar com o seu nome, a rabiscar o papel e a brincar com os pais e com outras crianças, mas com a regressão isola-se de tal forma que inibe todo o seu processo de socialização com as outras pessoas, atendendo que não possui as capacidades necessárias para realizar as atividades motricomunicativas mais simples. A problemática deste tema constitui uma hipercomplexidade bastante restrita, com poucas informações sobre a doença, que na maioria das vezes é tratado como um autismo tardio. Em alguns casos, chega a ser comparado com a esquizofrenia. Mediante este quadro situacional, conclui-se que o Síndrome de Heller não é tratada com a devida importância, de forma compreendemos melhor este síndrome, merece uma pesquisa mais detalhada sobre o transtorno originário na segunda fase da infância. Foi descoberto por um austríaco Theodore Heller que em 1908 analisou 6 casos de crianças que tinham um desenvolvimento normal e começaram a regredir, devido à perda do controle intestinal, perdiam a vontade de brincar e de interagir com as outras crianças.
A semelhança entre este síndrome com o transtorno autista tem originado uma grande confusão no diagnóstico, o que determina um falso diagnóstico de autista. A deterioração pode ser súbita ou gradual ao nível psicomotor, emocional e comportamental.
O Síndrome de Heller é considerado um tipo de autismo tardio que foi descoberta 35 anos antes de descreverem pela primeira vez o autismo. Apresenta-se por um quadro situacional bem pior, atendendo que a criança não interage com outras pessoas e recusa-se a ter companhia de familiares e de outras crianças.
A regressão psicomotora é mais difícil porque a criança apresenta uma enorme agitação e confusão dos seus conceitos e ideias. No passado andava e atualmente já não anda mais, e nem sequer consegue comer sozinha, evita o contato visual com as outras pessoas, não gosta de abraços e nem de beijos, o que muitas vezes poderá refletir na sua expressão facial. Poderá realizar movimentos repentinos sem nenhum significado nem afeto, atendendo que vivem no seu próprio mundo egocêntrico.
Este Síndrome atinge a maioria das vezes o sexo masculino, no qual o diagnóstico pode ser uma tarefa bastante difícil. É realizado através de uma observação bastante cautelosa de forma não haja engano. Os primeiros sintomas observados, encontram-se relacionados com um determinado padrão de linguagem, devido à fraca capacidade de comunicação verbal da criança que por sua vez começa apresentar dificuldades em expressar os seus próprios sentimentos e emoções.
Os passos seguintes deste síndrome leva à perda de autonomia e uma diminuição gradativa do controle intestinal, até atingir uma perda total, com a diminuição do interesse pelas atividades sociais que anteriormente eram interessantes, mas que atualmente deixem de ter interesse, provocando sucessivamente um isolamento devido à perda das capacidades psicomotoras.
A criança com Síndroma de Heller passa a ter dificuldades no padrão do andar, assegurar objetos e realizar as tarefas mais simples que qualquer criança não portadora deste síndrome é capaz.
O tratamento é feito de forma multidisciplinar que inclui remédios que diminuem os efeitos secundários da doença através de transtornos de sono. Também é realizado as terapias sociais tentando a reintegração da criança no seu meio.
O efeito das fisioterapias, dos medicamentos utilizados no tratamento da Síndrome de Heller também auxiliam a criança a conseguir readaptar-se ao convívio social, mais especificamente com a sua família, além disso, estes medicamentos tem efeitos no seu desenvolvimento psicomotor perdido com a manifestação do Síndrome. As causas ainda são desconhecidas, embora a maioria dos investigadores na sua etiologia trata o Síndrome como um autismo tardio que tem origem na má formação das placas amiloides ou nas estruturas do encéfalo.
Podemos concluir que o Síndrome de Heller merece uma investigação mais avançada de um quadro irreversível da criança na sua era normal, passa a ter a sua vida revirada ao avesso, tornando-se totalmente dependente para o resto da vida de terceiros, sem nenhum processo de socialização e autonomia, nem podemos prever as suas causas reais.
O fato é que se trata de uma doença que traz muito sofrimento para as crianças e também para os pais, ao verem os seus filhos desapegados da realidade que haviam apreendido desde então.
As equipas profissionais devem dar total apoio aos pais, pois irão enfrentar uma nova fase da vida , fazendo com que eles compreendem que será difícil a fase que irão ultrapassar ,para isso terão de ter a paciência necessária para colmatar as dificuldades dos seus filhos de modo não serem tratados como indivíduos diferenciados.

Christopher Brandão, 2016

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Da Violência ao Abandono Da Criança

No século XVI, as Ordenações Manuelinas estabeleceram uma ordem para que os Conselhos Municipais encarregassem de proteger e cuidar crianças órfãos abandonadas, com os seus próprios rendimentos. No século XVII, as Ordenações Filipinas cobravam impostos necessários para implementar lotarias com fins financeiros necessários à sustentação das crianças abandonadas. As Câmaras Municipais tornaram-se responsáveis pelo amparo das crianças sem-abrigo e sem lar, protegidas segundo a Constituição Portuguesa. A assistência tinha caráter caritativo e dependia essencialmente das pessoas que aceitassem educar crianças em situação de abandono familiar.
Nesse século XVII e XVIII, ocorriam muitos abortos e infanticídios no país que naquele tempo era considerado um grave problema social. O abandono de crianças em calçadas ou em terrenos baldios tornou-se uma moda horrenda de oportunidade fácil para os predadores. Neste contexto, as Câmaras Municipais por meio de ofícios autorizados por el rei, criou convénios com as Santas Casas de Misericórdia. A partir do século XVIII, passaram a funcionar como rodas da sorte dos crimes hediondos que eram cometidos em prol da preservação da moral e dos bons costumes, muito frequentes na sociedade daquela época. Com este novo sistema, o quadro de assistência à criança pobre transformou-se radicalmente com uma roda da sorte, uma prova de assistência aos bebês abandonados até aos sete anos de idade, encontravam-se num período educativo essencial a serem integradas nas famílias, sob tutela da Misericórdia.
A Irmandade da Misericórdia criada em Portugal em 1498, pela Rainha Dona Leonor, sob a influência do freire Miguel de Contreiras ,que por sua vez auxiliava 14 instituições de caridade, sete espirituais, com a intenção de ensinar os ignorantes a dar bons conselhos, consolar os tristes, perdoar as ofensas e suportar as deficiências do próximo, de forma pedir a Deus a clemencia necessária pelos vivos, através do perdão dos sete pecados corporais, permitiu a cura dos enfermos, para redimir os cativos de visitar os presos e por fim ajudar os pobres a sepultar os mortos como descarte da consciência. Difundida em vários países, tornou-se uma marca da colonização portuguesa antes de 1750. De inspiração religiosa, as ações desenvolvidas pela irmandade buscavam o princípio da salvação das almas, como forma de readmissão do pecado, obtendo assim uma garantia de repercussão em relação aos mais carenciados. A adoção passou a ser uma moda de manifestação de caridade cristã. Além do cuidado com a salvação da alma dos mais fracos e dos mais pobres, tinha-se a preocupação de inseri-los na sociedade, tornando-os simultaneamente úteis à sociedade e ao Estado. As crianças após atingirem os 7 anos de idade ficavam sob alçada dos juízes encarregados de encontrar famílias que os agregassem, alimentassem, vestissem e transmitissem os valores e os conhecimentos para a vida.  Os rapazes tinham a opção de serem admitidos nas oficinas como artífices, ou artesãos, já as meninas eram acolhidas pelo recolhimento de órfãs e mantidas pela Casa dos expostos, onde acumulariam um dote de casamento logo quanto fosse possível para a prática de concretização da própria cerimónia religiosa. As ações empreendidas tinham como meta a manutenção da ordem social pré-estabelecida naquela época.
Na segunda metade do século XIX foram implantadas rodas ainda no período colonial, após a sua instalação nos seus respetivos locais de funcionamento, foram propositadamente depositado grande parte das crianças ilegítimas, abandonadas e deficientes. Em primeiro lugar podemos concluir neste artigo que a salvação das almas de todos os recém-nascidos precisava ser assegurada por meio do batismo e em seguida deveriam ser-lhes oferecidas as condições necessárias para desempenharem uma profissão de prestígio, para que de futuro criasse os valores éticos morais necessários à manutenção da sociedade. A viabilização do casamento para as meninas era uma prática usual, enquanto para os meninos o investimento social por parte da igreja criava verdadeiros cristãos integrados numa tecnoestrutura profissional que  permitia um melhor encaminhamento para algum potencial ofício.

Christopher Brandão, 2016

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O Produto Social Da Infância Abandonada

O produto social da infância abandonada identifica-se em três fases distintas de evolução:
- A primeira fase tem caráter solidário.
 - A segunda fase apresenta-se por um caráter filantrópico.
- A terceira fase é caraterizada pelo bem-estar social e psíquico da criança
Movidas pelo sentimento paternalista, a fase solidária associa-se ao período colonial até meados do século XIX, onde se inicia a assistência de crianças abandonadas e ilegítimas.
 As mudanças sociais realizadas pela assistência de origem religiosa, cujo ato de caridade era em prol da beneficência, no qual recolhiam os recém-nascidos deixados próximos das casas, das igrejas, ou de outros estabelecimentos alternativos, onde a recompensa dos benfeitores era a salvação das suas almas pecadoras.
A partir do século XVIII, as famílias ou os indivíduos pertencentes às Misericórdias, sustentavam as crianças abandonadas, e por sua vez começaram a enfrentar problemas administrativos e financeiros.
Com o liberalismo da sociedade, houve uma tendência de agir solidariamente, que foi diminuindo ao longo do tempo. Assim, surgiu a fase filantrópica na assistência às crianças pobres que passaram a depender financeiramente dos governos e que por sua vez, passou a controlá-las por meio de normas às respetivas instituições de solidariedade.
A última fase da assistência à infância abandonada surgiu no final do século XX. Os governantes no poder político introduziram o conceito do bem-estar social que passou assumir um papel de responsabilização para todos aqueles que cuidam e protegem as respetivas crianças abandonadas.
A assistência às crianças em situação de desamparo, aconteceu efetivamente com a aprovação do estatuto da criança pelo Ministério Da Justiça. Começaram a ser consideradas sujeitos com direitos por lei estabelecida no campo das políticas de assistência da população infantojuvenil que necessitasse de proteção jurídica do Estado.
A assistência infantil é passível de uma análise histórica descontínua que possibilite a sua construção demagógica. Sendo assim, os três períodos assistenciais apresentados, interessa-nos realçar a fase solidária em que se situa todo o contexto histórico. O objetivo das práticas de proteção dispensadas às crianças em situação de abandono iniciou-se na Idade Média, onde já se constatava o abandono em massa e o aborto massivo, consideradas como práticas sociais repugnáveis. Os hospitais passaram a receber e assistir crianças desamparadas. Existe uma situação histórica sucedida ao lado do Vaticano, onde existia um hospital destinado acolher os expostos a mando do Papa Inocêncio III datada entre os anos 1198 a 1216 que comoveu a comunidade daquela época, após ter conhecimento dos pescadores que haviam retirado do rio Tibre um grande número de bebês vítimas de infanticídio. A prática de abandonar os filhos não era comum entre os indígenas e os escravos, esse costume chegou aos países da América do sul por um processo de colonização realizado pelos Portugueses e Espanhóis, com enorme influência da igreja católica, quebraram as normas e os valores ético morais daquela sociedade. Assim, as relações maritais foram controladas pelos teólogos e legisladores que aplicaram diversas regras morais e leis civis de forma a propagar o sagrado casamento realizado pela igreja católica. O Concilio de Trento promulgou leis a favor do casamento, por outro lado, também reafirmaram a legitimidade do casamento como uma forma de disciplinar ou controlar os desejos carnais, embora não fosse o ideal para a santidade, casar era uma alternativa para aqueles que não conseguiam conter os seus instintos sexuais mesmo em relações aprovadas pela igreja, seriam controlados os instintos por meio do confessionário. A catequese foi o instrumento de normalização dos desvios comportamentais dos indivíduos, de forma pudesse ser interiorizada as boas condutas. O sexo deveria ter por finalidade a reprodução que justificasse os seus fins. Além disso, o casamento representava a conservação da estrutura social definida pela sociedade, o meio pelo qual os preceitos religiosos eram introduzidos nos lares entre os fiéis. 
Nesse contexto, as relações sexuais que não se encontravam dentro dos parâmetros morais instituídos pela igreja eram sancionadas na prática de crime.
 O Santo Oficio e os Tribunais Eclesiásticos solicitaram muitos processos por conta de homens e mulheres que não prosseguiam em consonância com a fé cristã sobre o tema da sexualidade, contudo o concubinato e outras relações classificadas como ilícitas que existiam em grande número na sociedade portuguesa, principalmente entre a população pobre e escrava. O custo do casamento teria sido um dos estorvos para a realização de normas que regulasse as relações conjugais, excluindo todos aqueles que não podiam pagar pela cerimónia.
A pressão exercida pelos religiosos para o enquadramento das boas condutas humanas, talvez fosse um dos fatores que levou à exposição de crianças geradas a partir de concubinato e adultério que eram práticas reprovadas socialmente, no qual, muitos bebês eram abandonados por questões éticas e morais. Entre mulheres brancas, o enjeitamento era ainda mais usual nas mulheres brancas da alta sociedade e solteiras, por terem maior sofrimento com o controle da sua moral por parte da sociedade, temendo inclusivamente pela sua própria vida. Esta tendência era menor entre os casais pobres cujos filhos significavam mão-de-obra barata para as tarefas domésticas e agrícolas. O abandono de crianças foi um fenómeno eminentemente urbano, considerado o locus horrendus da alta sociedade branca devido ao seu poder totalitário.

O meio rural é caraterizado por uma economia de subsistência das famílias numerosas pobres que se alternavam no cuidado das crianças mais jovens, para que mais tarde colaborarem nas tarefas agrícolas. As crianças não poderiam ser aproveitadas de igual maneira nos centros urbanos, pois nestes locais, a produção era exclusivamente industrial e exigia uma determinada especializacão  da mão-de-obra profissionalizada.
Christopher Brandão, 2016

quarta-feira, 22 de junho de 2016

cineantropologia: A Dimensão Violenta Da Infância

cineantropologia: A Dimensão Violenta Da Infância: A dimensão do valor da infância necessita de uma proteção primária a partir de reformas preventivas e educativas que melhor combatem a vio...

A Dimensão Violenta Da Infância



A dimensão do valor da infância necessita de uma proteção primária a partir de reformas preventivas e educativas que melhor combatem a violência infantil num determinado contexto sociológico.

As condutas comportamentais exigem condições educativas que estimulem a criança à criação de bens tangíveis necessários à sua própria defesa e autonomia.

As estratégias políticas aplicadas à construção educativa, visa à manutenção da ordem social estratificada. As ações destinadas aos processos educativos tem por objetivo criar uma determinada consciência social para a importância da sobrevivência das famílias carenciadas, educadas dentro de uma perspectiva católica, e por sua vez, são orientadas para uma dimensão de cidadania de utilidade pública. O desenvolvimento humano relativamente à fase histórica da Infância, mais especificamente nos países que foram colonizados por europeus com enorme influência católica, permitiu a constituição de uma sociedade caraterizada por desigualdades de oportunidades, que posteriormente tiveram consequências sociais no próprio contexto histórico das sociedades contemporâneas. Nesta filosofia de pensamento, o abandono e o desamparo das crianças, atualmente carateriza-se pela falta de valores éticos e morais das próprias famílias que se foram perdendo ao longo do tempo, através das revoluções sociais, industriais e tecnológicas.

Este fenómeno sociológico teve início com a escravatura durante todo o período colonial e imperial. Perante este cenário negro da história da humanidade houve após a Segunda Guerra Mundial um fenómeno designado por baby boom que permitiu uma quantidade de medidas protetoras necessárias para infância, que colmataram os problemas das crianças abandonadas ou órfãos, derivados da morte dos progenitores em situação de guerra ou então produto de violações das tropas inimigas.

O somatório dos estudos realizados na década de 1980 sobre a infância, foi possível uma maior compreensão deste quadro situacional. Atualmente o índice per capita de crianças ilegítimas foi elevado em todas as regiões do globo. Para combater as estatísticas de abandono, foram desenvolvidas políticas de assistência baseado num sistema simples de acolhimento familiar. Nos países em situação de guerra, ou de crise é difundido uma alternativa de abandono, aborto e infanticídio criando elevados riscos nos índices de natalidade.

A relação do homem com o mundo é mediatizada pelo capitalismo puro, cujos significados atravessam atualmente a sociedade, excluiu a infância por meio das más condutas de formação educativa dirigidas à sociedade em estratégias demagogicamente utilizadas pelo Estado islâmico no mundo atual. Por outro lado, o apoio prestado ao desenvolvimento da infância tem sido ultimamente utópico pela UNICEF, com aplicação de medidas de amparo a serem implantadas nos países do terceiro mundo, que mais necessitam. Nesta perspetiva histórico-cultural, o desenvolvimento resulta na apropriação das formas mais elaboradas da atividade de operacionalização ou de concretização de medidas de desenvolvimento sustentáveis que promovam a etapa da infância ao nível global para que futuramente possam remodelar a humanidade para uma fase de pacificação dos povos e das suas respetivas culturas, com regras e normas legislativas mais civilizadas, ao nível dos direitos da criança.

A conceptualização histórica da infância numa vertente de violência provavelmente poderá gerar um sistema social cada vez mais caótico ao nível de fracos valores democráticos, criando assim uma sociedade cada vez mais doentia, ao nível de luta de frações políticas mais radicalizadas, que despreza os interesses da infância em prol dos verdadeiros valores do capitalismo selvático, que no passado teve consequências sociais devido à falta de política de planeamento familiar.

O decréscimo demográfico a nível europeu, mais a falta de políticas de incentivo à natalidade e ainda acrescenta-se o colapso das instituições bancárias, e da bolsa de valores de todo o planeta, associadas à inflação das industrias petrolíferas, geram desigualdades sociais em diversas nações que se encontram cada vez mais pobres, levando ao caos dos comportamentos sociais e económicos.

O paradigma de mudança terá de compreender a tecnoestrutura familiar ao nível da sua história para uma futura transformação social de mentalidades políticas.

A humanidade atual interpreta o fenómeno da infância como um produto social, no qual as condições de desenvolvimento da cultura abrange os principais traços de uma realidade formatada ao nível de comportamentos necessários ao controle de massas populacionais por parte dos governantes.



Christopher Brandão, 2016

domingo, 5 de junho de 2016

Para que serve a política ?

A dimensão política atual transcende todo o leitor que vive numa determinada nação. Beneficiar a todos não é nada fácil,  praticamente é uma ação utópica daquilo que melhor agrade a A ou B, consonte o interesse e poder que cada leitor tem em relação ao político x,y, e z. Nesta dinâmica construtiva ou destrutiva julga-se, avalia-se, dialoga-se com quem massifica-se num efeito de onda  relutante, direcionado num determinado líder, independente da sua concepção, esteja certa ou errada para o ideal eficaz de uma determinada nação, região,  governo,  junta,  câmara ou instituição.
Perante esta analogia existem armas comunicativas que se diluem, desmascaram, influenciam massas, através  das audiências instrumentalizadas em prol de um determinado poder envolvente de uma determinada  pessoa, líder, governante, autarca etc. Neste ponto de vista,  torna-se interessante analisar ou até comparar o discurso do político com a verdadeira realidade com que atrai ou repugna uma grande maioria da população, que quando acorda tardiamente, sente que o acaso bate à porta pela ineficácia da medida A ou B ou C , aplicada num determinado contexto.
Julgar em praça pública é fácil na giria popular, mas fazer do poder uma arma de arremesso ao pobre cidadão ignorante no seu conhecimento, ou alienado da realidade atual, que não tem outra opção  senão  manisfestar-se num simples grito de protesto, em que muitas vezes revela o seu sentimento de revolta agustiante, referente à decisão que tomaram sobre a sua classe profissional , região,  família,  etc.
Ninguém atualmente tem consciência de nada,  porque vivemos num tempo em que um ser humano não tem tempo para refletir, simplesmente só tem tempo para consumir, exigir, revindicar aquilo que acha que tem direito a ter. A verdadeira perfeição do sistema político não existe,  face à hipercomplexidade comportamental existente nos vários setores de um determinado estado, provoca desequilíbrios nas ideologias e nos pensamentos, que muitas levam ao caos das sociedades contemporâneas, na dinâmica mais perversa na procura de um poder meramente ilusório.
Ninguém é perfeito, mas beneficiar das vulnerabilidades das massas populacionais instrumentalizadas para diversos fins, será  a melhor arma de fazer política  atual ,com intenção de manter o poder a longo prazo no tempo e no espaço .
O poder corrompe, beneficia,  prostitui, banaliza, ou destroi , aquilo que se chama democracia doentia por uma linhagem puramente manietada, por quem sabe o valor do próprio poder totalitário, num determinado espaço de vulnerabilidade  social.
Christopher Brandão,  2016

quinta-feira, 19 de maio de 2016

O Ambiente Micro e Macro Familiar Da Criança Institucionalizada

 O ambiente micro familiar constitui a primeira célula nuclear da sociedade que se encontra diretamente ligada ao desenvolvimento psicomotor da criança. Quando acolhida institucionalmente num ambiente diferente, estabelece um macrosistema mais centralizado e absorvido pela instituição que lhe acolhe. Neste sistema são identificados processos interativos, que influenciam as suas atividades sociais, ao nível da sua liberdade e garantia da autonomia, durante as relações estabelecidas com os cuidadores, é fundamental que exista um afeto mútuo e homeostático.
O ambiente macro familiar é definido por um somatório de microsistemas, no qual um indivíduo desenvolve a sua rede social. O microsistema familiar são estruturas fundamentais para o processo de desenvolvimento social da criança adquirido pela educação, e por sua vez, são constituídos por ambientes que exercem influência direta em contextos independentes de aprendizagem da criança acolhida institucionalmente.
O macrosistema familiar será último sistema que abrange todos os valores, as crenças, as ideologias ao nível da sua tecno estrutura de organização social.
Os conceitos permeiam a existência dos diversos sistemas culturais, que por sua vez, são vivenciados e assimilados durante o percurso de um ciclo de vida de um ser humano.
Os elementos integrantes do macrosistema familiar de crianças institucionalizadas, dependem essencialmente dos valores pejorativos, relacionados com os preconceitos e ideias que influenciem um bom desempenho escolar, ou em determinadas situações permitem desvios comportamentais destas próprias crianças predestinadas a viver à margem de fora da lei.
A possibilidade de um ambiente macro familiar poderá funcionar em contexto de desenvolvimento, e depende essencialmente das interconexões estabelecidas pela criança institucionalizada, após de ser afastada do seu ambiente de origem, passa por uma mudança radical em assumir novos comportamentos sociais. A instituição de acolhimento passa a ser considerada um ambiente macro familiar, podendo manifestar fatores de risco de maior ou menor grau, relativamente aos processos de ensino e aprendizagem.
O fator de risco é definido como um elemento que determina um aumento da probabilidade em que surge um problema, também poderá ser definido como um fator que aumenta a vulnerabilidade de um individuo em desenvolver um potencial de ação para a resolução deste mesmo problema.
O desenvolvimento infantil poderá estar relacionado com as interações da criança com o seu meio social, influenciados pela própria família, que é considerada o primeiro microsistema derivado de uma sequência de processos afetivos que permitem a interação desse sistema com o espaço. As dificuldades que surgem, apresentam uma ameaça ao desenvolvimento psicomotor produzido por uma complexidade de interações surgidas entre os fatores genéticos, biológicos, psicológicos e ambientais.
Para a criança acolhida em instituição, os fatores que mais influenciam o desenvolvimento são o ambiente social e o psicológico ,que por sua vez, superam as principais caraterísticas intrínsecas, relacionadas com o desenvolvimento cognitivo e emocional do indivíduo em formação. A institucionalização pode constituir um fator de risco e ao mesmo tempo de proteção da criança em diferentes contextos, que interagem entre si, pela alteração do percurso de vida de um determinado indivíduo, adquirido através da experiência, poderá ser uma condição de sobrevivência, que dependerá dos efeitos dos mecanismos mais concretizados para os campos da realidade escolar.
Considerando que as instituições de acolhimento possam potencialmente prover os fatores de risco em maior ou menor grau relativamente às dificuldades de aprendizagem encontradas pelas crianças acolhidas em instituições, surgem critérios de exclusão e de seleção que foram eliminadas sem especificar as principais dificuldades de aprendizagem, que dificultam as intervenções mais lúdicas dos próprios processos que mais influenciam o combate da depressão e o baixo desempenho escolar.


Christopher Brandão, 2016